Há muitos anos que sou leitor do Público. Desde o tempo em que estudava no secundário. Lembro-me sobretudo dos meus tempos de Faculdade em que lia o Público praticamente todos os dias (na residência universitária onde estava existia um pequeno fundo de maneio que resultava de uma pequena contribuição de cada um de nós e que era usado nomeadamente para compra de um jornal diário - o Público - e dois semanários - o Independente e o Expresso). Recentemente o Público fazia parte da minha lista de feeds (ou seja, das minhas leituras diárias).
Já há muito que ponderava deixar de ler o Público. A direcção do José Manuel Fernandes estava a tornar o jornal cada vez pior. Salvavam-se sobretudo as crónicas do Rui Tavares, que ainda me faziam comprar o jornal de vez em quando. Contudo, de dia para dia, ler o Público tornava-se cada vez mais um exercício insuportável. Até que encheu o copo. Estou farto. O episódio da notícias das escutas foi apenas a constatação do que algo cheirava mal. Algo parecido com a peça dentro da peça do Hamlet.
O Público já não faz parte da minha lista de feeds. Não sei o que o vai substituir, porque em verdade o panorama da comunicação social em Portugal está cada vez pior. Ficam os blogs (cada vez mais e melhores), o Guardian, o El Pais, o New York Times e o Le Monde.
1 comentário:
Pois é...mas nós não sabemos nada. Os micro-jogos, os jogos médios...e os macros. O cidadão comum anda aqui feito fantoche...sem saber nada...e a ser usado para dar votos! O fumo é intenso e intoxica!
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