quinta-feira, 21 de maio de 2009

Meu curso de pensamento crítico contemporâneo...

... prossegue 2ª feira 25 com a sua 6ª sessão, de um total de 8.
Se as pessoas que o frequentam chegarem ao fim e pelo menos pensarem que valeu a pena, porque nalguma coisa que tentei transmitir lhes abri uma janela para uma paisagem diferente, sinto-me recompensado.
Por mim, tem-me valido para passar horas a estudar e a sistematizar... a minha ignorância.
Em 2010, se houver vida e saúde, há segunda edição e... espero fazer melhor, é claro! Para mim, foi como abrir uma etapa nova na minha vida. Cansei-me de andar a perorar de colóquio em colóquio, armado em quem sabe. Não sei! Então, calo-me, estudo, e preparo uma sessão por semana. Era assim que devia ser toda a universidade, foi com este tipo de universidade que eu sempre sonhei... agora, andar uma vida inteira a repetir as mesmas coisas, com pequenas variantes e acrescentos, sempre mais do mesmo? Não! Não é útil para mim, nem para os que procuro ajudar a "formar", nem para a instituição onde trabalho.
Era esta a verdadeira revolução da universidade (falo em geral, a nível global e não só do nosso país, pois o nosso horizonte de referência não pode ser paroquial) - dar-se tempo aos formadores e aos formandos para de facto TODOS se formarem a sério, e termos um país onde houvesse em todas as áreas um número cada vez maior de pessoas que pudessem ombrear com colegas estrangeiros de primeiro plano (atenção, não estou a colocar-me entre esses... mas que foi sempre esse o meu desejo, foi! Seria hipócrita se o não dissesse).
O verdadeiro progresso do saber e do ensino está na radical transversalidade dos temas, eliminando de vez as capelinhas e as compartimentações, e ainda o convencimento de que certos saberes são superiores aos outros. De facto, a curto prazo, há saberes mais rentáveis que outros; mas no médio e longo prazo ninguém pode dizer o que acontecerá.
O saber deveria ser um campo aberto. Eu sei que isto é TOTALMENTE UTÓPICO. Mas não deixo de o enunciar por muito que faça sorrir ou até que provoque escárnio.


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