...tem um écrã tão grande que dá para ir lá ao fundo, olhar para mim a escrever sentado na mesa e voltar.
Bendita tecnologia (enquanto não avaria)... sem estas máquinas a minha ontologia ficava no cesto do lixo que espreita no canto (do écrã ou do escritório?... já não sei).
A realidade espreita-me de forma cada vez mais insidiosa... não, erro, o real é que fugiu agora para dentro do écrã adormecido, tornado espelho, com uma deliciosa maçã negra por debaixo.
Dois auscultadores para ouvir Bob Dylan* no máximo de intensidade, que pode mais uma pessoa querer?... sobretudo depois de um dia em que já respondi a umas centenas de mails.
Devia haver prémios para isto...após um certo número de horas, uma menina vinha dar um bom-bom do fundo da realidade, bem lá do fundo deste abismo que é o écrã, e voltava para a sua inocência virtual.
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* Por ex, a faixa 6 do álbum Planet Waves, "Forever Young"... meu Deus, há tipos geniais!
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