O meu problema é:
- o tempo em arqueologia é visto como uma sequência; mas isso aplicado ao sítio que eu estudo é problemático; porquê? existirão alternativas?
- o tempo em arqueologia é visto como uma sequência; mas isso aplicado ao sítio que eu estudo é problemático; porquê? existirão alternativas?
RESPOSTA
A maior parte dos arqueólogos não pensa criticamente sobre estes assuntos. Nós não somos obrigados a nenhuma forma de tratamento rígido dos problemas a um nível de investigação já elevado, que é o do doutoramento.
A questão que refere é problemática em relação a qualquer sítio arqueológico. Basicamente, e de imediato, há para mim - sublinho para mim - duas realidades: uma é o tempo presente, o de hoje, se eu hoje lá for a esse sítio, e a "fenomenologia" dessa visita; a outra remonta aos anos 80 (DC) que é o dia em que lá fui (neste caso) pela primeira vez. Não há uma temporalidade intrínseca (essencial, exclusiva de) ao sítio, há primeiro que tudo a da minha relação com ele - este "minha" refere-se a um plural infinito, porque se aplica a muitas pessoas, tendencialmente. Nomeadamente as que lá trabalharam e/ou trabalham.
Mas então pergunta-se; e o sítio não existia antes de mim? E antes de se ter tornado “arqueológico” graças ao arqueólogo que o identificou, não existiu no passado mais ou menos longínquo, e não é essa narrativa, essa “reconstituição” mais ou menos baseada em factos observados, que faz de mim arqueólogo?
Mas então pergunta-se; e o sítio não existia antes de mim? E antes de se ter tornado “arqueológico” graças ao arqueólogo que o identificou, não existiu no passado mais ou menos longínquo, e não é essa narrativa, essa “reconstituição” mais ou menos baseada em factos observados, que faz de mim arqueólogo?
Claro que há essa terceira e fundamental, mais opaca dimensão do "passado", que temos de construir (não tanto de reconstituir - mas no fundo isto pode parecer, e até certo ponto são, jogos de palavras).
A arqueologia tem pois sobretudo a ver com essa terceira temporalidade. Mas qual o estatuto desta?
Aí é que bate o ponto, porque divergem as várias "escolas" ou perspectivas arqueológicas, cada uma delas ligada a um tempo e contexto específicos de pensamento (são realidades históricas), mas ainda hoje mescladas numa espécie de "pronto a vestir" filosófico espontâneo.
E porquê espontâneo? Porque muitos arqueólogos não têm formação (e muitos deles vocação) filosófica. Estão a este nível como estará uma pessoa com a escolaridade básica, ou pouco mais. Neste campo somos todos autodidactas. Muitos deles crêem num realismo ingénuo, de que exumando coisas, e dando-lhes nomes como apreenderam, estão a resolver (a explicar) alguma realidade, alguma questão. A maior parte das vezes estão só a con-firmar o que já sabiam, quer dizer, numa tautologia infinita inconsciente de si mesma. A arquivar em relatórios, artigos, livros, novas revelações do mesmo, sem verdadeiro salto qualitativo, o qual implica décadas de esforço e porfiado estudo, individual e colectivo - sublinho colectivo -, objectivo para o qual esta sociedade comercial do "pronto a pensar" não está muito virada.
Para mim a temporalidade de um sítio tem a ver com muitas escalas embutidas, mas não necessariamente harmoniosas umas em relação às outras, como bonecas russas. A escala da micro-estrutura (uma lareira, um buraco de poste, uma pequena fossa, para utilizar uma tipologia convencional), e todas as escalas intermédias que vão até ao conjunto do sítio - uma convenção que eu instauro, onde é que ele acaba(ria) - e finalmente ao conjunto do território, território este que seria mais ou menos vasto conforme as relações a distância (fosse de que tipo fosse) que eu consigo "comprovar". Sabemos bem quanto são mais importantes os caminhos, as relações, que os sítios; as redes, do que os nós da rede, porque as pessoas, as comunidades, não estavam fechadas em locais, circulavam, mais ou menos, traçando linhas e circuitos no território, uns visíveis, outros não; mas os sítios são mais fáceis de ver, e nós começamos sempre pelo mais fácil... o que não tem mal.
Múltiplas escalas (grandezas na ordem do espaço), múltiplas temporalidades (grandezas na ordem do tempo). Estas grandezas não precisam de encaixar também harmonicamente, estão em tensão, porque há sempre muita coisa que não cola, que não joga bem, e é por aí que a pesquisa progride, não no que se julga já estar explicado ou resolvido.
A pesquisa é uma viagem avessa ao seu fim: é dinâmica e viva, ou então é mera burocracia e arquivo, o fechar de sucessivos dossiers já "prontos", quer dizer, meras colecções de "dejà vu".
As teses de doutoramento actuais, e ainda mais as que se adivinham no futuro, sendo feitas em tempo curto, não podem nem devem querer abarcar problemas que exijam uma preparação (sobretudo inter e transdisciplinar) desproporcionada em tempo. Então, é estratégico escolher temas e métodos de abordagem que sejam compatíveis com a moldura apertada, mas que não sejam redutores ou simplistas.
Claro que um grande artista até num guardanapo de papel esboça um desenho que pode ir para um museu. Um grande cientista, o mesmo. Mas esses são pontos de chegada - o que se não sofre (e goza) uma vida inteira para atingir esse ponto!
Um doutorando tem de ver que a moldura é limitada, dentro desta economia do conhecimento em que estamos, e tem de ajustar a temática e o seu desenvolvimento a essa dimensão. Cortando à inteligência? Sendo redutor, limitado? Apresentando obra convencional? Um patchwork?
Ninguém o quer... então é preciso uma imaginação "económica" que consiste em ser útil, em aportar coisas, ideias, sugestões novas (não são estátuas gregas, isso não é novo, embora possa ser inédito) dentro da moldura que há. É esse o desafio. O "novo" é esquivo - ou então não é novo, porque normalmente já alguém (ou muita gente) se nos adiantou; e ainda bem!
Ao abordar a temporalidade de um sítio, no sentido de como ele terá sido no "passado", é importante perceber que a sua divisão em "fases" não é, à cabeça, fundamental. É fundamental é a organização progressiva do puzzle que resulta das escavações em diversas escalas de espaço e de tempo, sem querer logo que todas se harmonizem umas com as outras. Essa harmonização não é um trabalho individual nem muito menos o de um doutoramento de 5 anos, 3 anos, ou 10 anos. Este ponto é fundamental. Como em qualquer saber, nomeadamente científico, a arqueologia implica "estaleiros de obra" e "espaços laboratoriais" imensos. Como não tem, anda a fazer buracos aqui e ali, e a enganar-se a si própria, a maior parte das vezes.
Tudo isto é uma questão em aberto para o futuro. O que levanta problemas profundos, que sempre evitamos, de como se regista e arquiva informação a esse nível extenso, exaustivo. Isso está em conflito com uma arqueologia que, apesar de ser feita por pessoas ligadas a instituições, é basicamente centrada na pessoa, à qual a instituição aliás deu pouco, ou nada, para investigar.
Constituem-se, depois de entregues todos os relatórios, arquivos individuais que podem acabar por não servir a ninguém. Nem ao próprio que honestamnente os constituíu, mas que acabou afogado por tanta coisa; nem aos outros que acabarão por não ter acesso a ele, nomeadamente por falta de tempo no curso prazo do actual sistema "de aviário" de produção de licenciados, mestres, doutores, etc., onde é tudo à pressa.
Um sítio arqueológico é uma realidade complexíssima, que devia estar ligada a um espaço de trabalho amplo, permitindo acesso a uma documentação tratada por quem sabe disso. Cada utente iria lá buscar o que lhe importava, e servia-se disso para a sua tese, para a sua pesquisa, como numa biblioteca, arquivo, ou outro recurso do mesmo tipo.
Em vez disso - realidade que sonhei poder ser construída em Portugal, mas foi impossível - não há um verdadeiro serviço de arqueologia em Portugal, que integre as universidades, os candidatos a arqueólogos, ou a investigadores (é neste caso que entram os doutorandos).
Mas como todos os serviços são em geral deficientes, mesmo a nível internacional e em contexto de economia neo-liberal, por que haveria a arqueologia de ter a primazia, ou sequer direito de cidade?...
Primeiro vêm as obras culturais que dão boa imprensa (inaugurações, grandes exposições, e quando é isso já estamos bem, porque são ilhas num oceano de cultura pimba), e os investimentos em ciência e tecnologia que dão dinheiro, que têm aplicações, ou que até são vitais à sobrevivência imediata, e depois vem tudo o resto, incluindo a arte e a literatura, que produzem obras com pouco investimento e até dão notícias, e depois vem a arqueologia, na cauda, a tentar aparecer no espaço público através das "descobertas". Fazendo por vezes triste figura, a disfarçar a sua submissão.
É por isso que se publicam tão poucas obras de arqueologia que sejam exportáveis para outros campos do conhecimento. Ela enche o mundo de curiosidades visitáveis pelo turismo, mas só de longe em longe aporta, por si mesma, ideias que de facto influem no curso das problemáticas.
Mas estas problemáticas também sofrem com isso, sem o saberem: é que ficam confinadas a erros crassos sobre "o passado humano", ou sobre o outro extra-europeu em geral (veja-se a fabulosa, proliferante, mitologia do "primitivo" que existe em filosofia) por não terem acesso a uma arqueologia verdadeiramente inteligente, que é dificílima de fazer, nas actuais condições de produção e de transmissão do saber.
A arqueologia tem pois sobretudo a ver com essa terceira temporalidade. Mas qual o estatuto desta?
Aí é que bate o ponto, porque divergem as várias "escolas" ou perspectivas arqueológicas, cada uma delas ligada a um tempo e contexto específicos de pensamento (são realidades históricas), mas ainda hoje mescladas numa espécie de "pronto a vestir" filosófico espontâneo.
E porquê espontâneo? Porque muitos arqueólogos não têm formação (e muitos deles vocação) filosófica. Estão a este nível como estará uma pessoa com a escolaridade básica, ou pouco mais. Neste campo somos todos autodidactas. Muitos deles crêem num realismo ingénuo, de que exumando coisas, e dando-lhes nomes como apreenderam, estão a resolver (a explicar) alguma realidade, alguma questão. A maior parte das vezes estão só a con-firmar o que já sabiam, quer dizer, numa tautologia infinita inconsciente de si mesma. A arquivar em relatórios, artigos, livros, novas revelações do mesmo, sem verdadeiro salto qualitativo, o qual implica décadas de esforço e porfiado estudo, individual e colectivo - sublinho colectivo -, objectivo para o qual esta sociedade comercial do "pronto a pensar" não está muito virada.
Para mim a temporalidade de um sítio tem a ver com muitas escalas embutidas, mas não necessariamente harmoniosas umas em relação às outras, como bonecas russas. A escala da micro-estrutura (uma lareira, um buraco de poste, uma pequena fossa, para utilizar uma tipologia convencional), e todas as escalas intermédias que vão até ao conjunto do sítio - uma convenção que eu instauro, onde é que ele acaba(ria) - e finalmente ao conjunto do território, território este que seria mais ou menos vasto conforme as relações a distância (fosse de que tipo fosse) que eu consigo "comprovar". Sabemos bem quanto são mais importantes os caminhos, as relações, que os sítios; as redes, do que os nós da rede, porque as pessoas, as comunidades, não estavam fechadas em locais, circulavam, mais ou menos, traçando linhas e circuitos no território, uns visíveis, outros não; mas os sítios são mais fáceis de ver, e nós começamos sempre pelo mais fácil... o que não tem mal.
Múltiplas escalas (grandezas na ordem do espaço), múltiplas temporalidades (grandezas na ordem do tempo). Estas grandezas não precisam de encaixar também harmonicamente, estão em tensão, porque há sempre muita coisa que não cola, que não joga bem, e é por aí que a pesquisa progride, não no que se julga já estar explicado ou resolvido.
A pesquisa é uma viagem avessa ao seu fim: é dinâmica e viva, ou então é mera burocracia e arquivo, o fechar de sucessivos dossiers já "prontos", quer dizer, meras colecções de "dejà vu".
As teses de doutoramento actuais, e ainda mais as que se adivinham no futuro, sendo feitas em tempo curto, não podem nem devem querer abarcar problemas que exijam uma preparação (sobretudo inter e transdisciplinar) desproporcionada em tempo. Então, é estratégico escolher temas e métodos de abordagem que sejam compatíveis com a moldura apertada, mas que não sejam redutores ou simplistas.
Claro que um grande artista até num guardanapo de papel esboça um desenho que pode ir para um museu. Um grande cientista, o mesmo. Mas esses são pontos de chegada - o que se não sofre (e goza) uma vida inteira para atingir esse ponto!
Um doutorando tem de ver que a moldura é limitada, dentro desta economia do conhecimento em que estamos, e tem de ajustar a temática e o seu desenvolvimento a essa dimensão. Cortando à inteligência? Sendo redutor, limitado? Apresentando obra convencional? Um patchwork?
Ninguém o quer... então é preciso uma imaginação "económica" que consiste em ser útil, em aportar coisas, ideias, sugestões novas (não são estátuas gregas, isso não é novo, embora possa ser inédito) dentro da moldura que há. É esse o desafio. O "novo" é esquivo - ou então não é novo, porque normalmente já alguém (ou muita gente) se nos adiantou; e ainda bem!
Ao abordar a temporalidade de um sítio, no sentido de como ele terá sido no "passado", é importante perceber que a sua divisão em "fases" não é, à cabeça, fundamental. É fundamental é a organização progressiva do puzzle que resulta das escavações em diversas escalas de espaço e de tempo, sem querer logo que todas se harmonizem umas com as outras. Essa harmonização não é um trabalho individual nem muito menos o de um doutoramento de 5 anos, 3 anos, ou 10 anos. Este ponto é fundamental. Como em qualquer saber, nomeadamente científico, a arqueologia implica "estaleiros de obra" e "espaços laboratoriais" imensos. Como não tem, anda a fazer buracos aqui e ali, e a enganar-se a si própria, a maior parte das vezes.
Tudo isto é uma questão em aberto para o futuro. O que levanta problemas profundos, que sempre evitamos, de como se regista e arquiva informação a esse nível extenso, exaustivo. Isso está em conflito com uma arqueologia que, apesar de ser feita por pessoas ligadas a instituições, é basicamente centrada na pessoa, à qual a instituição aliás deu pouco, ou nada, para investigar.
Constituem-se, depois de entregues todos os relatórios, arquivos individuais que podem acabar por não servir a ninguém. Nem ao próprio que honestamnente os constituíu, mas que acabou afogado por tanta coisa; nem aos outros que acabarão por não ter acesso a ele, nomeadamente por falta de tempo no curso prazo do actual sistema "de aviário" de produção de licenciados, mestres, doutores, etc., onde é tudo à pressa.
Um sítio arqueológico é uma realidade complexíssima, que devia estar ligada a um espaço de trabalho amplo, permitindo acesso a uma documentação tratada por quem sabe disso. Cada utente iria lá buscar o que lhe importava, e servia-se disso para a sua tese, para a sua pesquisa, como numa biblioteca, arquivo, ou outro recurso do mesmo tipo.
Em vez disso - realidade que sonhei poder ser construída em Portugal, mas foi impossível - não há um verdadeiro serviço de arqueologia em Portugal, que integre as universidades, os candidatos a arqueólogos, ou a investigadores (é neste caso que entram os doutorandos).
Mas como todos os serviços são em geral deficientes, mesmo a nível internacional e em contexto de economia neo-liberal, por que haveria a arqueologia de ter a primazia, ou sequer direito de cidade?...
Primeiro vêm as obras culturais que dão boa imprensa (inaugurações, grandes exposições, e quando é isso já estamos bem, porque são ilhas num oceano de cultura pimba), e os investimentos em ciência e tecnologia que dão dinheiro, que têm aplicações, ou que até são vitais à sobrevivência imediata, e depois vem tudo o resto, incluindo a arte e a literatura, que produzem obras com pouco investimento e até dão notícias, e depois vem a arqueologia, na cauda, a tentar aparecer no espaço público através das "descobertas". Fazendo por vezes triste figura, a disfarçar a sua submissão.
É por isso que se publicam tão poucas obras de arqueologia que sejam exportáveis para outros campos do conhecimento. Ela enche o mundo de curiosidades visitáveis pelo turismo, mas só de longe em longe aporta, por si mesma, ideias que de facto influem no curso das problemáticas.
Mas estas problemáticas também sofrem com isso, sem o saberem: é que ficam confinadas a erros crassos sobre "o passado humano", ou sobre o outro extra-europeu em geral (veja-se a fabulosa, proliferante, mitologia do "primitivo" que existe em filosofia) por não terem acesso a uma arqueologia verdadeiramente inteligente, que é dificílima de fazer, nas actuais condições de produção e de transmissão do saber.
8 comentários:
Um doutorando que sabe colocar a pergunta é capaz de já ter feito algo, porque na maioria dos casos não se sabe sequer o que perguntar, nem os moldes de colocar a pergunta.
Há filósofos que passaram uma vida inteira só para saber como colocar a pergunta do modo correcto.
Temos de perceber que levantar a questão não implica a resolução da mesma em absoluto numa tese (o mito da resposta cabal). Abre-se caminho. Afinal uma tese é exactamente isso: abrir caminho.
Não é coligir dados para arquivo. Aliás porque esses dados só servem sempre ao próprio. Se eu for procurar na sua tese vejo sobretudo ideias e não dados.
É que em arqueologia há um mito sobre a transmissão da informação. Pensa-se que com uma base de dados se exporta tudo. Não se exporta nada. Ela parte de critérios pessoais que estão de acordo com aquele estudo, mas que não estão de acordo com outros. Há que perceber o que é isso do registo. Há que finalmente ultrapassar precisamente o mito da tonelagem para arquivo (teses de toneladas de dados e de gramas de ideias).
Basicamente estou de acordo.
Eu teria varias questoes a colocar sobre a resposta do professor, começo por:
Porque o arqueólogo é que determina o sítio arqueológico? nao seria melhor dito e visto que um sítio como espaço físico existente pudesse ser reconhecido como arqueológico por suas proprias caracteristicas arqueológicas?
E de acordo com o senhor Gonçalo, digo: grande das teses nao respondem a pergunta alguma porque nao possuem respostas. Nao passam, portanto, de dissertaçoes. Creio que os academicos deviam fazer campanha pela busca das hipóteses, para que possam existir teses, ou antiteses.
Corrigindo:
E de acordo com o senhor Gonçalo, digo: grande maioria das teses que ocupam as prateleiras das bibliotecas, nao respondem a pergunta alguma porque nao possuem perguntas. Nao passam, portanto, de dissertaçoes. Creio que os academicos, os orientadores, os diretores de teses, deviam fazer campanha pela busca das hipóteses, para que possam existir teses, ou antíteses.
A LUIZA DISSE:
Porque o arqueólogo é que determina o sítio arqueológico? nao seria melhor dito e visto que um sítio como espaço físico existente pudesse ser reconhecido como arqueológico por suas proprias caracteristicas arqueológicas?
Resposta: a arqueologia, como qualquer outro campo do saber, não tem um objecto rígido, fixado de uma vez por todas. Como Julian Thomas demonstrou (ARCHAEOLOGY AND MODERNITY, Londres, Routledge, 2004)o objecto da arqueologia tem estado sempre a mudar e é um produto histórico como qualquer outro... deveríamos abandonar as nostalgias positivistas, realistas, ingénuas...mas muito espalhadas!
Como dizer algo diante de tanta sabedoria?
Passo e agradeço
Como dizer algo diante de tanta sabedoria?
Passo e agradeço
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