"The Jargon of Authenticity?
In 1964 Theodor Adorno published an attack on Heidegger entitled The Jargon of Authenticity. The complaint embodied in the title is one that Heidegger can appreciate. Jargon is a form of chatter, and Heidegger dislikes chatter, the reiteration of statements severed from the context of thought, feeling, and perception that originally gave rise to them. Are we then to accept Heidegger's own philosophy, to adopt it as our own, and to pass it on to others? Presumably not. That would be chatter and inauthenticity. Are we to follow Heidegger's words only until we have been roused to authenticity and then embark on a philosophical quest of our own? No - that sounds like curiosity, hunger for the new. What we should do is perhaps this: spurred to authenticity by our encounter with Heidegger, we should treat Heidegger as he treated Aristotle, Descartes, or Kant, interpreting and disentangling his work, using it as a basis for new thoughts of our own. ( Heidegger describes his approach to other philosophers in various ways: as interpretation, as Destruktion - a close relative of Derrida's 'deconstruction' - as 'repetition', and, later, as 'conversation'.) "
Inwood, 2000, pág, 57
Uma das coisas que me parece mais cómica no actual estado da questão é a incrível curiosidade que a fenomenologia originou sendo que na maioria dos caso padece do problema da legitimidade.
Há uma coisa que não compreenderam de todo, é que a fenomenologia é um caminho aberto à descoberta do próprio. Os perigos de um poderão ser o caminho de outros. Há que respeitar isso, o que não invalida que alguém exponha aquilo que foi a sua penar fenomenologico desde que saiba que isso não deve ser uma imposição. O problema exposto por Adorno recaía exactamente nessa imposição de um caminho, o que convenhamos não era bem o que Heidegger expôs.
Depois há também o problema que Heidegger aborda com os termos "Rede" e "Gerede", confunde-se falar com conversar. Por exemplo quando apresentamos uma comunicação: uns estão aptos a falar de forma franca, desenvolvendo-se com os demais (ser-com-os-outros) outros estão interessados em conversar (o que vai do perguntar por perguntar, ao ataque idiota e à pergunta venenosa que sempre me faz lembrar aquela expressão facial que o Michael Pallin soube caricaturar tão bem do "agora é que te entalei, tenta lá safar-te desta, sou mesmo bom").
Um dia será possível trabalhar em Rede, mas para isso é necessário ultrapassar questões que pertencem à quotidiana queda do ser-aí. Depende do próprio o saber levantar-se e escolher um outro caminho.
Somos todos comboios a trilhar o seu rumo. Isso não invalida que aprendamos muito uns com os outros, mas para tal é necessário um caminho franco, honesto e aberto que não coabita bem com certas atitudes da vida. Só assim se constroem redes.
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