quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Minhas principais actividades em 2012 (VOJ)


Vítor Oliveira Jorge
Professor catedrático aposentado da FLUP. Investigador do CEAUCP (FCT)
Principais actividades realizadas em 2012
Balanço geral por ordem cronológica


Este ano de 2012, mais do que um ano de publicações, foi um ano de leituras e reflexões.
Assim espero seja o ano de 2013. Aproveitar a aposentação que me foi concedida em 2011 para finalmente poder trabalhar no essencial.



JANEIRO
2 – Visita a monumentos de Elvas.
5 – Visita a exposições na Fundação C. Gulbenkian, Lisboa.
8 – Visita ao Museu da Cidade de Lisboa.
10 – Visita CCB- colecção Berardo e exposições, Lisboa.
21 – Visita ao Museu do Teatro – Lumiar, Lisboa.
25 – Criada página da associação ADECAP no facebook.
MARÇO
5 – Eleito como elemento da direcção do PEN CLUBE português.
8 e 9 – Colóquio sobre Giorgio Agamben no Centro Unesco do Porto, organizado pela SPAE e pela ADECAP. Coordenação minha e de Luís Carneiro
31 – Conferência do Doutor João Tereso no Porto, Centro Unesco, promovida pela ADECAP. Título: “Ambiente, cultura e resiliência social na Pré e proto-história do Noroeste peninsular”. Entrada livre, como em todas as conferências da ADECAP e SPAE.

ABRIL
9 – Visita a monumentos de Elvas.
14 – Conferência do Prof. Fernando Matos Rodrigues (ESAP, Porto) no Porto, Centro Unesco, promovida pela SPAE, sobre “Cartografias do Espaço Doméstico. As Ilhas do Porto – um estudo de caso”
16 – Começo do Curso de Pensamento Crítico Contemporâneo na FLUP, em que sou formador (cada sessão 3 h.)– sessão sobre Jacques Lacan
21 – Assembleias Gerais da SPAE e da ADECAP no Porto, na sede desta última associação (R. Aníbal Cunha)
23 - Curso de Pensamento Crítico Contemporâneo na FLUP – sessão sobre Michel Foucault
26 – Assistência no ISCTE, Lisboa, à primeira sessão do Seminário sobre Pensamento Crítico Contemporâneo organizado pela UNIPOP/AE do ISCTE- sobre G. Spivak e L. Abu-Lughod
27 – Assistência, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, ao colóquio internacional em torno (e com a presença) de Jean-Luc Nancy, organizado pela Profa Doutora Fernanda Bernardo, da FLUC.
30 - Curso de Pensamento Crítico Contemporâneo na FLUP – sessão sobre Jacques Derrida.
MAIO
3 – Assistência no ISCTE, Lisboa, à segunda sessão do Seminário sobre Pensamento Crítico Contemporâneo organizado pela UNIPOP/AE do ISCTE – sobre D. Bensaid e D. Graeber
7 - Curso de Pensamento Crítico Contemporâneo na FLUP – sessão sobre Judith Butler.
10 - Assistência no ISCTE, Lisboa, à terceira sessão do Seminário sobre Pensamento Crítico Contemporâneo organizado pela UNIPOP/AE do ISCTE –sobre Keynes, T. Negri e M. Hardt
11 – Assistência ao Seminário sobre Paisagens Periurbanas, organizado em Loures pela Câmara Municipal
14 - Curso de Pensamento Crítico Contemporâneo na FLUP – sessão sobre Giorgio Agamben
17 – Assistência no ISCTE, Lisboa, à quarta sessão do Seminário sobre Pensamento Crítico Contemporâneo organizado pela UNIPOP/AE do ISCTE – sobre J. Rancière, A. Honneth e J. Habermas
18 - Assistência no ISCTE, Lisboa, à quinta e última sessão do Seminário sobre Pensamento Crítico Contemporâneo organizado pela UNIPOP/AE do ISCTE – sobre A. Badiou e G. Agamben
19 – Assistência no Museu Municipal de Loures (Quinta do Conventinho) à “Noite dos Museus”
21 - Curso de Pensamento Crítico Contemporâneo na FLUP – sessão sobre Slavoj Zizek
28 - Curso de Pensamento Crítico Contemporâneo na FLUP – sessão sobre Jean Baudrillard
JUNHO
1 – Assembleias Gerais da SPAE e da ADECAP no Porto, na sede desta última associação (R. Aníbal Cunha)
2 – Conferência da Profa. Doutora Glória Teixeira e do Dr. Sérgio Silva, da Faculdade de Direito da UP, no Porto, Centro Unesco, promovida pela SPAE. Tema: “A Lei do Património Cultural e desenvolvimentos recentes no âmbito do Direito do Património Cultural”.
4 - Curso de Pensamento Crítico Contemporâneo na FLUP – sessão sobre Jean-François Lyotard
5 – Conferência em Coimbra, no Museu Machado de Castro, sobre “A Arqueologia do ponto de vista do pensamento crítico contemporâneo: alguns tópicos”. Organização do estudante Tiago Gil.
10 – Visita ao Fluviário de Mora (Alentejo).
26 a 29 – Co-direcção das escavações arqueológicas do sítio pré-histórico do Castanheiro do Vento (Horta do Douro, Vila Nova de Foz Côa)

JULHO
2 a 6 -  Co-direcção das escavações arqueológicas do sítio pré-histórico do Castanheiro do Vento (Horta do Douro, Vila Nova de Foz Côa)
9 a 13 - Co-direcção das escavações arqueológicas do sítio pré-histórico do Castanheiro do Vento (Horta do Douro, Vila Nova de Foz Côa)
16 a 20 - Co-direcção das escavações arqueológicas do sítio pré-histórico do Castanheiro do Vento (Horta do Douro, Vila Nova de Foz Côa)
23 a 27 - Co-direcção das escavações arqueológicas do sítio pré-histórico do Castanheiro do Vento (Horta do Douro, Vila Nova de Foz Côa)
28 e 29 – Visita a museus e monumentos de Salamanca, Espanha.
30 e 31 – Visita ao conjunto monumental de Trujillo, Espanha.

AGOSTO
9 – Visita de exposições na Fundação C. Gulbenkian, Lisboa
16 – Visita a exposição de obras de arte na Galeria Vieira da Silva, Loures
25 – Visita a exposições no CCB, Lisboa
SETEMBRO
8 – Começo da publicação on line das revistas TAE, da SPAE, e JIA, da ADECAP, volumes de 2012, associadas aos respectivos blogues: http://sociedadeportuguesaantropologia.blogspot.pt
22 – Visita ao Centro Cultural Augusto Cabrita, Barreiro, e a exposições de pintura e fotografia ali patentes
28 – Aula na Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto – curso de doutoramento em Educação Artística – a convite do Prof. Doutor José Paiva, sobre “Contributo de Slavoj Zizek para um pensamento crítico radical da contemporaneidade: algumas linhas de força – a fusão da psicanálise lacaniana com uma nova leitura de Hegel”.
29 – Visita, com Florbela Estêvão, de estações arqueológicas da Serra da Aboboreira, distrito do Porto
OUTUBRO
13 – Visita em Bucelas ao Centro de Interpretação da Rota Histórica das Linhas de Torres (invasões francesas), inaugurado no dia 4 de Março deste ano e instalado no edifício do futuro Museu do Vinho– com Florbela Estêvão, da Câmara Municipal de Loures, responsável pelos conteúdos deste Centro.
15 – Assistência na Livraria Buchholz, Lisboa, à apresentação livro de filosofia de Paulo Tunhas e A. Abranches, “As Questões que se Repetem” (D. Quixote).
16 – Visita ao Museu do Chiado, Lisboa, e suas exposições.
19 – Visita, conduzida por Florbela Estevão, a alguns fortes integrados na Rota Histórica das Linhas de Torres (invasões francesas), concelho de Loures
25 – Conferência na Associação dos Arqueólogos Portugueses (Museu do Carmo, Lisboa), a convite da sua Secção de Pré-história, intitulada: “Algumas propostas para um encontro urgente: arqueologia e pensamento crítico contemporâneo”.
29 – Visita a escavações em curso no centro histórico de Sacavém, da responsabilidade de arqueólogas da Câmara Municipal de Loures.
30 – Reunião de trabalho com a arqueóloga Filomena Barata, do IGESPAR.
31 – Nova visita a escavações em curso no centro histórico de Sacavém, da responsabilidade de arqueólogas da Câmara Municipal de Loures.

NOVEMBRO
21 – Audição do Seminário do Prof. Doutor José Martinho, na Universidade Lusófona (Campo Grande, Lisboa), sobre psicanálise lacaniana (em particular, Seminário de Lacan sobre a Angústia). Contacto com o grupo da Antena do Campo Freudiano de Lisboa, coordenado por aquele psicanalista.
24 – Audição da última sessão dos Encontros de Estética, internacionais, promovidos pelo Prof. José Gil, da Universidade Nova de Lisboa (cuja intervenção foi particularmente relevante), no Instituto Francês, Lisboa.  Tema: “Que Corpo na Arte?” Organização do Instituto de Filosofia da Linguagem, da UNL, do Instituto Francês em Portugal, e do Instituto Italiano de Cultura de Lisboa.
28 – Participação no “cartel” de psicanálise e no Seminário do Prof. José Martinho, na Universidade Lusófona, Lisboa.
30 – Cerimónia, no anfiteatro nobre da FLUP, da outorga, que me foi feita, da Medalha de Ouro da Faculdade de Letras do Porto, na presença do Reitor da UP, Directora da FLUP, e demais autoridades. Exposição do meu percurso académico e científico pelo Prof. Doutor João Pedro Ribeiro, da FLUL. Apresentação do livro em minha homenagem “Discursos em Arqueologia” (editado pelo CEAUCP e coordenado por João Pedro Ribeiro, Maria de Jesus Sanches e Sérgio Rodrigues), pela Profa. Doutora Maria de Jesus Sanches. Seguiu-se jantar em hotel do Porto, participado por muitos colegas e amigos.
 



DEZEMBRO
1 – Visita ao sítio de Castanheiro do Vento, Vila Nova de Foz Côa, com Florbela Estêvão, e a outros locais da região onde trabalho como arqueólogo desde 1989.
2 – Visita ao Museu do Douro, Régua.
5 - Participação no “cartel” de psicanálise e no Seminário do Prof. José Martinho, na Universidade Lusófona, Lisboa.
19 - Participação no “cartel” de psicanálise e no Seminário do Prof. José Martinho, na Universidade Lusófona, Lisboa.
20 – Visita de exposições na Sociedade Nacional de Belas-Artes, Lisboa. Visita da Cinemateca Portuguesa, Lisboa.
22 a 24 – Visita a locais históricos, museus e exposições na cidade de Barcelona (Espanha), com particular relevância para uma exposição sobre a Mesopotâmia antiga, em torno dos Sumérios, catedral de Barcelona, Museu de Arte Contemporânea de Barcelona, e de obras de Gaudi, incluindo a catedral da Sagrada Família
30 – Visita ao Centro Histórico de Elvas, incluindo o Museu de Arte Contemporânea e o Museu de Fotografia.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Seminário de estudos interdisciplinares da Associação dos Arqueólogos Portugueses


Seminário de estudos interdisciplinares da Associação dos Arqueólogos Portugueses







Três autores contemporâneos: interesse do seu “pensamento crítico” para nós, como arqueólogos e como cidadãos
Coordenação de Vítor Oliveira Jorge, arqueólogo, prof. aposentado da FLUP.

Motivação e objectivos:
Contribuir para articular o pensamento e a prática da arqueologia com alguns dos debates “filosóficos” contemporâneos, do ponto de vista de um arqueólogo convencido de que a filosofia, ou o pensamento crítico se quisermos (toda a filosofia sempre foi, mas, desde Kant pelo menos, é “pensamento crítico”) é indispensável à prática de qualquer cidadão, sobretudo nos tempos que correm, fora e dentro da sua prática profissional.
Após as várias “escolas” que, no mundo anglo-saxónico sobretudo, se foram sucedendo (e em parte mesclando) – a perspectiva histórico-cultural, o processualismo/nova arqueologia, o pós-processualismo nas suas diversas matizes, a arqueologia chegou a um certo impasse teórico que se nota sobretudo na arqueologia pré-histórica, já que a arqueologia das épocas posteriores se continua a amparar nas teorias da história. Mas as próprias concepções do tempo, da temporalidade, da história, merecem evidentemente ser discutidas.
Este seminário visa apenas modestamente transmitir uma primeira impressão sobre alguns autores e temas, por parte de quem ainda está, e estará, a acercar-se deles, visando não tanto comunicar um saber mas debater textos e questões numa abordagem aberta, não dogmática nem fechada.

Módulo das sessões e tipo de funcionamento
3 horas cada, das 17 às 20,  uma vez por semana (sexta-feira), em sistema de mesa-redonda, e de diálogo aberto para quem desejar, informal.
Cada autor será abordado em duas sessões (total de 6 sessões).

Giorgio Agamben 1 – dia 8 de Março de 2013
Giorgio Agamben 2 – dia 15 de Março de 2013
(este autor implica desde logo abordar também Michel Foucault, Heidegger, Walter Benjamin, etc.)
http://en.wikipedia.org/wiki/Giorgio_Agamben
http://www.egs.edu/faculty/giorgio-agamben/biography/
http://www.iep.utm.edu/agamben/

Slavoj Zizek 1 – dia 22 de Março de 2013
Slavoj Zizek 2 – dia 5 de Abril de 2013
(este autor implica desde logo abordar também Jacques Lacan, Hegel, enfim, o marxismo, a psicanálise...)
http://en.wikipedia.org/wiki/Slavoj_Žižek
http://www.egs.edu/faculty/slavoj-zizek/biography/
http://www.iep.utm.edu/zizek/

Bernard Stiegler 1 – dia 12 de Abril de 2013
Bernard Stiegler 2 – dia 19 de Abril de 2013
(Este autor implica abordar J. Derrida, Heidegger, mas não só... é um autor particularmente interessado em arqueologia...)
http://en.wikipedia.org/wiki/Bernard_Stiegler
http://www.arsindustrialis.org/les-pages-de-bernard-stiegler


Para mais informações:
http://www.arqueologos.pt/p_aap.html

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Conselhos...


É importante:
- não querer perceber tudo quando se lê ou ouve a primeira vez
- não abandonar o interesse por um assunto só porque não se percebeu à primeira, à segunda, ou à terceira (etc) vez
- não pretender “pedagogizar” tudo, isto é, tornar o discurso transparente e acessível, tipo papa feita, linearizando-o para evitar o esforço do outro
- perceber que para se explicar bem uma coisa tem de se perceber muito bem e ter experiência dessa coisa, e que por vezes somos obrigados a explicar coisas/ ouvir explicação de coisas que ainda não percebemos ou experienciámos muito bem
- compreender que nunca há uma compreensão completa de nada, porque por definição nada nem ninguém é completo
- a verdade não é uma coisa exterior à compreensão do(s) sujeito(s), mas é sempre subjectivada por sujeitos, pelo que nunca há verdade absoluta nem conclusão definitiva de nada, o que não implica cair no relativismo pós-moderno (neoliberal) de que tudo tem potencialmente igual valor (desde que se venda, desde que seja aceite)
- desconfiar da intuição e daquilo que aparece como doxa (hábito instalado, evidência óbvia), nomeadamente daquilo em que toda a gente parece, senão estar de acordo, pelo menos aceitar implicitamente na sua actuação repetida de todos os dias
- desconfiar da opinião própria e de outrém, seja de quem for. Não há posições neutras e desinteressadas. Toda a discursividade (produção de sentidos, verbais ou outros) é manipulada e manipulável e visa objectivos conscientes ou inconscientes, políticos, e portanto inseridos em jogos de poder
- todas as pessoas sabem muito, apenas existem diferentes formas de saber com diferente valor de mercado e formas de saber/experiência que foram silenciadas/colonizadas/parasitadas por outras por forma a saírem da concorrência – foram proletarizadas, por assim dizer
- todo o discurso magistral, de autoridade, e mesmo o que se apresenta como irrefutável, científico, provado, etc., é um discurso situado politicamente e emana de uma fonte de poder, pertencendo a uma arena de poder. Não há uma verdade superior ou neutra (meta-verdade) que legitime outras verdades menores. Há uma “repartição do sensível” como diz Rancière, que visa manter e reestruturar permanente a divisão das classes e proteger o sistema da apropriação privada
- ideologia não é um conceito fora de moda, ultrapassado. Toda a vida humana está impregnada de ideologia, sendo a sociedade um concerto (muitas vezes em desequilíbrio, desafinado, portanto) muito complexo de forças, que em última análise exprimem, mais pela acção quotidiana do que pelo que se diz, diferentes ideologias concorrentes
- a ideologia que se está a impor é a ideologia neoliberal na sua feição mais pura, quer dizer, da privatização do que dá valor à vida nas mãos de uma minoria (antes prometida e até certo ponto distribuída pelo chamado estado social), privatização essa paga pela maioria, que é proletarizada. É a este processo obsceno que se dá o nome de crise.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Conferência em Mação




Título: Arqueologia e Sociedade: tentativa de formulação de uma perspectiva crítica inspirada no pensamento de Slavoj Žižek

Resumo: A nossa época obriga-nos, diz-nos Zizek, talvez mais do que qualquer outra, a confrontar-nos todos os dias com problemas que são, em última análise, de natureza filosófica.
Trata-de de construir uma visão materialista radical da nossa praxis, e, no caso vertente, de inserir nela a arqueologia, quer como “campo discursivo”, como ciência, como conhecimento objectivante, quer como prática de intervenção no território e na textura do social em que nos inserimos. De onde vêm – ou deveriam vir – os “estímulos” de todo o tipo para a arqueologia, e que destino lhes podemos/devemos/ estamos a dar?
Em suma, qual o lugar/quais os lugares de onde a arqueologia pode reinvindicar um estatuto social na sociedade neoliberal contemporânea e na comunidade por-vir, ou seja, no futuro?
A reflexão do filósofo esloveno é extremamente enriquecedora neste tempo “apocalíptico” que nos foi dado viver. Conjugando uma leitura nova de Hegel (e mostrando como o idealismo alemão não está esgotado, mas, antes, se pode dele fazer uma leitura radicalmente anti-pós-hegeliana) com a psicanálise lacaniana (a visão que trouxe Freud definitivamente para a filosofia, tornando extremamente pertinente uma visão por muitos considerada ultrapassada), e articulando permanentemente um saber contra-intuitivo e difícil com “histórias” da vida corrente que, de repente, aparecem a uma nova luz, creio que o pensamento de Zizek é crucial também para se ser arqueólogo de uma forma mais interessante, mesmo (e talvez sobretudo) nestes tempos em que a arqueologia (pelo menos como eu a entendo) quase se encontra desmunida de meios de se produzir efectivamente.
A intervenção não procura aprovação nem consenso; não visa aplauso nem quer suscitar polémica fácil. Não resulta de uma opção recente, de carácter opinativo, tão em voga, mas também não é ainda produto de trabalho amadurecido, campo em que me falta fazer ainda muito caminho. Portanto, será imodesta nos seus propósitos e decerto modestíssima na sua efectivação. Valerá mais como um estímulo a pensar, talvez, de forma diferente da mais comum.
Ou seja, visa apenas dar conta da – partilhar a - minha particular maneira de reflectir, agora.
voj