sexta-feira, 16 de março de 2007

arte rupestre


as rochas estavam todas cobertas de riscos.
era o passado inteiro que ali jazia.
e o sentido voava dos sinais
para a atmosfera que o teu corpo abria.

se eu pudesse partir o verão ao meio,
ordenar ao lago que descesse,
teria aprendido a arte equestre
de repetir hoje as pegadas que fazia.

voj 2007

6 comentários:

Anónimo disse...

Belo poema. A musicalidade que flui das palavras torna o sentido mais incisivo; não se perde em labirintos de pretensas míriades de significados

Vitor Oliveira Jorge disse...

Há muitos modos de fazer poesia...infinitos. Por mim, continuo a experienciar.

Anónimo disse...

Sim há muitos modos de a fazer; melhor se tiver luz e música!!!!

Vitor Oliveira Jorge disse...

Mas que música, se há tantas? E que luz? Não há receitas...

Anónimo disse...

musica, qualquer uma a que te apetece, a musica que chega a ti, a musica que o que está a seu redor te manda, a que te bole.
luz que ves ou que nao pode ver, a luz do escuro e das sombras, a luz da alma.

Anónimo disse...

... "Enfim, acho que logrei a leveza e a superficialidade deliciosa de quem quer apenas se comunicar e, não, jogar o papel intelectual ou apenas de mais velho, vivido e experiente, que às vezes, por engano, lhe atribuem."...

Artur da Távola