quinta-feira, 4 de junho de 2009

Cibersexo: segundo o "Correio da Manhã" de hoje

 

“Cibersexo: Um clique para o prazer

Em casa, sozinhos, iluminados pela luz do monitor, as conversas entre desconhecidos chegam a atingir temperaturas elevadas. Após algum tempo a escrever no teclado, o desafio de ligar a webcam – câmara de vídeo para uso na internet – surge de uma forma desinteressada, mas com o objectivo de fazer despertar os sentidos. A narrativa erótica, os truques de sedução, a segurança do anonimato e a busca de um prazer sem compromissos fazem o diálogo descambar num acto sexual onde o contacto físico é o menos importante.


'O conceito de cibersexo ainda não é consensual, mas pode dizer-se que é a troca de conteúdos eróticos com o objectivo de excitação sexual', explica ao CM a psicóloga Ana Alexandra Carvalheira, responsável por um estudo sobre cibersexo em Portugal que envolveu cerca de 1300 utilizadores de salas de conversação.

'É impossível definir um perfil. A palavra de ordem é a diversidade: de indivíduos, de comportamentos, de objectivos, de motivações, de tudo', sublinha a psicóloga, constatando que 'mais de 50 por cento dos utilizadores de salas de conteúdo geral já estiveram envolvidos em cibersexo'.

No que respeita às motivações, Ana Alexandra Carvalheira destaca 'a masturbação imediata, a marcação de encontros off-line e a procura de pessoas com as mesmas vontades sexuais'.

O anonimato, garantido pelo ecrã do computador, permite ao utilizador revelar-se tal e qual como é ou como queria ser. 'Os participantes podem expressar os seus desejos e interesses de uma forma mais livre, num contexto de anonimato. Serve, muitas vezes, para deixarem cair as máscaras que usam no dia-a-dia', realça a psicóloga, contrariando a ideia de que a maioria dos utilizadores é tímida. 'Ao contrário do que se pensa, os principais utilizadores não são pessoas tímidas. Este anonimato pode ser útil para as minorias sexuais que procuram pessoas com os mesmos interesses.'

Apesar de o prazer ser um objectivo comum, o cibersexo não substituirá o sexo presencial: 'É mais um instrumento que permite o contacto com o outro, com ou sem interacção física.' “

 

Fonte: http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?channelid=77C791C4-8F40-46BC-9EBA-786366FBCC32&contentid=DFDF6C6C-3CFA-49DE-AE09-2AAE0C0CAE67

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