terça-feira, 20 de março de 2007



John William Waterhouse (1903) Echo and Narcissus
Fonte: Wikipedia


Ver vídeo de Derrida mais abaixo sobre a questão da cegueira.

Como podem duas pessoas cegas amarem-se?

2 comentários:

Emanuela Duarte disse...

Por vezes quando nos olhamos ao espelho pensamos "aquela pessoa não sou eu!", uns dias achamos que parecemos bem e no dia seguinte já pensamos o contrário. Quero dizer com isto que nem sempre a nossa imagem ou a de outra pessoa para nós é a mesma. Podemos ver alguém dos mais diversos ângulos, nas mais diversas disposições que esse alguém será sempre diferente mas com as linhas gerais a que nos habituamos. O facto de ver uma face ou um corpo repetidamente faz com que a pessoa deixe de prestar atenção ao detalhe e o visual acaba por ser transportado talvez para um plano secundário. Passamos a ouvir, a sentir, a interiorizar o conjunto alma/imagem como um só.
Se pensarmos nas pessoas cegas apercebemo-nos da dimensão que o conceito de imagem atingiu na nossa sociedade. Esses individuos têm a única limitação de não poder ver, será que isso os torna diferentes de nós que podemos ver? não! eles sentem, pensam, ouvem...
a única diferença é a "visão" destes do mundo que os rodeia. E aqui é que para mim começa a grande confusão... imaginar como será que eles me imaginam uma vez que não têm a mesma noção de imagem que eu. Como será que se apaixonam? da mesma forma que nós, mas conscientes de aspectos que talvez no nosso consciente passem despercebidos devido ao nosso meio socio-cultural inundado de estereotipos.

Anónimo disse...

Que dizer após estas linhas?
Basta-me sugerir a Web Gallery of Art em http://www.wga.hu/