quarta-feira, 17 de junho de 2009

ao abrir de uma janela

Abro a janela, permitindo que os sons lá de fora entrem, e leio. E apesar da correria dos veículos, há toda uma sinfonia de sons de pássaros que pouco a pouco como que abafam os outros ruídos até ao silêncio. Esse diálogo infinito (no tempo e no espaço) de chilreios entremeia-se pelo meio das frases e das ideias. De dentro do texto vem um halo de luz e de verde de árvores, e pássaros voam entre um parágrafo e outro. Para que preciso de sair daqui, se tudo quanto posso e quero reunir aparece espontaneamente? Sobretudo se de entre o texto vem também uma voz que me explica e me dá a ver o que sempre busquei. Ouço essa voz entre ramos verdes e chilreios. É um paraíso.

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