terça-feira, 31 de março de 2009

Niagara Falls: something escapes here to the photographic












It is crucial in these places not to look to where everyone else is looking (says to himself the ironic, standard, visitor)































knowledge is something extremely tiring. we want surfaces, just bright surfaces. images, thresholds, the very skin of reality. we are all longing for these liminal places: just a never ending, bright fall of light. we want to feel the aesthetics of all falling bodies. Everything else here is an abuse, an intrusion. Any construction at the surface of the land is an abuse. We should be naked under the naked rain, its lights, its flashes. Like in the beginning. Bright night at the heart of the brightest day.










































Excess, impossibility of seeing this. Contemplation not allowed.

Curso Pensamento Crítico Contemporâneo FLUP - Giorgio Agamben - alguns livros

(Baseio-me nos livros que tenho - este autor é um dos meus preferidos! Deve muito a Foucault, mas também a A. Arendt e a Carl Schmitt, Heidegger, etc A sua escrita é de uma beleza, de uma inteligência e de uma clareza absolutamente trespassantes! É sublime!)

- El Hombre Sin Contenido, Barcelona, Ediciones Áltera, 2005 (original italiano de 1970).
- Language and Death. The Place of Negativity, Minneapolis, University of Minnesota Press, 1991 (original italiano Turim, Einaudi, 1982). Tenho também a edição espanhola, da Pre-Textos, Valencia, 2002.
- Means Without End. Notes on Politics, Minneapolis, University of Minnesota Press, 2000 (edição italiana de Bollati Boringhieri editore, 1996)
- Ideia da Prosa, Lisboa, Cotovia, 1999 (original italiano 1985)
- A Comunidade que Vem, Lisboa, Ed. Presença, 1993 (ed. itaiana Turim, Einaudi, 1990).
- Bartleby Escrita da Potência, Lisboa, Assírio & Alvim, 2007 (original italiano Bartleby o della Contingenza, 1993)
- O Poder Soberano e a Vida Nua. Homo Sacer, Lisboa, Editorial Presença, 1998 (original italiano de Turim, Einaudi, 1995)
- Ce qui Reste d' Auschwitz. L' Archive et le Témoin. Homo Sacer III, Paris, Payot et Rivages, 1999 (tenho também a edição italiana de Bollati Boringhieri, de 1998.
- The Time That Remains. A Commentary on the Letter to the Romans, Stanford University Press, 2005 (edição italiana Turim, Bollati Boringhieri, 2000). Tenho também a edição francesa, Le Temps qui Reste, Paris, Payot et Rivages, 2004.
- Infanzia e Storia. Distruzione dell'Esperienza e Origine della Storia, Torino, Einaudi (2ª ed), 2001.
- The Open. Man and Animal, Stanford University Press, 2004 (original italiano publicado por Bollati Boringhieri, 2002)
- State of Exception, The University of Chicago Press, 2005 (original italiano Turim, Bollati Boringhieri ed. 2003)
- La Puissance de la Pensée. Essais et Conférences, Paris, Éd. Payot et Rivages, 2006 (ed. original italiana de Neri Pozza Editore, Vicenza, 2005)
- Profanações, Lisboa, Ed. Cotovia, 2006 (original italiano de 2005)
- Qu'est-ce qu'un Dispositif ?, Paris, Payot et Rivages, 2007 (original italiano Nottetempo 2006)
- Stanze. La Parola e Il Fantasma nella Cultura Occidentale, Torino, Einaudi, 2006 (1ª ed. de 1977).
- Il Regno e la Gloria. Per Una Genealogia Teologica dell'Economia e del Governo, Homo Sacer II, 2, Vicenza, Neri Pozza Editore, 2007. OBRA ABSOLUTAMENTE REVOLUCIONÁRIA E SUBLIME, de que felizmente também já saíu a versão francesa (leio italiano com bastante esforço. Quem escreva ou fale de política sem ler esta obra, faz mal): Le Règne et la Gloire, Paris, Seuil, 2008.
- Signatura Rerum. Sur la Méthode, Paris, Librairie Philosophique J. Vrin, 2008.
- Qu' est-ce que le Contemporain? , Paris, Éd. Payot et Rivages, 2008.

Sobre o autor:
The Philosophy of Agamben, por Catherine Mills, Stocksfield, 2008
e um outro, bastante importante:
Giorgio Agamben. Sovereignity & Life, ed. by Matthew Calarco and Steven DeCaroli, Stanford University Press, 2007.

Curso Pensamento Crítico Contemporâneo FLUP - Jean Baudrillard - alguns livros

(Baseio-me nas obras que tenho)

- Le Système des Objets, Paris, Gallimard, 1968.
- Para Uma Crítica da Economia Política do Signo, Lisboa, Ed. 70, 1995 (original francês Éd. Galimard 1972)
- O Marxismo e o Sistema de Economia Política, s/l, Ed. Espaço, 1977 (original francês na revista "Utopie" 6, 1973
- Les Stratégies Fatales, Paris, Éd. Grasset, 1973
- Olvidar a Foucalt, Valencia, Pre-Textos, 2001 (original francês Paris Éd. Galilée 1977)
- Simulacros e Simulação, Lisboa, Relógio d' Água, 1991 (original francês Paris Éd. Galilée, 1981)
- Le Miroir de la Production ou L' Illusion Critique du Matérialisme Historique, Paris, Éd. Galilée, 1973 (tenho a edição de 1985)
- A Sociedade de Consumo, Lisboas, Ed. 70, 1975 (original francês Paris Gallimard 1974)
- L'Échange Symbolique et la Mort, Paris, Éd. Galimard, 1976.
- De la Séduction, Paris, Galilée, 1979.
- El Otro Por Sí Mismo, Barcelona, Ed. Anagrama, 1988 (original francês Éd. Galilée, 1987)
- A Ilusão do Fim ou a Greve dos Acontecimentos, Lisboa, Terramar, 1995 (original francês Paris Éd. Galilée, 1992)
- Fragments: Cool Memories III 1990-1995, London, Verso, 2007 (original frahncês Paris Éd. Galilée, 1995)
- Palavras de Ordem, Porto, Campo das Letras, 2001 (original francês Éd. Fayard 2000)
- Screened Out, London, Verso Books, 2002 (original francês Écran Total, Paris, Éd. Galilée, 2000)
- Los Objectos Singulares. Arquitectura y Filosofía (com Jean Nouvel), Buenos Aires, Fondo de Cultura Económica de Argentina, 2006 (original francês Calmann-Lévy, 2000)
- Télémorphose précédé de L'Élevage de Poussière, Paris, Sens&Tonka, 2001



Sobre o autor:
Jean Baudrillard, por Richard J. Lane, London, Routledge, 2000.

Curso Pensamento Crítico Contemporâneo FLUP - Judith Butler- alguns livros

(Baseio-me nas obras que tenho)

- Problemas de Gênero. Feminismo e Subversão da Identidade, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2003 (original inglês Gender Trouble - Feminism and the Subversion of Identity, London, Routledge 1990)
- Bodies that Matter. On the Dicursive Myths of "Sex", London, Routledge, 1993
- The Psychic Life of Power. Theories in Subjection, Stanford University Press, 1997
- Lenguaje, Poder e Identidad, Madrid, Ed. Síntesis, 2004 (original inglês Excitable Speech. A Politics of the Performative, London Routledge 1997)

Sobre a autora:
Judith Butler: Live Theory, por Vicky Kirby, London, Continuum, 2006.

Curso Pensamento Crítico Contemporâneo FLUP - Jean-François Lyotard- alguns livros

(Baseio-me nas edições que tenho)

- A Fenomenologia
, Lisboa, Ed. 70, 2008 (original francês PUF 1954)
- Libidinal Economy, London, Continuum, 2004 (original francês Les Éditions de Minuit 1974)
- Discurso, Figura, Barcelona, Ed. G. Gili, 1979 (original frrancês Éd. Klincksleck 1974)
- A Condição Pós-Moderna, Lisboa, Gradiva, s/d (original francês Éditions de Minuit 1979)
- O Inumano. Considerações sobre o Tempo, Lisboa, Ed. Estampa, 1990 (original francês
Galilée 1988)
- Lessons on the Analytic of the Sublime,
Stanford University Press, 1994 (original francês Galilée 1991 - também tenho este)
- Le Postmoderne Expliqué aux Enfants,
Paris, Éd. Galilée, 2005 (existe tradução portuguesa que também tenho).


Sobre o autor:
Jean-François Lyotard,
por Simon Malpas, London, Routledge, 2003.

Colaboração em obra colectiva:
On the Sublime: Presence in Question
, State University of New Yoork Press, 1993

An interesting journal...


... about Canadian Art, with an useful article on the "new" Art Gallery of Ontario (made by Frank Gehry the author of the Bilbao Museum, for instance).
Contact of the journal: info@canadianart.ca

The Art Gallery of Ontario (AGO) - Toronto: a master-piece of contemporary museum architecture


More information about the Gallery:
www.ago.net






































































Sculpture by H. Moore.


























Photos: VOJ March 2009

Niagara Falls, Canada

segunda-feira, 30 de março de 2009

O visível e o invisível


Há um processo de produção que todavia não aparece à superfície: a escavação, em arqueologia, produz passado, que se destina ao museu, ao centro interpretativo, ao sítio, ao parque de visitas, à brochura, ao livrinho, mesmo à obra científica. Mas o processo de trabalho fica sempre um pouco na sombra: no supermercado do passado o que importa são os produtos acabados, prontos a "comer", a compreender, a consumir, apetecíveis, nas vitrinas ou estantes. O carácter comprensível do produto na sua total individualidade e abstracção, arrancado ao seu próprio processo produtivo.
Existem muito poucas obras (se algumas) onde o arqueólogo, em vez de descrever o que achou e de o arrumar numa história, faça a descrição exaustiva de como achou, tim-tim por tim-tim, quer dizer, EXPONHA o real processo de produção daquilo que produziu.
O mesmo se passa também na vida cá de fora: assim como o museu incorpora toda a vida, assim a vida se transformou num museu: nos expositores dos supermercados, dos centros comerciais, das lojas, os produtos brilhantes e apetecíveis estão prontos a serem metidos no carrinho de compras. Até nas livrarias já há cafés e sofás onde se pode hedonisticamente usufruir algo que está muito para além do livro: é um espaço museografado que se procura, a nova igreja contemporânea onde se encontra gente ou se está só.
Neste contexto, perguntei-me muitas vezes por que razão a nossa sociedade consumista não tinha mais produtos culturais para venda, junto aos ou nos museus por exemplo. Por que não usa mais produtos multimédia, também. Uma pessoa abastada via uma obra de arte de que gostava e dizia: quero uma igual àquela. Tecnicamente é possível. Público também há, mesmo em época de crise continuam a vender-se jaguares. Mas é compreensível por que razão se verifica o que existe, o modo de distribuição dos produtos: o intelectual quer o livro, vai à livraria; o abastado quer a peça antiga, vai ao antiquário (por isso os arredores dos grandes museus são bairros de galeristas ou antiquários); o público comum satisfaz-se com qualquer coisa; e se houvesse uma verdadeira possibilidade de escolha de produtos de substituição (réplicas, videos, etc) isso interferiria com a aura do museu (com a sua economia) e com a mais-vaila dos intermediários, dos mediadores, dos que explicam, dos que ensinam (e os quais, é claro, estão muito senhores ou senhoras de si, desse pequeno saber/poder). As pessoas infantilizadas seguem os guias. Pagam para voltar a ser crianças. O mesmo nas lojas: levam souvenirs, o museu em si mesmo é um arquivo pesado e inquietante, é para estar onde está: basta o recuerdo metonímico ou alegórico. A mesma lógica preside aliás a toda a vida e à encenação da ligeireza e da infantilidade que está ligada ao consumo. Quando em família, com as crianças e apesar da parafernália que as acompanha em deslocação, TODOS SE TORNAM CRIANÇAS e podem jogar o grande jogo da leveza. O pesado processo de produção e de sustentação das máquinas de lazer está oculto. É preciso que o artificial absoluto se apresente como natureza, como pura aparição, e que o consumo seja uma espécie de caça-recolecção, onde o cnsumidor advertido (todo o consumidor se pensa a si mesmo advertido, é um predador esperto) fareja de longe, secretamente, o alvo do seu desejo. Mas não há sangue nem violência, não há pathos: música ambiente e deslizar fácil do dinheiro, tornado abstracto, pelos cartões e pelas máquinas automáticas. É uma natureza indolor, interiorizada, bem educada, espelhada nas maneiras e espelhando as maneiras. Pessoas e objectos, todos se comportam bem; qualquer coisa, vem a limpeza ou a segurança remover. Pela primeira vez pode-se viver neste processo de infantilização ideológica toda a vida, desde que, evidentemente, se saiba desempenhar bem uma tarefa, um serviço. Mas estes também estão a tornar-se mais abstractos. O trabalhador deu lugar ao sujeito atarefado e sorridente, que desliza à vontade no seu território de compostura e autoridade/competência, confraternizando no bar quando necessário. É esse ar blasé, um tanto auto-irónico, todo maquilhado, todo luminoso e lubrificado, o do sujeito moderno. Descontraído, preparado para o prazer. Prazer de ser pateta e de gostar.
Light, smooth, brilliant.


O museu como máquina total: a loja

Museu de Arte Inuit. Toronto.



Passado pós miúdos.






Antigo Egipto com todos.




Sempre a metodologia da proliferação: é encantador em catadupa.



Royal Ontario Museum











Galeria de Arte de Ontário, Toronto