quinta-feira, 30 de abril de 2009

Universidades: uma opinião

Gesine Weinmiller


#025 em trânsito | Gesine Weinmiller

Porto, 3 de Maio 2009, Domingo, 22h
Porto, Casa da Música, Sala 2


Gesine Weinmiller é uma arquitecta alemã, nascida em Constanz, em 1963.
Completou o curso de arquitectura na Technische Universität de Munique, em 1989,
colaborou com Hans Kolhoff entre 1990 e 1992, data em que montou o seu próprio atelier em Berlim.
Desde 1999 o atelier Weinmiller Architekten é uma parceria com Michael Grossman, tendo em 2003 aberto um segundo atelier em Colónia.
Foi Assistente de Flora Ruchat-Roncati, na ETH Zurich, entre 1992 e 1994,
leccionou na Universidade de Bergische, em Wuppertal, entre 1999 e 2000 e desde 2000 integra o corpo docente da Academy for Architecture Culture (aac), em Hamburgo.
É Membro do Conselho Consultivo da École Polytechnique Féderal de Lausanne, Suíça.

Em 1995 venceu o concurso para o edifício do Tribunal Federal do Trabalho em Erfurt, cuja construção lhe granjeou uma reputação internacional, em simultâneo com uma forte polémica pública.
"A severidade rectangular do edifício de 4 pisos, com um pátio interior e a fachada em grelha, animada por painéis com subtis variações, produz o efeito de um bloco monolítico: uma alegoria da razão, um monumento nostálgico à ordem".



Organização: OASRN
Parceria: Casa da Música | Patrocínio: AXA Seguros
Design: R2 Design

A conferência será proferida em inglês, sem tradução.
Bilhetes à venda na Casa da Música | Preço: 3,00 euros

fonte e contacto:
convite.arquitectura81@gmail.com



Pensamento Crítico Contemporâneo também em Lisboa...

ARTE & MERCADORIA
Teatro Maria Matos, 4 de Maio, 2ª feira, 18h-23h
com antónio guerreiro, francisco frazão, marco martins,
maurizio lazzarato e pedro boléo

entrada livre


organização
TEATRO MARIA MATOS
unipop




PROGRAMA

18h | O AUTOR ENQUANTO PRODUTOR. Mesa-redonda acerca de um texto de Walter Benjamin. Com António Guerreiro, Francisco Frazão, Pedro Boléo e Marco Martins.

“O autor enquanto produtor” é o título de uma comunicação de Walter Benjamin datada de 1934. Precedendo o conhecido ensaio “A obra de arte na era da reprodutibilidade mecânica”, este texto coloca em debate a relação entre a tendência política de uma obra, a sua técnica de escrita e o posicionamento do autor no processo de produção da obra. A partir deste texto de Benjamin, mas extravasando-o, convidámos António Guerreiro (crítico do jornal Expresso), Francisco Frazão (programador de teatro da Culturgest), Marco Martins (cineasta) e Pedro Boléo (crítico musical do jornal Público) para uma conversa informal sobre aqueles temas.

19h30 | CONVERSA COM MAURIZIO LAZZARATO ACERCA DE CULTURA, TRABALHO, LIBERALISMO, SUBJECTVIDADE.
Paralelamente à pobreza económica, o liberalismo produz uma pobreza da subjectividade. E se, em resultado do forte desnível de rendimentos, o empobrecimento económico atinge a população diferenciadamente, já o empobrecimento da subjectividade é transversal à generalidade das pessoas, uma vez que as sociedades securitárias, sejam elas ricas ou pobres, estão expostas às mesmas semióticas da informação, da publicidade, da televisão, da arte e da cultura. A produção deste “mundo semiótico” partilhado por todos é um elemento específico da administração e governo dos artistas/técnicos e dos públicos que poderá ser melhor analisada à luz das transformações da arte no último século e à luz dos regimes laborais dos intermitentes do espectáculo – artistas e técnicos que trabalham no teatro, na música, na dança, no cinema, na televisão, no circo, etc.


Maurizio Lazzarato é sociólogo e filósofo, membro do Labaratoire Matisse-Isys (Universidade Paris 1) e da direcção da revista Multitudes. Entre as suas áreas de interesse estão a relação entre trabalho e arte, o pós-fordismo e o trabalho imaterial, a ontologia do trabalho e os movimentos pós-socialistas. Tem também trabalhado a obra de autores como Gabriel Tarde, Gilles Deleuze e Felix Guattari. Escreve igualmente acerca de cinema, vídeo e novas tecnologias de produção de imagens. Recentemente, publicou Intermittents et Précaires (com Antonella Corsani) e Puissances de l’invention. La psychologie économique de Gabriel Tarde contre l’économie politique. Nesta sua passagem por Lisboa, Lazzarato participará igualmente no seminário «a economia para além da economia» (mais info: www.u-ni-pop.blogspot.com )







[o bar do teatro está aberto e servirá jantares]





22h | FORA DE ÁGUA, de Catarina Mourão (1997, 47').

Em Maio de 1997 e com o apoio do programa Europeu Interreg II, dez artistas plásticos foram convidados para realizar várias intervenções de arte pública no distrito de Beja. Este documentário conta a história do encontro entre estas obras, os seus autores e a população local, dando a conhecer os vários pontos de vista nesta experiência que, por ser pública, obrigatoriamente envolveu a população como receptora. No entanto, neste episódio muitos disseram que em vez de arte pública, houve antes arte contra o público – culminando esta experiência na destruição de uma das obras pela população. Pergunta-se quem eram afinal os destinatários destas obras? Através do registo deste confronto “Fora de Água” procura questionar o impacto e percepção da “arte pública” por aqueles que à partida são os seus beneficiários, abrindo a discussão sobre a responsabilidade do artista nas questões inerentes à recepção da sua obra.

fidelidade infiel





"Não há fidelidade possível
para alguém que não possa ser infiel"


Jacques Derrida

("Sob Palavra. Instantâneos Filosóficos", Lisboa, Fim de Século - Edições, 2004, p.57 - trad. de Miguel Serras Pereira)





La New Lacanian School (NLS) à PARIS !

La New Lacanian School (NLS) à PARIS !



—Pour la première fois, les 9 et 10 mai, à l'invitation de l'Ecole de la Cause freudienne et de son président, Hugo Freda, la NLS sera à Paris, salle de la Mutualité, avec, en intégralité, une traduction simultanée anglais-français, français-anglais. La rencontre aura lieu les 9 et 10 Mai.

—Pour la première fois depuis 1995 où le thème de l'interprétation avait créé un effet de choc parmi les psychanalystes quand J-A Miller l'avait énoncé sous la forme de "L'inconscient interprète" , le concept d'interprétation, inséparable de celui d'inconscient, est remis à l'ouvrage. On cherchera cette fois à élucider ce qu'est l'interprétation quand elle est lacanienne c'est-à-dire quand elle vise à faire exister l'inconscient comme réel.

—Il s'agit d'un enjeu théorique et pragmatique majeur à l'heure où la psychanalyse, déshabillée par ses célibataires mêmes, est menacée par la dictature du chiffre ou par l'amortissement de ses concepts pour les faire servir à une politique du soin.

—Des textes préparatoires circulent sur ECF-Débats, et sur les listes des ACF, extraits de conférences prononcées dans les diverses sociétés et groupes de la NLS, textes de membres du Conseil de l'ECF qui prennent part au débat.



— ON PEUT ENCORE S'INSCRIRE EN LIGNE ( www.amp-nls.org) JUSQU'AU MERCREDI 6 MAI A MINUIT.

- contact: joost.demuynck@telenet.be

V Congresso de Arqueologia do Interior Norte e Centro de Portugal

(Clique na imagem para ampliar e ler o programa)

POLITIQUE, VIE, SOCIÉTÉ. LA QUESTION DES NORMES

Seminário Aberto "Filosofia, Biopolítica e Contemporaneidade"



POLITIQUE, VIE, SOCIÉTÉ. LA QUESTION DES NORMES.


7 de Maio, Sala do Departamento de Filosofia, 17h30

O Grupo de Investigação Aesthetics, Politics and Arts do Instituto de Filosofia da Universidade do Porto (GFMC) tem o prazer de convidar V. Exa. para o Seminário

POLITIQUE, VIE, SOCIÉTÉ.
LA QUESTION DES NORMES.




realizado por ALAIN BROSSAT (UNIVERSITÉ DE PARIS 8 - VINCENNES)

O Seminário terá lugar no dia 07 de Maio, na Sala do Departamento de Filosofia (Torre B), às 17h30m.

[Entrada livre]


Informações
Instituto de Filosofia
Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Via Panorâmica s/n
4150-564 Porto
Telef. 226077100 - ext.3103
ifilosofia@letras.up.pt

Fonte: http://sigarra.up.pt/flup/noticias_geral.ver_noticia?P_NR=2597

quarta-feira, 29 de abril de 2009

no leito (imagine-se um leito grego e transportemo-nos para um ambiente de aphrodisia)

Uma mulher da minha idade é uma lição. Uma mulher (aliás de qualquer idade) tem sempre muito a ensinar a um homem. Julgo eu...
Uma mulher mais nova, bastante mais nova, seria uma vibração, uma guloseima.
Duas mulheres é aquela fantasia-tipo: seria o céu. Mais do que isso, que já é de difícil gestão, deve(ria) ser impossível.








Toca a ter juízo, diz-me a voz do Grande Outro, e a estudar Derrida. E eu obedeço, pobre de mim. E com a consciência de ser um privilegiado.

Contaminações artisticas contemporâneas


(Clique para ampliar)


Lisboa, onde ainda há dias houve todo aquele festival de música no CCB, é uma tentação para o pobre portuense vegetendo num pântano em que culturalmente a cidade se transformou, apesar dos esforços de muita gente em pequenos nichos dispersos, incluindo a minha modesta pessoa.
Esta realização é muito interessante, por certo!


Uma importante iniciativa em Lisboa




(Clique nas imagens para ler)

Dos patrimónios naturais

Dos patrimónios naturais

Multiplicam-se as iniciativas camarárias de incitar a população a preservar os hábitos alimentares tradicionais e a procurar no campo aqueles produtos silvestres que faziam as delícias de nossos avós e que, fruto de uma sabedoria ancestral, forneciam ao organismo elementos que o fast food (perdoe-se-me o detestável anglicismo) já não dá.
Recordo que, numa organização do município de S. Brás de Alportel, «perto de uma centena de pessoas percorreram os trilhos da Serra, na manhã fria de domingo, 11 de Janeiro, à descoberta, por entre sobreiros, pinheiros e azinheiros, dos cogumelos escondidos, maravilhosos frutos da terra, cheios de mistério e poder». E que a Câmara Municipal de Portel incitou os seus munícipes «no dia 4 de Abril, vamos pela serra à procura das silarcas, com a bióloga Celeste Silva», iniciativa que a museum anunciou no dia 1; nfelizmente, neste caso, segundo julgo saber, o tempo não estivera de feição, não chovera o bastante e, por isso, as silarcas (apetecíveis cogumelos) não brotaram do solo.
Acabámos de ver ontem, num dos canais da televisão, o elogio dos cogumelos como alimento e, nos tempos de recessão que correm, bom será que, de facto, comecemos a pensar no aproveitamento mais racional dos nossos recursos naturais, nomeadamente no que à nutrição diz respeito.
Por isso saudamos a publicação do livro Tradição e Inovação Alimentar (Dos Recursos Silvestres aos Itinerários Turísticos), organizado pela Doutora Maria Manuel Valagão, que nesse domínio se tem especializado.
Tenho presente a 2ª edição (Dez 2008), de Edições Colibri para a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, publicada no âmbito do Projecto «Inovar e valorizar as tradições alimentares enquanto precursoras da conservação da Natureza e do desenvolvimento local em Alcácer do Sal». ISBN: 972-772-655-0.
Assina o prefácio Maria Leal Monteiro, presidente da referida Comissão, que ali tece o elogio da alimentação mediterrânica de que o Alentejo ainda continua a ser paladino, declarando que «Maria Manuel Valagão e a sua equipa souberam entusiasmar-nos ainda muito mais com as qualidades das ervas, deste mundo das ervas, com estes acepipes, que afinal têm vindo a contribuir para a saúde das nossas gentes, nas nossas terras». Uma «abordagem integrada de identificação e reconhecimento da importância do património natural e cultural».
Assinados por diversos investigadores, temos, no livro, os seguintes capítulos: «Plantas da flora local com valor alimentar e aromático»; «Sustentabilidade dos recursos micológicos silvestres», «A secagem, uma forma tradicional de conservação dos alimentos», «As tradições alimentares», «Recursos alimentares e identidades territoriais; uma perspectiva sobre a gastronomia local», «Inovação das tradições alimentares», «Itinerários turísticos. Passeando em torno do ambiente, do património e da gastronomia».
Enfim, 269 páginas, bem ilustradas a cores, que se lêem num regalo!

José d'Encarnação

Marvão e Ammaia ao Tempo das Guerras Peninsulares

Marvão e Ammaia ao Tempo das Guerras Peninsulares


Foi apresentado no domingo, 19 de Abril, num dos auditórios da Câmara Municipal de Marvão, o número especial de 2009 de "Ibn Maruan", revista cultural daquele concelho, dirigida pelo Doutor Jorge de Oliveira, intitulado Marvão e Ammaia ao Tempo das Guerras Peninsulares (ISBN: 978-972-772-876-3).
Justificou-se este número especial por conter dois artigos que, cada um à sua maneira, se prendem com a problemática das chamadas Invasões Francesas (acontecimento ora comemorado, na passagem do seu 2º centenário) e que evocam um aspecto dessas lutas que ainda não terá sido suficientemente posto em realce: a existência de manuscritos deixados por intervenientes nesse conflito, manuscritos que, para além dos aspectos bélico-militares, podem ter - e têm -informações de índole histórico-arqueológica. Por isso, não hesitei em dar como título à apresentação «A magia de Marvão - antiguidade e espionagem de mãos dadas por ocasião das Invasões Francesas» (p. 11-13).
Sob o título «O estatuto jurídico de Ammaia, a propósito de uma inscrição copiada em 1810» (p. 35-55), Armin U. Stylow, do Instituto Arqueológico Alemão, dá a conhecer um pedestal romano (hoje desaparecido) que o coronel Sir Alexander Dickson (1777-1840) desenhou junto a Ammaia. Esse militar participou, desde 1809 até 1813, nas Guerras Peninsulares e foi redigindo um diário, com as mais diversas anotações. No ano de 1905, toda essa documentação foi editada em cinco tomos, a cargo da Royal Artillery Institution, pelo comandante John H. Leslie: The Dickson Manuscripts being diaries, letters, maps, account books with various other papers of Sir Alexander Dickson Series ?C? ? from 1809 to 1818.
Esse pedestal de mármore dá a conhecer o dúunviro Marco Júnio Galo, inscrito na tribo Quirina, que foi genro de Turrânia Cílea, a dedicante do monumento.
Quer pela onomástica quer pela estrutura formal, a epígrafe pode, pois, relacionar-se com Conímbriga, onde se regista a família Turrânia e onde também as iniciativas de louvores públicos partem, amiúde, de mulheres da família a que ficaram unidas por via conjugal.
Por seu turno, Juan Manuel Abascal (da Universidade de Alicante) e Rosario Cebrián (do Parque Arqueológico de Segóbriga), redigiram o texto «José Andrés Cornide de Folgueira e as inscrições de Ammaia (conventus Pacensis)» (p. 15-32).
Dentre os investigadores da Antiguidade hispânicos, poucas personalidades conheceram tão bem Portugal como Cornide (La Coruña, 25-4-1734 ? Madrid, 22-2-1803). E o grande empreendimento da sua vida foi a viagem a Portugal, encarregado pela Real Academia da História e encorajado pelo próprio Manuel Godoy, que via nele a possibilidade de conhecer, em primeira mão, o sistema defensivo do país vizinho, na perspectiva de um eventual conflito. Cornide realizou essa viagem entre 20 de Outubro de 1798 e 10 de Março de 1801.
Os dois autores observam a paisagem, o terreno e os lugares de um ponto de vista muito parecido, ou seja, as suas potencialidades para fins militares; mas, enquanto Cornide concilia a sua missão de espionagem com um vivo interesse de antiquário, Dickson, naturalmente educado com os clássicos, é, antes de mais, soldado, empenhado, além disso, numa guerra real, e interessa-se pelos vestígios arqueológicos apenas como um curioso.
O que, para os historiadores da Antiguidade e, nomeadamente, para os epigrafistas resulta interessante é que Cornide - para além dos inúmeros pormenores que narra acerca da paisagem e das fortalezas - vai à cidade romana de Ammaia e aí copia inscrições que, mais tarde, desapareceram ou chegaram até nós incompletas, por terem sido reaproveitadas em construções. E esse é, sem dúvida, um importante contributo.

José d'Encarnação
(divulgado na archport: 27 Apr 2009 18:10:55

terça-feira, 28 de abril de 2009

Variação espontânea sobre um tema de Sophia


OS AMIGOS

"Voltar ali onde
A verde rebentação da vaga
A espuma o nevoeiro o horizonte a praia
Guardam intacta a impetuosa
juventude antiga
Mas como sem os amigos
Sem a partilha o abraço a comunhão
Respirar o cheiro a algas da maresia
E colher a estrela do mar em minha mão.

Sophia de Mello Breyner Andersen"


_____________________________________

Nunca mais voltei ao sítio

Onde se reuniam os amigos.

Faltou-me a comunhão solene das gargalhadas

Ou faltaram-me as cadeiras das esplanadas?

Não sei; nas praias em frente continuaram

A passar raparigas, contra o fulgor do sol.

Sempre as mesmas, as mesmas vagas,

O mesmo iodo, a mesma maresia, e as estrelas do mar

Que nunca vi mas em que acredito, porque todos dizem.

Porém há um sítio, não sei bem onde,

Onde as cadeiras de repouso estão em frente do mar

E em cada uma delas murmura o silêncio de um amigo.


Vítor Oliveira Jorge(texto)

Susana Oliveira Jorge (foto)


Jacques Derrida (Argélia,1930 – Paris, 2004) - Tópicos



Jacques Derrida (Argélia, 1930 – Paris, 2004)


Tópicos para abordar a sua obra



Aporia
Artefactualidade
Dádiva
Democracia
Desconstrução
Différance
Disseminação
Escrita
Espectralidade
Estrutura
Evento
Fonocentrismo
Freud
Heidegger
Hímen
Identidade
Indecidibilidade
Intencionalidade
Interior – Exterior
Iterabilidade
Jogo
Justiça
Kant
Khora
Logocentrismo
Marca
Messianismo
Metafísica
Metáfora postal
Nietzsche
Nova Internacional
Oposição fala-escrita
Origem
Parmakhon
Platão
Presença
Próprio
Responsabilidade
Saussure
Ser
Sim
Suplementaridade
Teletecnologia
Texto
Traço
Virtualidade



Baseado em:
"A Derrida Dictionary", por Niall Lucy, Oxford, Blackwell, 2004



Situação universitária em França: vale a pena estar atento




A propósito da situação das Universidades em França:


http://math.univ-lyon1.fr/appel/





Atmosferas do Porto... captadas pela Susana com o seu telemóvel...
































































Fotos SOJ Porto 2009

Fotos que a Susana me tem tirado...

Versalhes.

















Paris.










Porto.


... com o telemóvel dela.



Rita Hayworth - Please Don't Kiss Me




Source: http://www.youtube.com/watch?v=yKk1iw1k1GM&feature=related

Obgrigado à AM pela sugestão

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Archaeology and The Politics of Vision in a Post-Modern Context - New book




Now available !

Newcastle, Cambridge Scholars Publishing

book edited by Julian Thomas and Vítor Oliveira Jorge












domingo, 26 de abril de 2009

Clube das Virgens






Novo blogue, aliás hoje noticiado no jornal Público:

http://clubedasvirgens.blogspot.com/







conformismo


Às vezes pergunto-me: por que é que muitos dos meus amigos de juventude se acomodaram, se calaram, jamais contribuiram para mudar fosse o que fosse no país que então tanto achávamos anacrónico? Por que é que tantos se ajustaram ao "realismo político" das suas carreiras, incluindo ao desenvolvimento de um

discurso académico que sabem inócuo?
Por que prepondera sobre tudo a vontade de conforto?
Por que é que tantos se esgotam mesmo em escrever ou ditar opiniões, quase nada fazendo para criar um evento, uma ruptura, uma diferença?
Isto para mim é um enigma!

Put The Blame On Mame (Guitar Version)



the slow version of the song by Rita Hayworth in Gilda


Source: http://www.youtube.com/watch?v=v3uzB-q0jsU

Thanks to AM for the suggestion

sábado, 25 de abril de 2009

voz sem nome




"Eu teria adorado aperceber-me, no momento de falar, de que uma voz sem nome há muito me precedia"


Michel Foucault


"A Ordem do Discurso", ed. francesa ("L' Ordre du Discours"), da Gallimard, Paris, 1971.




sempre






VIVA O 25 DE ABRIL




__________________________

Nota:

Foi interessante o filme passado de madrugada já, pela SIC, e cujo realizador desconheço
(não tenho o jornal de ontem), sobre o 25 de Abril.
Mostrou bem como o poder, capturado pelos capitães, foi de imediato “transvasado” para a mais alta hierarquia militar - ou seja, como as contradições da revolução de Abril (quiçá inevitáveis) fizeram parte do seu próprio modo de se poder concretizar, foram internas. Uma revolução dos cravos, isto é, sempre com respeito por uma moldura determinada, é uma contradição nos termos, no seu lirismo. Isso está dado no filme de maneira muito interessante: as contradições de classe. Nesse sentido, a revolução do 25 de Abril não o foi: foi uma reforma (altamente corajosa e difícil) de um sistema que se tinha tornado totalmente caduco e oco para poder oferecer resistência, apesar das suas tentativas.




sexta-feira, 24 de abril de 2009

Conjunto de conceitos para entender Michel Foucault



Acontecimento

Actualidade
Aphrodisia
Arqueologia
Arquivo
Arte
Aufklärung
Autor
Biopolítica
Confissão [Aveu]
Controlo
Corpos (investimento político dos)
Cuidado de si [souci de soi]/ técnicas de si
Descontinuidade
Diferença
Disciplina
Discurso
Dispositivo
Encerramento [Enfermement]
Épistémè
Espaço
Estado
Estética (da existência)
Estrutura/estruturalismo
Ética
Experiência
Exterior [dehors]
Genealogia
Governamentalidade
Guerra
História
Identidade
Indivíduo/individuação
Liberalismo
Liberdade/libertação
Literatura
Loucura
Medicina
Natureza
Norma
Ontologia
Parrhêsia
Poder
População
Problematização
Razão/racionalidade
Resistência/transgressão
Revolução
Saber/saberes
Subjectivação (processos de)
Sujeito/subjectividade
Sexualidade
Verdade/jogos de verdade
Vida



Baseado em:
Dictionnaire Foucault
por
Judith Revel
Paris, Ellipses Édition
2008




(Aconselho toda a colecção de dicionários de filósofos desta editora)




gatos com música

Urban Encounters - Rethinking landscape

Tate Britain, London, 23rd April 2009

Information:



http://www.tate.org.uk/britain/eventseducation/symposia/17657.htm






em frente


os vagões-restaurante dos grandes comboios
quando passam rentes às extensas superfícies de água
quando ainda não chegou ninguém para se sentar
quando ainda mesmo os talheres não estão sobre as mesas...

pode ser o mar. pode ser o sol. pode ser uma música
que vem da última carruagem e serpenteia até aqui.
podes ser tu a acordar: e que há de mais rente à areia,
ao som do mar fotografado, que uma mulher a despertar?

multiplicada em cada mesa. desdobrada em cada toalha.
chegada súbita e sonolenta como as gaivotas às janelas.
com a alegria que nos toma quando saímos daqui
e vamos para a Europa de carruagem-cama em carruagem-cama.

assim vale a pena avançar! e olhar para o mar em pose.
e olhar para as figuras fotografadas nas paredes, em pose togada.
estais mortos na vossa dignidade de imagens, a vida é isto
avançar ao longo do mar para longe, longe daqui, já.

movimento! e esta sensação de que vamos sós no comboio,
de que este mar é só para nós, para regar de maresia
as tuas pernas, a seda das tuas pernas a saírem do lençol
e a olharem-me, dizendo-me: bom dia, leva-me no mesmo sentido

dos carris, aos longo das linhas que se cruzam na viagem interminável,
puxa as máquinas que agitam os copos que hão-de ser postos nas mesas,
que abanam os castiçais que hão-de ser colocados para o jantar,
vamos perder-nos os dois aqui até eles estarem acesos!




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Foto: António da Silva Pereira
Texto: VOJ Abril 2009 Porto

argent



Quelqu’un a dit que les yeux
Sont la seule partie du corps qui ne vieillit pas.

Je n’en suis pas sûr. Quand je regarde, je ne sais plus
Qui le fait par moi. Où suis-je ?

Une impatience. Une rue déserte, sans nom.
Voilà c’est tout. Peut-être à Pise,
Quand la lumière fait éclater les façades ;

Peut-être à Paris, quand les eaux
Amènent tous les corps d’ amours passés.

Je ne sais pas. Je crois voir des fleurs brûlantes
Très près. Je crois marcher dans le sens des statues.

Mais personne ne m’accompagne dans ces couloirs.
Ni même moi. J’aimerais trouver ma main,
La porter à la poche, extraire les clés de chez moi.

Me regarder dans un miroir, et ne voir plus
Quelqu’un de très semblable en me regardant.

J’aimerais trouver un corps qui soit un chantier de fleurs.
Une rue pleine de solitude fleurie.
Un fleuve. Un sourire nomade m’attendant depuis toujours.

J’aimerais que quelqu’un me fasse exister.
Une carte d’identité, un café, gros bisous.

Quelqu’un qui me dise : tes yeux ont vieilli, oui,
Très vite, tel que la journée, et même les fleurs.

Mais je te veux au centre même de ton vieillissement.
Quand tous les miroirs acquièrent la noblesse de l’ argent.


Vítor Oliveira Jorge Porto Avril 2009

quinta-feira, 23 de abril de 2009

XXª International Festival of Archaeological Film

The Civic Museum of Rovereto, in conjunction with the magazine
“Archeologia Viva”, is organizing the XXª International Festival of Archaeological Film, which will take place in the period 5-10 October 2009.

For those who didn't send the inscription already, THE DEADLINE IS:
30th APRIL 2009

You could find the entry form at the link:

http://www.museocivico.rovereto.tn.it/events_detail.jsp?IDAREA=5&ID_EVENT=146&GTEMPLATE=default.jsp


--
Rassegna Internazionale del Cinema Archeologico Segreteria
organizzativa/festival organizer: dott.ssa Francesca Maffei
Museo Civico di Rovereto
Borgo Santa Caterina 43
38068 Rovereto (Tn)
Italy
tel/phone +39 0464 439055
fax +39 0464 439487
e-mail: a:Rassegna@MuseoCivico.rovereto.tn.it

cc:darayava@tin.it
www.museocivico.rovereto.tn.it Web Tv: www.sperimentarea.tv


International Festival of Ethnographic Film

11th Royal Anthropological Institute (RAI)
International Festival of Ethnographic Film
01.-04.07.09, Leeds, UK


We are pleased to announce that both the program and the registration page are now up and running on the website: www.raifilmfest.org.uk


Drawing in international film-makers, broadcasters, academics and a non-specialist audience, the RAI International Festival of Ethnographic Film is one of the leading global gatherings in the UK that celebrates critical film-making and discusses the relationships between film, visual culture, and the promotion of cultural diversity and inter-cultural dialogue. The festival includes film screenings, the awarding of film prizes, workshops and panel debates.

This is the festival's first visit to Leeds and we look forward to an exciting and successful week!


Early bird: Register before May 20 and save £20!



If you have any questions or comments please direct them to:

Mark Andersen
Centre for Tourism and Cultural Change
m.a.andersen@leedsmet.ac.uk
phone +44 (0)113- 812 9239
fax +44 (0)113- 812 8544


Abertura Concurso Bolsas de Doutoramento Individuais 2009 - FCT

Abertura Concurso Bolsas de Doutoramento Individuais 2009 - FCT


Ver:



http://alfa.fct.mctes.pt/apoios/bolsas/concursos/doutoramento2009.phtml.en

caminho (possível)


Há décadas que isto é óbvio:

A arqueologia dita pré-histórica precisa de se libertar do tempo para se aproximar do espaço, em sentido geral, de se desvincular da história para se interessar pela arquitectura. A muitos níveis. Mas precisa de desenvolver a arquitectura em terrenos que esta nunca pisou!
Precisa igualmente de alargar o campo da antropologia, para além do que a etno-arquelogia já tem feito. No sentido de obter um leque de referências sobre sociedades que não estão (estiveram) submetidas a um aparelho de Estado nem a um sistema de anotação escrita (e aos dispositivos de poder e de controlo que ele implica).
Não se trata de importar nada de disciplina alguma. Trata-se de as ampliar com a esperiência ESPECÍFICA do arqueólogo.
Como nem a arquitectura nem a antropologia têm experiência de pensar sobre estas coisas que a arqueologia dita pré-histórica traz - sobre o seu específico modus faciendi - obviamente que não é no já escrito nelas que vamos encontrar soluções. Temos de as construir nós. É aqui que passa a importar o pensamento crítico contemporâneo, numa volta que não é fácil - e implica tempo. Não se improvisa à pressa, tudo colado com cuspo, passe a expressão!
É preciso de algum modo, e ao mesmo tempo, pensar-se em muita coisa de forma cruzada e não linear. Essa é a dificuldade. O arqueólogo da dita pré-história digno desse nome não tem só de inventar um trabalho: tem de inventar as regras de o fazer, como o artista.
Está quase tudo por fazer, neste domínio, desta maneira. É este o percurso que tenho tentado seguir, esquematicamente.
Para ser arqueólogo ou outra coisa qualquer não se pode ir por traçados lineares, como numa lógica de comboio, a comer terreno, a somar mais do mesmo, a acrescentar carruagens e percursos. É preciso mudar de veículo!




identidades, vocações, regime de subjectividade


Há uma novo regime de constituição destes elementos no sujeito, na nova era que estamos a viver do capitalismo. Um novo sujeito é solicitado pelo "mercado". Esse sujeito tem de possuir uma disponiblidade e uma versatilidade que nada têm a ver com o antigo sistema da "auto-descoberta" da vocação própria, e do seguimento, ao longo da vida, de uma preparação e do exercício de uma profissão. Tudo isso está moribundo. Por isso um estudo sério seja do que for é só para uma élite.
O novo sujeito é irrequieto e disponível para aquilo que o mercado lhe pede. Visível, em ordem constante de marcha, sem outra vontade ou vocação que não seja triunfar, seja em que nicho for. Qual soldado preparado e treinado para uma grande variedade de palcos de acção. Esta situação mina o ensino tradicional do mesmo modo que elimina empregos. O conhecimento que se torna importante é de novo tipo, em permanente alerta para a mobilização para campos de acção inesperados (o que está a dar). Por isso se encurta o ensino, os graus, a durabilidade dos projectos. Tudo se efemeriza em função das exigências do capital. Claro que isto é depredador e causa estragos e é anti-económico no cômputo geral: aumento das doenças, do stress, das exclusões, etc. Que importa, se permite o cada vez maior enriquecimento e bem-estar de minorias? Quem é que neste ambiente consegue estabilizar minimamente uma relação, uma pesquisa, uma reflexão, uma constituição de subjectividade que nunca deveria estar sob intenso stress, senão é ou depressa se transforma numa subjectividade doente? Mas o mundo tornou-se nesta máquina, e nós todos somos gestores da mesma. Já não como o Chaplin a apertar parafusos que nem pateta, nos "Tempos Modernos", mas a apertar todos os dias os botões da nossa própria disponibilidade. Para onde vou? Para me mandam? Que querem que eu sinta profundamente como meu? Que sentimento vou sentir? É esta a forma última do biopoder, da biopolítica: a do controlo do desejo de desejar a que os indivíduos, largados no mundo, estão sujeitos. Aqui Michel Foucault, entre outros, completa muito bem o que Lacan por exemplo (entre outros também, é claro) deixou entrever. Esta gestão do Vazio, esta economia. Em que muitos ainda continuam na mesma rotina, numa espécie de comboio sem máquina, mas ainda a caminhar por inércia sobre rails inúteis. As pessoas têm um enorme medo - e uma enorme incapacidade - de mudar as suas estruturas subjectivas, de ver o chão da identidade fugir-lhes debaixo dos pés, de perceber que o que aprenderam, ensinam, praticam e levam os outros a praticar já não faz sentido.
Abordarei isso no meu curso, segunda-feira, dia 27.



I Don't Want to Set the World on Fire



source: http://www.youtube.com/watch?v=teYQ2MtqsfA

Authors@Google: Slajov Zizek


The Authors@Google program was pleased to welcome Slavoj Žižek to Google's New York office to discuss his latest book, "Violence".

From Wikipidea:

"Slavoj Žižek is a Post-Marxist sociologist, philosopher, and cultural critic. In 1989, with the publication of his first book written in English, The Sublime Object of Ideology, Žižek achieved international recognition as a major social theorist. Since then, Žižek he has continued to develop his status as an intellectual outsider and confrontational maverick.
Žižek is a senior researcher at the Institute of Sociology, University of Ljubljana, Slovenia and a professor at the European Graduate School. He has been a visiting professor at, among others, the University of Chicago, Columbia, London Consortium, Princeton, The New School, the University of Minnesota, the University of California, Irvine and the University of Michigan. He is currently the International Director of the Birkbeck Institute for the Humanities at Birkbeck College, University of London"

This event took place on September 12, 2008.
Source: http://www.youtube.com/watch?v=_x0eyNkNpL0&feature=related

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Quero ir ao Brasil !



Quem me convida ?...

Nunca lá fui!

Posso falar sobre arqueologia, poesia, etc.
Como recentemente no Canadá!








Elisa Ferreira




Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=gz503LtXS_k&feature=channel_page

Novas formas de proletarização


Aqueles que acedem (já uma minoria) à Universidade para tirar uma licenciatura no modelo de Bolonha sabem que, ou fazem uma pós-graduação, ou nunca irão a lado nenhum com tal preparação "fast food". 
Aqueles que conseguem aceder a um mestrado, em Portugal ou no estrangeiro, com uma bolsa, são uns raros bem-aventurados, mas mesmo esses sabem que após o mestrado começará para eles um novo calvário. A grande maioria proletariza-se mal pode em empregos precários e em situações aviltantes ou inquietantes para os próprios.
Aqueles que - já num grau de proletarização de maior categoria - conseguem uma bolsa para doutoramento, ou então uns pais ricos que lho paguem (esta sociedade só é mesmo boa para ricos) têm um espaço ínfimo de tempo para a fazer, andando como loucos numa vida de agitação que é tudo o contrário do que é necessário à pesquisa, qualquer pesquisa, que implica sempre um trabalho de incorporação lento (qualquer que seja a instituição de acolhimento ou a qualidade do orientador; também depende da ambição intelectual do doutorando, se vai apenas fazer um trabalhinho para enaltecer o orientador ou se vai realmente fazer um trabalho a que possa chamar seu).
Ora, mesmo depois de passado com êxito o  doutoramento, que vai fazer o novo doutor se não tem a sorte de estar incluído numa daquelas áreas da ciência para quem vai a boa fatia do bolo? Logicamente, procurar uma bolsa de pós-doutoramento, fazer de novo biscates, eu sei lá. Ou seja, o indivíduo é posto pelo sistema empreendedorista num regime de constante ansiedade, ligada à fragilidade da sua situação.
É um dos tipos de proletário dos tempos modernos, que Marx não podia ter previsto, porque era uma pessoa como qualquer um de nós, um homem do seu tempo.
É preciso voltar a Marx?! Mas nunca saímos de lá, todos os que sabemos que juntamente com uma plêiade de outros autores, ele é fundamental para pensar o capitalismo do séc. XIX e portanto o mundo em que vivemos. Não podemos é dogmatizá-lo, cometer o crime que se faz em relação a todos os autores famosos: transformá-lo num dogma, num remédio. Ora, como se sabe, o fármaco tem, desde a sua raiz grega, o duplo sentido de elemento curativo ou mortal, venenoso, dependendo das doses. É por isso que a nossa busca não pára: queremos encontrar um remédio que não seja um veneno de uma nova alienação, quer dizer, de um tiro de pólvora seca no ar do mundo que se proletariza de forma cada vez mais abrangente e grave. Há que estudar.
Tentar encontrar novas vias para uma democracia, para afinal o principio utópico que qualquer sociedade devia perseguir: permitir a todos, de acordo com o seu valor, com o seu esforço, com o seu mérito, um mínimo de igualdade de oportunidades de acesso à sua auto-realização, dentro dos quadros do que a sociedade  estabeleça (assumindo o aspecto sempre conflitivo desse "estabelecimento" - não há uma vontade comum angélica, nem vamos suprimir as classes por nenhuma revolução súbita, não dá). É esssa hierarquização pelo mérito (a hierarquização dos valores da antiga burguesia) que a sociedade hedonista (mafiosa) está a minar, nada encontrando em substituição. Essa ausência de soluções é como a guerra em tempos idos: elimina do sistema muitos indivíduos que o sistema não pode integrar. Os proletários que se desunhem, ou então que  vão para a desqualificação, depressão, e morte. E assim uma elite nova de privilegiados pode aceder e manter à tona um sistema que julgaríamos prestes a afundar-se. Veja-se a simpatia despertada em torno de Obama e dos valores da velha América como terra da liberdade e ao mesmo tempo como poder que impera sobre o mundo. O homem é simpático e acredita em certos valores, tanto quanto um político os pode encenar. E é evidente que um estilo é fundamental numa sociedade de média. Mas também é óbvio que, estruturalmente, ele não vai mudar nada de essencial ao curso da história, se é que tal é possível para alguém nalgum momento.

MA’ S SIN

A encerrar o ciclo de cinema em homenagem a Saguenail, no âmbito do Colóquio Internacional e Interdisciplinar «Artes da Perversão», organizado pelo Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, será exibido amanhã, 23 de Abril, às 21h30, nos cinemas Medeia Cidade do Porto, o filme MA’ S SIN, seguido de debate com Regina Guimarães. A entrada é livre.

MA’ S SIN
um filme de Saguenail
com Né Barros, António Durães, José Ananias, Rui Madeira, Lia Gama
Grande Prémio e Prémio da Crítica Internacional no Festival de Cinema da Figueira da Foz

Cinemas Medeia Cidade do Porto, quinta-feira, 23 de Abril, 21h30, sala 4

DUPLO FILME, FILME ESPELHO, NASCIDO DE UM ENCONTRO DECISIVO PARA A VISÃO QUE SAGUENAIL FOI CONSTRUINDO DO SEU CINEMA - O ENCONTRO COM O SAUDOSO ANTOINE BONFANTI - MA'S SIN  OFERECE-NOS, DE FACTO, DOIS FILMES NUM SÓ, JÁ QUE A BANDA SONORA, INTEIRAMENTE ENCENADA E GRAVADA EM NOVA IORQUE, COM ACTORES LOCAIS, NOS NARRA, POR DIÁLOGOS, RUÍDOS E MÚSICA, UMA HISTÓRIA SÉRIE B QUE APENAS NOS É DADA A OUVIR. 
AS IMAGENS, RODADAS APÓS A ELABORAÇÃO DA BANDA SONORA, SÃO TOTALMENTE CENTRADAS NUMA ESPECTADORA, ESPECTADORA ÚNICA DO FILME QUE ESTÁ A SER PROJECTADO NUMA IMENSA SALA. 
ESSE FRENTE A FRENTE COM AS IMAGENS NÃO TARDA A CONVOCAR REVOADAS DE ESPECTROS, E A SALA, DE INÍCIO VAZIA, PASSA A ESTAR POVOADA DE FANTASMAS ORIUNDOS DA HISTÓRIA DAS ARTES VISUAIS NO SÉCULO XX, EM PARTICULAR A DO CINEMA. 

Réstauration d'une partie du Palais Bahia, Marrakech, Maroc.


Le PATerre-Marrakech de l'Ecole Nationale d'Architecture-Rabat et l'Union Rampart, en collaboration avec l'Inspection des monuments historiques de Marrakech vous informent au sujet du projet de Chantier de bénévoles de réstauration d'une partie du Palais Bahia, Marrakech, Maroc.
Une première session qui prépare ce chantier, programmé le mois d'été 09, a été tenue entre le 10 et le 14 avril 09 au Centre PATerre de Marrakech.
Le chantier de bénevoles est prévu l'été 2009 selon le calendrier suivant :

Première session : du 10 au 23 juillet 2009.
Deuxième session : du 25 juillet au 7 août 2009.
 
Inscriptions ( 20 places ) et information aux chantiers de bénevoles : atayyibi@yahoo.fr
Informations au blog www.tayyibi@over-blog.com

meilleures salutations.

 

Tayyibi Abdelghani

Coordonateur du projet au niveau du Maroc.
Tél.00212666551612
Ecole Nationale d'Architecture de Rabat
http://www.tayyibi.over-blog.com 



terça-feira, 21 de abril de 2009

Porto: atmosferas de Abril

Praia dos Ingleses











































































































Domingo de Páscoa no Porto





















esperando melhor tempo



















Lucindo: ainda mexe!