Transferência "(...) A PSICANÁLISE INVENTOU DE FACTO UMA NOVA FORMA DE AMOR CHAMADA TRANSFERÊNCIA." JACQUES-ALAIN MILLER (Lacan Dot Com)
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
percurso de um lisboeta de nascença em traços breves
Sou agora o professor catedrático em exercício mais antigo da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (professor decano).
Licenciei-me em Lisboa em 1972 (24 anos).
Iniciei serviço na Universidade no ano lectivo de 1972/73.
Ingressei na Universidade do Porto como assistente em Setembro de 1974 (26 anos).
Doutorei-me e passei a professor auxiliar em Outubro de 1982 (34 anos).
As funções de professor associado (professor do quadro) vieram em 2004 (36 anos) e em 1989 prestei provas públicas de agregação, que me permitiram concorrer ao cargo de professor catedrático (de nomeação definitiva), do qual tomei posse em 1990 (42 anos).
Foi presidente do Conselho directivo da FLUP que fez a mudança da Faculdade para o seu edifício definitivo em 1995.
Agora, e devido à jubilação e reforma de muitos dos meus colegas, sou o professor decano da FLUP.
Mas por opção raramente ponho gravata e só uso as vestes académicas quando estritamente necessário. Sinto-me melhor com o meu corpo e com o meu pensamento de uma forma mais ligeira e sem recorrer aos símbolos da autoridade universitária (= desejo mal disfarçado de ser considerado por algo que seria "eu" sem tais símbolos, um desejo mítico, ou fantasia muito própria, eu sei...).
Gosto muito da minha profissão de professor, de investigador em tempo parcial, e estou muito grato ao Porto e à sua Universidade por me ter acolhido há quase três décadas e meia.
Acho que com a minha mulher e colega não desmerecemos a confiança que em nós foi aqui depositada. E lá continuamos numa labuta constante, apesar de muitas dificuldades...como todos os restantes colegas, numa Universidade que dá cartas em todo o mundo, e agora a experimentar um novo modelo de gestão.
Sou um decano em blue-jeans, nostálgico dos valores e das promessas dos velhos anos 60, em que formei a minha personalidade, segundo julgo.
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2 comentários:
Quem é este "eu" que tantas vezes é aqui enunciado? É um sujeito da anunciação? ;)
Não, é o sujeito da enunciação.
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