No meu livro "Fragmentos, Memórias, Incisões" (Lisboa, Colibri, 2006) ... os interessados podem encontrar (pp. 169-188) um glossário de alguns termos do pensador francês Jean Baudrillard, retirado de "Para Uma Economia Política do Signo", devidamente autorizado pelas Edições 70, que publicaram este livro que tanto me marcou... Levou-me mais de um mês a feitura desse glossário...
Jean Baudrillard foi um dos autores que me influenciou precocemente, porque já na minha tese de licenciatura citei o seu livro O SISTEMA DOS OBJECTOS, que me fascinou, porque de certo modo intui que ao falar da sociedade contemporânea polvilhada de objectos-signo o JB estava a falar da realidade que eu começava a viver como arqueólogo: uma realidade polvilhada de objectos que se me furtavam a um discurso historicista continuista... Isto é, que apontavam já para uma reflexividade crítica sobre o que eu andava a querer fazer.
O arqueólogo é uma espécie de consumidor de objectos do passado, e nesse sentido muito próximo de si mesmo como consumidor no supermercado... Por alguma razão também um dos livros de Baudrillard mais antigos e interessantes é A SOCIEDADE DE CONSUMO (edições 70 também). Na minha juventude, tive a percepção de que a sociedade que fabricava arquelogia era a mesma que fabricava outros produtos de consumo, distanciando-me assim de um discurso ingénuo de reconstituição do passado tout court...
Enfim, talvez esteja a encontrar no meu trabalho coerências retrospectivas, numa atitude auto-complacente!...
Jean Baudrillard foi um dos autores que me influenciou precocemente, porque já na minha tese de licenciatura citei o seu livro O SISTEMA DOS OBJECTOS, que me fascinou, porque de certo modo intui que ao falar da sociedade contemporânea polvilhada de objectos-signo o JB estava a falar da realidade que eu começava a viver como arqueólogo: uma realidade polvilhada de objectos que se me furtavam a um discurso historicista continuista... Isto é, que apontavam já para uma reflexividade crítica sobre o que eu andava a querer fazer.
O arqueólogo é uma espécie de consumidor de objectos do passado, e nesse sentido muito próximo de si mesmo como consumidor no supermercado... Por alguma razão também um dos livros de Baudrillard mais antigos e interessantes é A SOCIEDADE DE CONSUMO (edições 70 também). Na minha juventude, tive a percepção de que a sociedade que fabricava arquelogia era a mesma que fabricava outros produtos de consumo, distanciando-me assim de um discurso ingénuo de reconstituição do passado tout court...
Enfim, talvez esteja a encontrar no meu trabalho coerências retrospectivas, numa atitude auto-complacente!...
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