Há amigos meus, particularmente os que sofrem de uma certa tendência para baixa imunidade, com imenso medo de irem a congressos no estrangeiro por causa da gripe A.
Ora, todos sabemos que nenhum de nós está livre de apanhar esta gripe, e que o mais provável é sermos afectados. Mas pior que tudo é o medo que paralisa, em todos os aspectos da vida. Como disse o Baptista Bastos, tenho medo mas não sou cobarde. O importante, para mim e para os outros que estão à minha volta (conhecidos ou desconhecidos) é estar atento e atacar aos primeiros sintomas. E no caso de pessoas com baixa imunidade, procurarem ter acesso precoce à vacina mal ela esteja disponível, através dos seus respectivos médicos.
Se não for assim, e entrarmos todos em pânico, antes de morrermos de gripe suína morremos de medo. Isso, não !
Há uma vantagem de se ser sexagenário: já se levou, como diz o povo, tanta porrada, tem-se a consciência de que estar vivo é quase um milagre, que já não se tem assim medo de qualquer maneira... há uma distância entre o ataque e nós. E quando a morte aparecer (os seus sinais, o seu prenúncio), o ideal seria dizer: cá vens tu, finalmente, por ti esperei desde sempre. OK, faz o teu trabalho, mas não me faças sofrer muito até perder a consciência e fugir da "porca miséria" deste mundo...
Mas é claro que muito provavelmente uma pessoa se sente sempre tomada pelo pânico à beira do abismo. É só esse momento que se espera seja rápido e fulminante. A nossa morte (como o nosso nascimento) são momentos que nunca podemos viver, ou estamos do lado do nada, ou do lado do mundo, este mundo tão complicado e onde pagamos tão caro, em tensão diária, o conforto tecnológico de que usufruímos...
2 comentários:
Prof,
Não é bem uma questão de ser cobardolas, mas deixe-me dizer-lhe que até eu que posso dizer que não me lembro de ter ficado de cama com uma gripe - curo-as em pé e a trabalhar - estou um bocadinho amedrontada (acagaçada)com o facto de constar que esta "sujeita" aparece de um momento para o outro e como se propaga muito rapidamente, não queria ver-me assim com uma pneumoniazinha para ser diferente.
Claro que temos de ter os cuidados essenciais, mas isso em qualquer altura e em qualquer momento.
Tenho esperança que nos "safemos" desta.
Se vier logo se verá, mas mesmo assim Deus queira que não tenhamos de contar. É sinal de que não fomos visitados.
Tudo de bom para vós.
Tem razão em ter receio, porque provavelmente nenhum de nós escapa. O problema é ter meios de imunidade e ataque rápido. Não vale a pena ter fé em se safar (a fé só é útil porque encoraja e provavelmente aumenta as defesas), mas antes prevenir. Não sou médico, mas creio que é isto... Good luck!
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