A confirmarem-se as previsões do início da noite de hoje, é uma derrota do Partido Socialista, lamentável, mas devo dizer que não totalmente inesperada (apesar das sondagens anteriores às eleições), porque o candidato cabeça de lista (para além do seu enorme mérito pessoal, não é isso que está em causa) teve uma prestação fraca, e por muitos outros factores, que têm a ver com um estilo autista que se tem notado em aspectos da actuação do governo, sem ouvir os protestos sociais e manifestações enormes de descontentamento que se fizeram sentir. Essa insensibilidade, a não ser corrigida, pode ser fatal. É evidente que a crise internacional não ajudou mesmo nada, e que estas eleições tiveram um nível de abstenção que não é previsível ser o das legislativas de Outubro próximo (onde a vitória do PS, sem maioria absoluta embora, é mais que possível).
Espero que o Partido Socialista faça uma reflexão/revisão muito profunda, que tem de ser rápida, se quiser recuperar, e que encontre um novo estilo, quer dizer, que abra os olhos enquanto é tempo. Porque, no espectro político português, e apesar de tudo, é a força organizada e com capacidade de governar com que mais me identifico.
Mas foram estas as eleições em que, desde o 25 de Abril, menos me empenhei.
Com muitos milhares de outros deve ter acontecido a mesma coisa.
Não é significativo?...
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