"A representação pode então reencontrar o seu sentido exacto e primeiro (filosófico e artístico): não uma reprodução, ela própria submetida aos limites de "um ponto de vista", mas um gesto que traz à presença, uma apresentação. Esta está em relação com a verdade. A verdade da apresentação supõe a parte de retracção [retrait] que não pertence à presença, um fundo ou uma ausência de fundo "mesmo ao fundo" da própria presença.Se há o irrepresentável,
isso não é o efeito de uma interdição ou de uma impotência, é porque na
presença se abre sempre este recuo para o fundo. A verdade de uma
representação consiste em tomar em conta [prendre en charge] essa abertura [creusement]. "
Jean-Luc Nancy
"L' Art et la Mémoire des Camps. Représenter
exterminer", dir. de Jean-Luc Nancy, Paris, Seuil, 2001, p. 11 (tradução
minha)
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