arte rupestre
as rochas estavam todas cobertas de riscos.
era o passado inteiro que ali jazia.
e o sentido voava dos sinais
para a atmosfera que o teu corpo abria.
se eu pudesse partir o verão ao meio,
ordenar ao lago que descesse,
teria aprendido a arte equestre
de repetir hoje as pegadas que fazia.
voj 2007
6 comentários:
Belo poema. A musicalidade que flui das palavras torna o sentido mais incisivo; não se perde em labirintos de pretensas míriades de significados
Há muitos modos de fazer poesia...infinitos. Por mim, continuo a experienciar.
Sim há muitos modos de a fazer; melhor se tiver luz e música!!!!
Mas que música, se há tantas? E que luz? Não há receitas...
musica, qualquer uma a que te apetece, a musica que chega a ti, a musica que o que está a seu redor te manda, a que te bole.
luz que ves ou que nao pode ver, a luz do escuro e das sombras, a luz da alma.
... "Enfim, acho que logrei a leveza e a superficialidade deliciosa de quem quer apenas se comunicar e, não, jogar o papel intelectual ou apenas de mais velho, vivido e experiente, que às vezes, por engano, lhe atribuem."...
Artur da Távola
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