segunda-feira, 26 de março de 2007

Iniciação à Arqueologia




Módulo de Iniciação à Arqueologia de Campo em Constância e Tomar

Parte da Licenciatura em Técnicas de Arqueologia

1. PROGRAMA

Noções introdutórias – A Arqueologia como Ciência: 1. Objecto e objectivos da arqueologia de campo; 2. Reconhecimento e identificação de um arqueosítio no seu contexto geomorfológico; 3. Localização e leitura topográfica; 4. Importância dos registos em campo.

Sessão Teórico-Prática - A Articulação entre a Teoria e a Prática: 1. Selecção de material e equipamento usualmente necessário ao trabalho de campo; 2. Procedimentos de registo de campo; 3. Sistema de posicionamento geográfico; 4. Levantamento topográfico; 5. Estabelecimento de grelha quadriculada; 6. Escavação: decapagem, crivagem, coordenação de achados, fotografia, desenho).


* No final do dia de trabalho reservar-se-á cerca de uma hora para que cada aluno estabeleça o Sumário e as Conclusões relativas às tarefas que desenvolveu.


Bibliografia de apoio:
BAHN (Paul) ed., 1999, Archaeology, Cambridge University Press, Cambridge.
BAHN (Paul), 2000, Archaeology – a very short Introduction, Oxford University Press, New York.
BARKER (Philip), 1982,Techniques of Archaeological Excavation, Batsford, Londres.
BURILLO (Francisco) editor, 1998, Arqueología del Paisajem – Arqueologia Espacial, comunicaciones presentadas al 5º Coloquio Internacional de Arqueología Espacial, vol.19-20, Teruel.
DILLON (Brian D. ) editor, 1989, Pratical Archaeology – Field and Laboratory Techniques and Archaeological Logistics, Institute of Archaeology, Archaeological Research tools 2, University of California, Los Angeles.
FERDIÈRE (Alain), 1998, La prospection, colecção ‘Archéologiques’, edições Errance, Paris.
Instituto Geográfico do Exército, 2002, Manual de Leitura de Cartas, 5ª. Edição, Lisboa.
RENFREW (Colin) e Paul Bahn, 2004, Archaeology: Theories, Methods and Pratice, Thames & Hudson, Londres.
SULIVAN (Alan P.) editor, 1998, Surface Archaeology, University of new Mexico Press, New Mexico.

Mário Soares


Fonte de texto e foto: http://pt.wikipedia.org/
wiki/M%C3%A1rio_Soares

Mário Soares
ex -Presidente da República Portuguesa
Ordem 16º Presidente
(4º da III República)
Período 9 de Março de 1986 – 9 de Março de 1996
Predecessor Ramalho Eanes
Sucessor Jorge Sampaio
Nascimento 17 de Dezembro de 1924
Lisboa, Portugal
Primeira-dama Maria Barroso
Profissão Advogado
Partido político Partido Socialista

Mário Alberto Nobre Lopes Soares GCC, GColIH, (Lisboa; 7 de Dezembro de 1924 - ) é um político português. Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1951, e em Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1957.

Filho do pedagogo e político da Primeira República João Lopes Soares, foi o fundador do Partido Socialista de Portugal em 19 de Abril de 1973.

A 28 de Abril de 1974, depois da Revolução de 25 de Abril, desembarcou em Lisboa, vindo do exílio em Paris no chamado "Comboio da Liberdade". Foi recebido, entre uma multidão de portugueses. Dois dias depois, esteve presente na chegada a Lisboa de Álvaro Cunhal. Ainda que tivessem ideias políticas diferentes, subiram de braços dados, pela primeira e última vez, as ruas da Baixa Pombalina e a Avenida da Liberdade.

Durante o período revolucionário que ficou conhecido como PREC (Processo Revolucionário em Curso) foi o principal líder civil do campo democrático, tendo conduzido o Partido Socialista à vitória nas eleições para a Assembleia Constituinte de 1975.

Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros de Maio de 1974 a Março de 1975.

Mário Soares foi um dos impulsionadores da independência das colónias portuguesas.

Em Março de 1977 iniciou o processo de adesão de Portugal à CEE e subscreveu, como Primeiro-Ministro, o Tratado de Adesão, em 12 de Julho de 1985.

Primeiro Ministro de Portugal nos seguintes períodos:

* I Governo Constitucional entre 1976 e 1977;
* II Governo Constitucional em 1978;
* IX Governo Constitucional entre 1983 e 1985.


Presidente da República entre 1986 e 1996 (1º mandato de 10 de Março de 1986 a 1991, 2º mandato de 13 de Janeiro de 1991 a 9 de Março de 1996).

* Deputado ao Parlamento Europeu entre 1999 e 2004. Foi candidato a presidente do parlamento, mas perdeu a eleição para Nicole Fontaine (...).

* Fundador da Fundação Mário Soares - 1991.


Em 13 Dezembro de 1995 assume a Presidência da Comissão Mundial Independente Sobre os Oceanos; em Março de 1997 a Presidência da Fundação Portugal África e a Presidência do Movimento Europeu; em Setembro a Presidência do Comité Promotor do Contrato Mundial da Água. Como ex-presidente da república, é também Conselheiro de Estado.

Foi, em 2005, aos 80 anos, o segundo candidato - após Jerónimo de Sousa pelo PCP - a assumir a candidatura à Presidência da República (o que seria um inédito 3º mandato) após algumas crispações no PS, principalmente com o seu amigo de longa data Manuel Alegre. Na eleição, a 22 de Fevereiro de 2006, obteve apenas o terceiro lugar, com 14% dos votos.

Bibliografia

* As Ideias Políticas e Sociais de Teófilo Braga, com prefácio de Vitorino Magalhães Godinho, Centro Bibliográfico, Lisboa, 1950.
* A justificação jurídica da Revolução e a teoria da origem popular do poder político, Jornal do Foro, Lisboa, 1954.
* Escritos Políticos, 4 edições do Autor, Lisboa, 1969.
* Destruir o sistema, construir uma nova vida – relatório do Secretário Geral do PS aprovado no Congresso de Maio de 1973, Roma, 1973.
* Portugal Amordaçado, Lisboa, 1974; tradução francesa condensada (Le Portugal bailloné) publicada em Paris pela Calman-Levy em 1972; e depois traduzida em inglês com o título Portugal’s struggle for Liberty, em 1973; em alemão, 1973; em espanhol, com um prólogo de Raul Morodo, em 1974; na Venezuela em 1973; em grego, em 1974; e em chinês, em 1993.
* Caminho Difícil: do salazarismo ao caetanismo, Rio de Janeiro, 1973
* Escritos do Exílio, Livraria Bertrand, Lisboa, 1975
* Democratização e Descolonização, publicações D. Quixote, Lisboa, 1975
* Portugal: quelle révolution? Entretiens avec Dominique Pouchin, Calman-Lévy, Paris, 1976; traduzido em português em 1976 ; em alemão, 1976; em italiano, 1976 e em espanhol, Caracas, 1976.
* PS, fronteira da Liberdade – do Gonçalvismo às eleições intercalares, prefácio e selecção de Alfredo Barroso, Lisboa, 1974
* A árvore e a floresta , Lisboa, 1985
* Intervenções, dez volumes: textos do Presidente da República, Março de 1986 a Março de 1996, Lisboa, Imprensa Nacional.
* Mário Soares e Fernando Henrique Cardoso: o mundo em português - um diálogo, publicado em Lisboa e em São Paulo em 1998 e traduzido em espanhol, México, e em romeno, 2000.
* Português e Europeu , Círculo de Leitores, Temas e Debates, Lisboa 2000
* Porto Alegre e Nova Iorque: um mundo dividido?, Lisboa, 2002
* Mémoire Vivante - Mário Soares - Entretien, Flammarion, 2002
* Mário Soares - Memória Viva, com prefácio e anexos inéditos exclusivos para a edição portuguesa, Edições Quasi, Janeiro 2003
* Incursões Literárias, Temas e Debates, 2003
* Um Mundo Inquietante, Temas e Debates, 2003
* Um Mundo Inquietante, Círculo de Leitores, 2003
* Mário Soares e Sérgio Sousa Pinto - Diálogo de Gerações , Temas e Debates, 2004
* Poemas da Minha Vida, Público, 2004
* A Crise. E agora?, Temas e Debates, 2005


Colaboração:

* Victor Cunha Rego e Friedhelm Merz, Liberdade para Portugal Com a colaboração de Mário Soares, Willy Brandt e Bruno Kreisky, Livraria Bertrand, 1976. Edição original alemã: Freiheit für den Sieger, Zurique, 1976
* Soares: Portugal e a Liberdade, depoimentos diversos, Morais Editores, 1984
* Hans Janitschek, Mário Soares, with a foreword by Edward Kennedy – Weidenfeld and Nicolson, London, 1985
* Teresa de Sousa, Mário Soares, Nova Cultural, 1988
* Maria Fernanda Rollo e J. M. Brandão de Brito, Mário Soares - uma fotobiografia, Bertrand Editora, 1995
* Maria João Avilez, Soares, 3 volumes: I: Ditadura e Revolução; II: Democracia; III: O Presidente, Círculo de Leitores, 1996
* Entrevistas com Mário Bettencourt Resendes: I-Moderador e Árbitro, 1995, II-Dois anos depois, 1998, III-A Incerteza dos Tempos, 2003, Editorial Notícias.

Conhecem esta revista?

http://www.mcdonald.cam.ac.uk/iarc/culturewithoutcontext/contents.htm

CULTURE WITHOUT CONTEXT

Newsletter of the Illicit Antiquities Research Centre
* Published twice a year since 1997
* Opinions, articles and news

domingo, 25 de março de 2007

Philip Glass - Metamorphosis - 1



Source: http://www.youtube.com/watch?v=il4VDf-ugPI

The Maiden



Klimt, The Maiden
Fonte:Expo-Klimt

bricolage

tenho passado a vida numa incessante tentativa de juntar pedaços, de unir vestígios, de te procurar. encontrei-te apenas em porções, em elementos decorativos de textos; e os textos, esses, vi-os apenas em salas vazias, onde pendiam fragmentos de luz, visando achar objectos, coisas identificáveis, reconstituir corpos, encontrar soluções, numa perfeita sobreposição entre suor e sentido, numa languidez de ímans.
que terrível seria o cansaço, se o volume pesado, vermelho, dos cortinados, nunca cessasse de balouçar, como os compassos das cabeças das santas nas procissões: mas a verdade é que isso acontece por toda a parte, esse derrame de energia, a irrequietude dos signos, que ultrapassam a luxúria dos corpos, apanhados na cintura por diabos risonhos.
que dança louca a dos manequins: e, no entanto, não pára nunca, como a respiração ou a vontade sedutora, bate, bate, bate contra as paredes já picadas pelas contínuas bicadas do tempo.
mas para mim o pior foi quando um dia, encostado a uma sombra do texto, tive junto a um canto uma tontura tremenda, julgando perceber. senti pela primeira vez que eu próprio era uma garagem vazia cheia de grafitti, de buracos nas paredes, e que os teus fragmentos passavam de vez em quando nesses óculos, dançando com os meus, num ballet de marionetas. claro que efabulo, reduzo o que foi em mim germinando, para de súbito, como num palco, estrebuchar, porque sem acção dramática nada acontece.
vesti-me então a rigor, e fiz como todas as pessoas que vivem essencialmente para viver as suas vidas: de um manequim partido e de um pedaço de veludo compus uma peça segundo regras aprendidas e apuradas, com alguma musicalidade, obra que desceu as escadas e beneficiou do aplauso de toda a gente.
qual gente? não vi bem, só reparei que por detrás das luzes o aparelho de gravação continuava a emitir aplausos, aplausos que enchiam todo o universo envolvente, num horror decorativo ao vazio. pelo menos era o que se oferecia ao olhar, do ponto de vista em que os meus sapatos se encontravam.
digo bem, os meus sapatos, a visão mais panorâmica que tenho de mim próprio, e me enobrece. uns sapatos definem uma pessoa, são finalmente um sinal de unidade, pelo menos enquanto a graxa bem puxada lhes mantém o brilho.
com eles caminho tapando pedaços do chão, roçando a cara nos teus fragmentos, abrindo espaço, cortando a direito ou produzindo outras linhas, que é o que importa, porque o pior seria mesmo um desenho saber por que é tal como é. a arte não se explica, existe, flui, faz bocados de coisas, que até dançam.
de facto não há síntese, nem tempo de verbo, para aquilo em que consiste a nossa experiência: mas tal como os pés e as mãos que se buscam, as malditas palavras não são capazes de se auto-eliminar. e há quem se dedique a formar com elas obras catedralícias, parecendo querer encontrar o aro que fecha a cúpula, que provoca a síntese, que tem a luminosidade da afirmação. claro que a maior parte das vezes se dão desastres, quedas, e é preciso limpar o pavimento para continuarem a produzir-se eventos, acontecimentos, devires, como as próprias tentativas que espectacularmente falharam.
assim, por exemplo, eu e tu ficamos por vezes num espaço de praia antiga, de costas, reduzidos a essa imagem a que o quadro nos fixou, no seu desejo de intemporalidade, vendo-nos a nós mesmos a partir num grande veleiro, rumo aos céus encastelados de nuvens, enquanto a moldura ainda segura o estalar seco das tintas, ornada de regras de gramática.
e por momentos, numa espécie de intersecção que deve ser casual, os quatro olhares cruzam-se, quer os que vão pendidos na amurada, quer os que ficam em terra, multiplicando-se uns e outros aos pares, por cada fracção de tempo que passa. diz-se então que estão em sistema, porque dançam uns com os outros, permitem uma teoria. e as penas de pato escrevem as regras em papéis sedentos de tinta.
felizmente os temporais, os ventos, voltam a dispersar e a espalhar tudo de novo, e os respigadores regressam porfiantemente às areias, como corcundas, a apanhar para pequenos baldes, ou voam pelos ares como gaivotas, de bico pronto para não deixar escapar nada. recolectores, predadores, há uma série de palavras a bailar, por aqui e por ali, conjugando eus, tus, e seus reflexos infinitos em novas modulações.
é preciso reconstituir o corpo, recuperar a imagem, juntar os pés que estão no fundo do texto às mãos que já ficaram lá para cima.


voj 2007

sábado, 24 de março de 2007

Congres los Textos del Cuerpo


Vejam a riqueza deste Congresso que se vai realizar na próxima semana na Universidade Autónoma de Barcelona (Congres los Textos del Cuerpo)
Contacto: cg.lostextosdelcuerpo@uab.cat



LUNES 26 de marzo
_____________________________________________________

Lunes, 10.00-11.30 Recepción y entrega de documentación

Lunes 11.30 Inauguración

Lunes 12.00 Conferencia inaugural: Pere Salabert (Universitat de Barcelona) Cuerpos-texto y cuerpos-textura, en el arte y fuera de él.

Lunes 13.30 Vino español y presentación de la exposición fotográfica de Herman Puig.

Lunes 15.30-17.00 Mesa redonda: Patricia Soley Beltran (coord): Beauty and the feminist beast. New perspectives on women’s bodies and the aesthetic. Participan: Claire Colebrook (Edinburgh University) y Ruth Holliday (Centre for Interdisciplinary Gender Studies, University of Leeds.)

Lunes, 17.30-19.00 Comunicaciones
1) Cuerpo y danza
1. Maria Antònia Bibiloni Dàvila (UAB): Anàlisi del llenguatge de la dansa contemporània: el cos com a expressió transgressora de les fronteres normatives de representació
2. Carmen Giménez Morte (Conservatorio Superior de Danza de Valencia): Formas de representación del cuerpo en la danza
3. Begoña Olabarria Smith (Universidad de Valencia): Isadora Duncan y Janet Jackson. Dos escándalos similares.
4. Lourdes Orozco (The Workshop Theatre, University of Leeds): The Inner Body: Reflections on Contemporary Dance Theatre Practice

Lunes, 17.30-19.00
2) Cuerpo y discurso cinematográfico
5. Cesc Esteve i Mestre (UAB): Identitats en trànsit (per Mulholland Drive). El cos i la construcció del personatge al cinema de David Lynch
6. Mar Garcia (UAB): De asignificancias coherentes: cuerpos Godard.
7. Daniel Pitarch Fernández (UPF) : “Nous sommes tous érudits et professionnels, esthètes neurasthéniques” : Jean Epstein i la sala de cinema com a pròtesi perceptiva
8. Rosa María Palencia Villa (UAB): Recuperar el propio cuerpo: discursos fílmicos de resistencia

Lunes, 17.30-19.00
3)Cuerpos, distopías y discurso fantástico
9. Teresa López Pellisa (Universidad Carlos III), La metamorfosis tecno-hermética en Bioy Casares y Philip K. Dick
10. Noemí Novell (UAB): El cuerpo como herramienta de represión sexual y control social en algunos filmes de ciencia ficción
11. Carol París Moreno (UAB): El cuerpo del detrito: Kathy Acker o la carne en el territorio del plagio
12. Felipe Ríos Baeza (UAB): Cuerpos autómatas: Una lectura crítica del cine de zombies

Lunes, 17.30-19.00
4) Body and materiality
13. Valentina Castagna (University of Palermo): Fragmented bodies – Feminist Rewriting – Sexuality
14. Maria Angélica Deângeli (UNESP – São Paulo State University): Body and writing: language narration in Jacques Derrida and Abdelkebir Khatibi
15. Félix Ernesto Chávez (UAB): “’He was my host- he was my guest'... Sobre la representación del cuerpo en la poesía de Emily Dickinson"


MARTES 27 de marzo
_____________________________________________________

Martes 9.00 –10.15. Comunicaciones
5) La (re)presentación del cuerpo lesbiano en la literatura femenina española contemporánea (I)
16. Jacky Collins (Northumbria University), Transgressive Bodies in contemporary Spanish lesbian narrative
17. Nancy Vosburg (Stetson University) Los ritmos eróticos del cuerpo literario lésbico: Riera, Tusquets, Moix, y Company
18. Inma Pertusa (Western Kentucky University) Dame placer, de Flavia Company y la madurez de lo erótico de la pasión (textual) lesbiana.

Martes 9.00 –10.15
6) Bodily spaces: city, nation, landscapes (I)
19. María Cristina Pividori Gurgo (UAB): Heroic or Crippled? The Male Body in two War Memoirs: Towards a Reconstruction of Masculinity and British National Identity
20. Michael Skey (London School of Economics & Political Science): "Not too much sex please, we are still British you know": The body as a
site for representing and performing national identity
21. Kuo Wei Lan (University of Sussex, UK): Godzilla: the Big Japanese Monster, the Monstrous Body and National Identity

Martes 9.00 –10.15
7) El cuerpo en la cultura finisecular (I)
22. Marta Blanco Carpintero (Universidad Complutense de Madrid): He de tener marido: honra, belleza y cuerpo en La Regenta
23. Isabel Clúa (UAB): La hija de la decadencia: artificio y enfermedad en La Quimera, de Emilia Pardo Bazán.
24. Pau Pitarch: El cuerpo enfermo en José María Llanas de
Aguilaniedo
25. Víctor Sevillano Canicio (University of Windsor, Ontario, Canadá): El cuerpo vulnerado: tortura y malos tratos en la literatura social española del siglo XX hasta la Guerra civil

Martes 9.00 –10.15
8) Cuerpo y teatro (I)
26. Fabio Contu (Universidad de Génova): Barrigas que cuentan: The Good Body de Eve Ensler
27. Clara Escoda (UB): Short Circuits of Desire: Language and Power in Martin Crimp’s Attempts on her Life (1997).
28. Juan Carlos Hidalgo Ciudad (Universidad de Sevilla): Every-Body is a Battleground: Mark Ravenhill’s Mother Clap’s Molly House and Queer Politics


Martes 10.45 –12.00. Comunicaciones

9) La (re)presentación del cuerpo lesbiano en la literatura femenina española contemporánea (II)
29. Noemí Acedo Alonso (UAB): Melalcos: Nuevas maneras de sentir mundos
30. María Jesús Fariña Busto (Universidade de Vigo): Caperucita y el cuerpo feroz: interrogando el bosque hay menos lobos
31. María Trouillhet Manso (University of Illinois-Chicago): Cuerpos de un deseo continúo: lesbianismo materno en Chérrie Moraga, Esther Tusquets y Cristina Peri Rossi

Martes 10.45 –12.00
10) Espacios corporales: ciudad, nación, paisaje (I)
32. Mireia Calafell (UAB), Itinerancies del cos a la ciutat de Barcelona.
33. Gema D. Palazón Sáez (Universitat de València y Universidad Centroamericana de Managua, Nicaragua): El cuerpo femenino como metáfora de la nación: el caso de Nicaragua
34. Roxana Rodríguez (UAB /Universidad Autónoma de la Ciudad de México) Literatura de la frontera norte de México y sur de Estados Unidos: cuerpo como espacio de escritura y cuerpo como tema literario.

Martes 10.15- 10.45 Descanso

Martes 10.45 –12.00
11) El cuerpo en la cultura finisecular (II)
35. Louise Ciallella (Northern Illinois University): De carne y hueso: / Constructing Spanish Women in Forgotten Bodies of Work from the 1890s
36. Enrique Encabo Fernández (Universidad de Murcia): Cocó, Margot, Frou-Frou,… ingenuas y lascivas en el París de la Belle-èpoque
37. Mercedes Pasalodos Salgado (Madrid): La silueta y el cuerpo femenino en el cambio de siglo.

Martes 10.45 –12.00
12)Cuerpo y teatro (II)
38. Nela Bureu Ramos (Universitat de Lleida): For the apparel oft proclaims... the body as text: Prologues and Epilogues in Shakespeare’s Plays
39. Marilena de Chiara (UPF), El cuerpo en la dramaturgia de Luigi Pirandello: símbolo e imagen de la identidad enmascarada
40. Ricardo Navarrete Franco (Universidad de Sevilla): The Aging Body in Beckett’s Krapp’s Last Tape

Martes 12.00 Conferencia plenaria: Dr. Cristóbal Pera, El cuerpo desde la mirada médica

Martes 15.30-17.00 Mesa redonda: Helena González, Joana Sabadell Nieto, Marta Segarra (Centre Dona i Literatura), Contra la violencia: ESCRI-VIDA

Martes 17.15- 19.00 Comunicaciones:
13)Monstruosidades, brujerías y otros pelos cyborgs. Cuerpos desviados, cuerpos políticos.
41. Sabine Dael y Muriel González (Universidad de Colonia) Historia y simbolismo de los pelos
42. Barbara Biglia (Universidad Oberta de Catalunya) Cuerpos tecnológicamente rebeldes
43. Jordi Bonet i Martí (IGOP Universitat Autònoma de Barcelona) Black Mammies. La transformación de los cuerpos de las cuidadoras negras pobres
44. Teresa Cabruja (UdG) Performant/tatuant/desmaquillant la “diferència racional”
45. Grupo de autodefensa feminista (Barcelona) Mujeres lesbianas y otros monstruos

Martes 17.15- 19.00
14) Bodily spaces: city, nation, landscapes (II)
46. Melissa Autumn White (York University): Spectral, Spectacular, & Securitized Bodies
47. Daniela Corona (University of Palermo): The Foreign Female Body as a Symbolic Resource in Marina Warner’s Narrative
48. Carme Font (UAB): City of Flesh, Body of Mortar: The body as city in Peter Ackroyd’s London: the Biography
49. Francesca Maioli (Università degli Studi di Milano): “Using her body as a marker”: Female bodies and cultural inscriptions

Martes 17.15- 19.00
15) Bodies in transition: transgenderism and transexuality
50. Elbie van den Berg (University of South Africa) Transgendered bodies and gay sexuality: deconstructing gender essentialism
51. Mercè Cuenca (UB): “Not a Woman, Quite”: Anne Sexton’s Poetic Articulation of Transgenderism
52. Bozhena M. Czarnecka-Anastassiades (Cyprus College, Nicosia): In forma duplex: Mythographic (mis)fortunes of Tiresias and Hermaphroditus
53. José Ismael Gutiérrez (Universidad de Las Palmas de Gran Canaria): Ropas de varón en cuerpos de mujer: realidad y ficción del travestismo femenino
54. Dan Irving (York University): Trans/Formations, Incorporated: Exploring the Impact of Neo-liberal Productive Relations on Transsexual Subjectivities

Martes 17.15- 19.00
16)Body and Art (I)
55. Rosa Garrido (Trent University, Peterborough Ontario, Canada) Escribir el cuerpo o corporizar el texto: Afterimage de Helen Humphrey y Nine Tragedies, de Heather Goodchild
56. Jessica Joy Cameron (York University, Canada): Public Rituals: Rendering the Decadent Body Intelligible
57. Patricia Levin (Independent Curator, USA) and Nicole Jolicoeur (Université du Québec a Montréal, Canada) Body/Image/Voice
58. Esther Raventós-Pons, (Glendon College, York University) Cuestiones del placer: cuerpo, erotismo y sexualidad en "From the erotic notebook" de Shelagh Keeley


MIÉRCOLES 28 de marzo
_____________________________________________________

Miércoles 9.00 –10.15: Comunicaciones

17)El cuerpo en la cultura hispanonoamericana (I)
59. Nuria Calafell (UAB) La peligrosidad de la sangre: “No escribiré hasta que mi sangre no estalle”, de Alejandra Pizarnik
60. Judith Moris Campos (UAB): Retórica de la corporalidad en el epistolario de Juana Borrero
61. Helena Usandizaga (UAB), El cuerpo como percepción y conocimiento en Noche Oscura del Cuerpo, de Jorge Eduardo Eielson.

Miércoles 9.00 –10.15
18)Cuerpo y etnicidad (I)
62. Johanna Moreno Caplliure (Universitat de València): Leyendo huellas. Lenguaje y diferencia en el cuerpo de la mujer negra
63. Ana Bringas López (Universidade de Vigo): Otros cuerpos: la mujer negra en el imaginario occidental
64. Gregory Stallings (Brigham Young University): Jazz y cuerpo en Jazz y Alaska en la misma frase.

Miércoles 9.00 –10.15
33)El cuerpo en la cultura renacentista y barroca
65. Iveta Nakládalová (UAB) El cuerpo monstruoso en el Renacimiento: entre las misceláneas, los libros de prodigios y la emblemática
66. Isabel Rubín Vázquez de Parga (Universidad de Sevilla): El cuerpo como texto, el cuerpo como tema. El caso de Veronica Franco
67. Sandra Liz Valdés Pérez (CLL Centre de Langues de Louvain-La-Neuve, Belgique), Francisco Romero Zafra: Cuerpo e imagen en el neobarroco andaluz

Miércoles 9.00 –10.15
20) Cuerpo e identidad
68. Jorgelina Corbatta (Wayne State University): Presencia del cuerpo y sus significados en la obra de Susan Sontag
69. María Carmela Malaver Narváez (UAB): El atuendo como artificio histórico. Teresa de la Parra: El vestido como expresión de una cultura, una época, una mujer.
70. Miriam Palma Ceballos (Universidad de Sevilla): “Porque la palabra hablada se hace carne…”. Corporeidad y escritura en los textos de Yoko Tawada

Miércoles 10.15-10.45 Descanso

Miércoles 10.45 –12.00. Comunicaciones
21) El cuerpo en la cultura hispanoamericana (II)
71. Diego Falconi (UAB): Cuerpos masculinos subversivos: un análisis de la monstruosidad a través de tres cuentos de Pablo Palacio
72. Santiago Fouz Hernández (Durham University): Second skin: the gay male body in recent Spanish cinema
73. Meri Torras (UAB): Corte, confección y carne. Cuerpo y vestido en los relatos de Silvina Ocampo

Miércoles 10.45 –12.00
22)Body and etnicity (I)
74. Deirdre C. Byrne (University of South Africa): Sex, Secrecy and Liberatuon: Texts from South Africa and New Zealand.
75. Núria Casado Gual (University of Lleida): Masking the Racialized Body, Making Up the Self: The Semiotics of Hairstyle, Make-up and Mask in Edgar Nkosi White’s Theatre.
76. Nazir Ahmed Can (UAB): La inscripción del cuerpo en la reinvención de un origen insular en la Literatura Mozambiqueña: Os Materiais do Amor Seguido de O Desafio à Tristeza, de Eduardo White.

Miércoles 10.45-12.00
23)El cuerpo en la obra de Clarice Lispector
77. Anna Brasó i Rius (UAB): Subjectes de/per la in/materialitat. Del cos que s’escriu a l’escriptura d’un cos col·lectiu
78. Aina Pérez Fontdevila (UAB) ¿Sujeto femenino autobiográfico? Identidad, diferencia sexual y escritura en A descoberta do mundo, de Clarice Lispector
79. Fernanda Sampaio Carneiro (UAB): El via crucis del cuerpo, “La pasión según G.H.”, de Clarice Lispector

Miércoles 10.45 –12.00
24) Teorías del cuerpo (I)
80. Andréia Moroni (UAB) i Marielle Kellermann Barbosa (Universidade de São Paulo, Brasil): Tatuajes: aspectos simbólicos y sus narraciones
81. Vítor Manuel de Oliveira Jorge (Universidade do Porto), A perplexidade face a face: ambiguidade radical da imagem como rostro sedutor.
82. Antonio Penedo (UAB): Religión fílmica: del cuerpo gnóstico al cuerpo digital en el cine futurista

Miércoles 12.00: Conferencia plenaria: Barbara Zecchi (University of Massachussets) El cuerpo del otro: relaciones interraciales en el cine.

Miércoles 15.30-17.00. Mesa redonda. Sara Martín (UAB), coord., El cos i la tecnologia de destrucció massiva: Holocaust, mort i supervivència participan Gonzalo Pontón (UAB), Neus Rotger (UAB) y Anna Rosell (UAB)

Miércoles 17.15- 19.00 Comunicaciones
25)El cuerpo en la cultura hispanoamericana (III)
83. Isabelle Lopez Garcia (Université La Sorbonne, Paris): El cuerpo « sextual » errante como lugar de resistencia en Loco afán. Crónicas de sidario del escritor chileno Pedro Lemebel
84. Ángeles Mateo del Pino (Universidad de Las Palmas de Gran Canaria): Una artesanía necrófila. Cuerpo, nación y enfermedad en Loco afán. Crónicas de sidario de Pedro Lemebel
85. Gilberto D. Vásquez R. (Universidad de Murcia): Cuerpos a la deriva: del andrógino al cuerpo prostibulario masculino. (Dos novelas en el ámbito hispanoamericano: Ave roc (1994) y Julián el diablo en pelo (2003) de Roberto Echavarren)
86. Beatriz Zaplana Bebia (Universidad de Murcia): La Manuela: trasvestismo y prostíbulo en El lugar sin límites de José Donoso.

Miércoles 17.15- 19.00
26)Body and Mass-Media (I)
87. Klaus Heissenberger (University of Vienna, Austria): Affected bodies, embodied affect: Looking at violence in contemporary popular culture
88. Marc Lafrance (Concordia University, Canada), Imagining Intersexed Embodiment: Surgery, Sexuality and Normativity on Nip/Tuck
89. Iain Sutherland (University of Melbourne): Inhabited Networks: the mobile phone body

Miércoles 17.15- 19.00
27)Cuerpo y arte (I)
90. Cristina Bartolomé Martínez (UAB): El cuerpo cyborg en la interactividad
91. Juan Agustín Mancebo Roca (Universidad de Castilla-La Mancha): El cuerpo ritualizado
92. Alejandra Moreno Álvarez (Universitat de les Illes Balears): Patchwork Girl: Hipertexto y Cirugía
93. Laura Pelayo González (Universidad Autónoma de Madrid): El cyborg en Marina Núñez: más allá del cuerpo femenino

Miércoles 17.15- 19.00
28) Body, Science and Medical Practices (I)
94. Emma Domínguez i Rué (University of Lleida): Waisted Women: Eating Disorders and Images of Femininity in the Mediaeval and Victorian period
95. Antje Kampf (Johannes Gutenberg-University Mainz, Germany): De-(recon)structing the male body: genital cancer and medical culture
96. Nicoletta Vallorani (University of Milan): Fade in Blue. Derek Jarman, the disappearing body and AIDS


JUEVES 29 de marzo
_______________________________________________________________

Jueves 9.00 –10.15 Comunicaciones
29)Body, etnicity, materiality
97. Rosa Branca Figueiredo (School for Higher Education, Polytechnic Institute of Guarda, Portugal): The Performing Body: Kinesic codes in Wole Soyinka’s Drama
98. Amy Lee (Hong Kong Baptist University): Time, Taste, and Touch in the Shanghai Body of Wang Anyi’s Novels
99. Ya-Ju Yeh (National Chengchi University, Taiwan): Memories of Body: Lived Materiality of Objects in Oscar Wilde and Walter Benjamin


Jueves 9.00 –10.15
30)Cuerpo y mass-media (I)
100. Belén González Morales (UAB): Evita reloaded: (inter)nacionalización y globalización del cuerpo (en) Madonna
101. Jordi Mas López (UAB): La boca, espai íntim a Vespertine de Björk
102. Raquel Platero Méndez (Universidad Complutense de Madrid): Lesbianas de papel couché: madres, folclóricas y masculinas. Análisis de las principales representaciones de los media

Jueves 9.00 –10.15
31) Teorías del cuerpo (II)
103. Cristina Darias Rodríguez (UAB): ¿Se puede pervertir más y mejor la pornografía?
104. Marcel Balasch; Blanca Callén; José Enrique Ema (UAB): Un diálogo de perspectivas sobre las prácticas políticas sexuales: agenciamientos de deseo y políticas de desplazamiento.

Jueves 9.00 –10.15
20) El cuerpo en la cultura hispánica contemporánea (I)
105. María Camí-Vela (University of North Carolina-Wilmington): El uso y la adaptación fílmica de textos literarios extranjeros en el cine de Isabel Coixet
106. Francisca González Arias (University of Massachusetts): Urraca de Lourdes Ortiz: La conquista de la palabra
107. Marta Plaza (Universitat de València), Cuerpos que especulan. Sobre la formas de contar de los cuerpos en Especulaciones

Jueves 10.15-10.45 . Descanso

Jueves 10.45 –12.00
19)Body and Religion
108. Graham Holderness: The inconceivable body of the Resurrection
109. Simona Galatchi (University of Bucharest "Sergiu Al-George" Institute for Oriental Studies, Bucharest, Romania) Perspectives on Body in New Religious Movements of Indian Origin
110. Nilsen Gökçen (Dokuz Eylul University, Izmir, Turkey): Body as a Site of Counter Religious Discourse in Wise Blood and Pinhan

Jueves 10.45 –12.00
34) Cuerpo, ciencia y prácticas médicas
111. Cándida Ferrero Fernández (UAB), Tratados antiguos y medievales sobre enfermedades y cuidados de las mujeres.
112. Evarista García-Peña (Universitat Oberta de Catalunya): En ausencia de Ilitía: parto tecnológico y cuerpo arrebatado
113. Jordi Planella Ribera y Eva Patrícia Gil Rodríguez (Universitat Oberta de Catalunya) El cuerpo y las biotecnologías: cuerpos, medicina y hospitales

Jueves 10.45 –12.00
35) Body Theories (I)
114. Monika Bogdanowska (University of Silesia, Katowice, Poland) Do scholars have bodies?
115. Jaana Pirskanen (University of Jyväskylä, Finland) Creative constructed agency - Culturally constructed embodied agency in Merleau-Ponty's and Judith Butler's thought.
116. Eeva Urrio (University of Jyväskylä, Finland): A Philosophy for Dancing Bodies? Thinking dance and corporeality in the philosophy of Gilles Deleuze

Jueves 10.45 –12.00
36)El cuerpo en el siglo XX: modernismo y vanguardias
117. Cristina Jarillot Rodal (Universidad del País Vasco), Cuerpo y codificación de género en los manifiestos del futurismo italiano
118. Isabel López Cirugeda (Universidad de Castilla-La Mancha): The body as a thematic interest in american modernism
119. Isabel Rodrigo Villena (Universidad de Castilla-La Mancha): Cuerpos de mujer: maniquíes de vanguardia

Jueves 12.00: Conferencia plenaria Valerie Walkerdine (Cardiff University), Engaging the body in popular culture: the case of video games

Jueves 15.30-17.00 Mesa redonda: Teresa Cabruja (Universitat de Girona) y Valerie Walkerdine (Cardiff University), Bodies in Transition: The Body in New Social and Cultural Spaces Participan: Sara MacBride-Stewart (Cardiff University), Luis Jiménez (Cardiff University)

Jueves 17.15 –19.00 Comunicaciones
37)Cuerpo y mass media (II)
120. Mónica Calvo (Universidad de Zaragoza): The Ethics of Representation in The L Word
121. Beatriz Ferrús (UAB), Rocío, la más grande, o historia de un cáncer televisado
122. Nuria Girona (Universidad de Valencia)
123. Sara Martín (UAB) Todos mienten: el cuerpo delator y el coste de la medicina moderna en House

Jueves 17.15 –19.00
38)Cuerpo y arte (II)
124. Angeles Alemán Gómez (Universidad de Las Palmas de Gran Canaria): Cuerpo y espacio en la obra de tres artistas: el cuerpo como metáfora
125. Julia Banwell (University of Sheffield): The Absent Body in the work of Teresa Margolles
126. Joana Masó (Universitat de Barcelona, Université Paris 8) y Xavier Bassas Vila (Universitat de Barcelona, Université Sorbonne IV): Cuerpos en suspensión o la Historia citada: Colette Deblé
127. Elina Norandi De Armas (Universitat de Barcelona) Velaciones y Revelaciones del cuerpo agredido: algunos ejemplos en la obra de artistas latinoamericanas contemporáneas

Jueves 17.15 –19.00
39)El cuerpo en la cultura hispánica contemporánea (II)
128. Ana Casas (UAB), “Queda, sí, la imagen de tu cuerpo”. Obscenidad, belleza y palabra en la obra de Juan Antonio Masoliver Ródenas
129. Alicia Castillo (Universidad de Limerick, Irlanda): Esa imagen que en el espejo se detiene
130. Maria Rosell García (Universitat de València) “Cortar de raíz y contar (la locura): construcción y disolución de la identidad en Disección de una tormenta, de Menchu Gutiérrez”.

Jueves 17.15 –19.00
40) Body, Science and Medical Practices (II)
131. Elizabeth Preston (Westfield State College University) y Cindy White (Central Connecticut State): The Science of Normalcy: Gender and Biomedical Discourse in Direct-to-Consumer Advertising of Pyschopharmaceutical
132. Lídia Villena Alcalá (UAB), Scalpel China: The contemporary frenzy of westernised bodies


VIERNES 30 de marzo
_______________________________________________________________

Viernes 9.00 –10.15: Comunicaciones
41)Body in British an American Literature
133. Florentina Anghel (University of Craiova, Romania): Body and Self in John Updike’s “Seek My Face”
134. Marie-Odile Pittin-Hedon (Université d’Avignon et des Pays de Vaucluse, France) : “…one buttock cut off …”: defiling/defining the body in Irvine Welsh’s fiction
135. Marielle Rigaud (Université d’Avignon et des Pays de Vaucluse, France) : The representation of violence in Jim Grimsley’s novels: choreographies of the body as metaphors of displacement for the unspeakable.
136. Zuzanna Zarebska Sanches (Universidade de Lisboa) Elizabeth Bowen’s Literary Carnival. The Body and Metamorphose.

Viernes 9.00 –10.15
42)Teorías del cuerpo (III)
137. José Enrique Ema López (Universidad de Castilla-La Mancha): ¿Poner al cuerpo a hacer política?
138. Begonya Sáez Tajafuerce (UAB), El cuerpo justo o de la identidad de género
139. Margarita María Uribe Viveros (UAB): La construcción de los cuerpos del margen: la narrativa de los imaginarios

Viernes 9.00 –10.15
43)Body and advertising
140. Ömer Özer (Anadolu University, Eskişehir, Turkey) y Neda Saraçer (Yeditepe University, Istanbul – Turkey) Ideology’s appearance form “Botox, bag and shoes heel”:Positioning of woman and “in the meantime” of man related to meaning in new photographs.
141. Saleh Soliman Abdelazim (United Arab Emirates University) Beauty and Body Image between Media and Reality in the Arab World
142. Vincent Taohsun Chang (National Chengchi University, Taiwan) Representing body, beauty, fashion and knowledge in advertising discourse: A pragmalinguistic Approach

Viernes 9.00 –10.15
44)Disciplinas corporales
143. Luciene Ferreira da Silva (Universidade Estadual Paulista, Sâo Paulo) y José Carlos de Almeida Moreno (Faculdades Integradas Fafibe, Sâo Paulo): Cuerpo y deporte: relación de entretenimiento em foco
144. Mª Angeles Ortego Agustín (Universidad Complutense de Madrid) El cuidado del cuerpo en el ámbito doméstico en la Edad Moderna. “El arte del barbero-peluquero-bañero”.
145. David Word (The University of Sheffield, UK): El corpus literario: el cuerpo deportivo en la literatura peruana contemporánea

Viernes 10.15-10.45: Descanso

Viernes 10.45 –12.00: Comunicaciones
45)Teorías del cuerpo (IV)
146. Deborah Brock (York University): My Body is My Business: Sex, Work, and Rights in ‘Prowling by Night’
147. Adela Morín Rodríguez (Universidad de Las Palmas de Gran Canaria): Cuerpos sociales y cuerpos lingüísticos: conductas y actitudes del siglo veintiuno
148. Carolina Olmos (UAB)

Viernes 10.45 –12.00
46) Cuerpo y violencia
149. Ivàn Barreto Moroni (UAB), Feminicidio en 2666: el cuerpo fragmentado
150. Josebe Martínez (USAC, University of Nevada-Universidad del País Vasco): Body of Crime and the role of culture
151. Elsa Plaza Müller (UAB): Cuerpos infantiles y adolescentes. Una mercancía abundante y barata en épocas de crisis

Viernes 10.45 –12.00
47)Body and Society
152. Kobi Peled (The Hebrew University of Jerusalem, Israel): Reveal and Conceal the Feminine Body in the Ville Nouvelle of Marrakech
153. Martyn Rogers (University of London, UK): From the Sacred to the Homoerotic: Tamil Film Star Fan ‘Devotion’ and the Embodiment of Male Youth Identities.
154. Goh Shuzhen; Nurul Huda Binte Abdul Rashid (National University of Singapore (NUS)): The Body Taboo: Ghostly Bodies

Viernes 10.45 –12.00
48) Metáforas y metamorfosis del cuerpo
155. Graciela Conte-Stirling (Université de Toulouse-Le Mirail) : L’appel du corps par la métaphore du parc dans Moderato Cantabile de Duras.
156. M. Àngels Francés Díez (Universitat d’Alacant): Començar a morir: la metamorfosi del cos en L’hora violeta, de Montserrat Roig
157. Laia Climent i Marina López (Universitat Jaume I), Cos, mort i erotisme en la novel·la negra de dones

Viernes 12.00 Conferencia de clausura: Manuel Asensi (Universitat de València): Cuerpos que duelen (una discusión con Judith Butler y Gilles Deleuze)

Viernes 14.00 Presentación de Lectora. Revista de Dones i Textualitat, 12, (2006) y del libro Heredar la palabra, de Beatriz Ferrús.


Infinitismo e filisteísmo - Peter Sloterdijk, um homem inteligente


Vejam a entrevista que este autor dá hoje ao "Expresso", caderno "Actual", conduzida por António Guerreiro.
Transcrevo apenas duas pequenas partes, remetendo para os livros dele (na Fenda e na Relógio d' Água) e para uma próxima vinda ao Porto (a Serralves):

"(...) depois do fim da II Guerra Mundial a totalidade do hemisfério ocidental transformou-se em laboratório do consumismo. É uma nova visão do mundo em que o objectivo da existência humana não se encontra já do lado da gestão política das nossas vidas mas numa visão completamente apolítica da existência, em que as preocupações políticas são delegadas em "expertocratas" que gerem as coisas por nós, de modo a realizarem o projecto de nos tornarmos os últimos homens. É esta a ideia profunda do consumismo."

....

"Nós somos todos doentes de infinitismo. O mito de Fausto, com origem no séc. XVI, na Alemanha, é uma projecção dessa nova biopolítica europeia, paralela à descoberta da economia mundial. Pela primeira vez, descobriu-se não apenas o infinito dos teólogos mas também um infinito antropológico, a infinitude das necessidades e da cobiça humana. E em vez da transcendência vertical temos a transcendência horizontal (...)."
...

"(...) depois da II Guerra Mundial o filisteísmo, o contentamento com as delícias da vida quotidiana, típico do pequeno-burguês, substituíu o infinitismo. Este já só existe nalguns radicais que desejam o impossível, tentam conservar a loucura do infinitismo. Os europeus mais cultivados guardam sempre a memória dessa era grandiosa da insatisfação essencial e têm vergonha de confessar que desde há muito tempo vivem no puro filisteísmo."

(pp. 19 e 20 do caderno "Actual" de 24.3.07)
Fonte da imagem:
http://en.wikipedia.org/wiki/Image:Sloterdijk.JPG

Congresso da Associação Francesa de Semiótica

Association Française de Sémiotique
Laboratoire DYNALANG – SEM, équipe DynaLang EA 1673
Université René Descartes - Paris 5
UMR 5191, ICAR 4 - Groupe “ SEMEIA ”
Université Lumière - Lyon 2
IUFM de Paris et École doctorale de l’Université Paris 4

Congrès de l’AFS – Sémio 2007

Rencontres sémiotiques : les interfaces disciplinaires,
des théories aux pratiques professionnelles

Paris, 16 – 18 novembre 2007

Inscrites habituellement parmi les sciences du langage et en dialogue avec d’autres disciplines des sciences humaines, la sémiologie et la sémiotique, comme approches théoriques des signes et comme procédures d’analyse et de description des systèmes de signification, peuvent rencontrer les objectifs et les pratiques de divers secteurs de la vie économique et sociale. Quelques expériences significatives ont été accomplies dans l’adaptation de la pratique de description sémiotique aux besoins professionnels, mais la pertinence des questions et les problématiques restent encore souvent étrangères aux milieux professionnels.
Pour réaliser son projet de description des systèmes de signification, la sémiotique se doit de plus en plus d’entrer en dialogue avec d’autres disciplines, parmi les sciences du langage, mais aussi parmi les sciences humaines et sociales. Sans aller jusqu’à poser un problème de “ frontières ”, il peut être question des interfaces entre la sémiologie et ces disciplines voisines, avec lesquelles le sémioticien est appelé à dialoguer.
La réflexion du Congrès de l’A.F.S. – Semio 2007 aura pour objet de chercher à décrire et à évaluer comment la sémiologie comprend et construit son interface avec les milieux professionnels et avec les autres disciplines.


Trois grands axes seront proposés à la réflexion des différents intervenants :
1. Sémiotique théorique.
- Relations avec les autres disciplines : linguistique, philosophie, psychanalyse, anthropologie, sciences de l’information et de la communication, etc.
- Avantages et inconvénients des croisements (emprunts de concepts, échanges de méthodes, comparaisons) entre différentes perspectives sémiotiques théoriques (Barthes, Peirce, Greimas, etc).
- Réflexion épistémologique se focalisant précisément sur les dénominations mêmes de la discipline et de quelques domaines connexes, ainsi que sur les champs recouverts par ces désignations : sémiologie, sémiotique, anthropologie culturelle, etc.
2. Sémiotique descriptive.
Croisements nécessaires des théories de la signification et des disciplines descriptives : sémiotique picturale et histoire de l’art, sémiotique de l’espace, de la ville, et architecture et urbanisme, autant d’exemples qui sont des invitations constantes à des échanges de points de vue et de compétences pour cerner le sens et le pouvoir de communication des objets envisagés. La réflexion de la sémiologie et de la sémiotique sur des objets communs, en interaction avec d’autres discours descriptifs et théoriques, n’est pas sans influencer leur pratique, les théories qui les fondent et l’élaboration de leurs concepts descriptifs.
Nos corpus d’analyse étant le plus souvent polysémiotiques, des croisements deviennent nécessaires également entre différentes sémiotiques : sémiotique du corps (geste et posture) associée à l’approche linguistique pour la communication orale, sémiotique de l’image et de l’espace pour l’analyse des parcours dans un lieu d’exposition, sémiotique du texte et de l’image pour l’étude des objets multimédia etc.
3. Sémiotique appliquée.
- Conseil et conception. Compte-rendu d’expériences en entreprises, en agences de communication, dans des institutions culturelles, etc.
- L’accent est mis sur le problème de la formulation/reformulation de l’analyse à l’intention de lecteurs et d’interlocuteurs non sémiologues.
- Une réflexion sera à mener sur la formation des sémiologues dans la perspective de la recherche, mais également en vue de leur insertion dans les milieux professionnels.

Source: http://afssemio.free.fr/article.php3?id_article=10

ÊXITO ABSOLUTO E TOTAL DA 11ª MESA-REDONDA DO PORTO







TERMINOU HOJE À HORA DE JANTAR A MESA-REDONDA DE PRIMAVERA SOBRE CRENÇAS, RELIGIÕES, PODERES
AGRADEÇO MUITO A TODOS OS QUE CONTRIBUIRAM PARA O BOM ÊXITO DA INICIATIVA - NOMEADAMENTE AUTORES, INTERVENIENTES, ALUNOS, E EM PARTICULAR A VALIOSA COLABORAÇÃO DO PROF. COSTA MACEDO, DA FLUP.
UMA PALAVRA ESPECIAL PARA O GABINETE DE EVENTOS - DRA CLÁUDIA MOREIRA - BRITISH COUNCIL, PARA A ED. AFRONTAMENTO, E PARA A ESTUDANTE ANA ESTEVES, QUE ASSEGUROU AS TRADUÇÕES PARA INGLÊS. VAMOS AGORA PRODUZIR O LIVRO !!!!!!!!!
APRESENTO ALGUMAS IMAGENS DA MESA.
A VARIEDADE E RIQUEZA DOS TEMAS APRESENTADOS FOI ENORME!
O DCTP-FLUP ESTÁ DE PARABÉNS.

quinta-feira, 22 de março de 2007

Êxito na FLUP - uma realização do DCTP




Com a presença do Director da FLUP, Prof. Jorge Alves, a inaugurar a 11ª Mesa-redonda de Primavera, esta durou hoje todo o dia com grande êxito.
Vai continuar amanhã, a partir das 9 h., todo o dia também!
Quem puder, apareça !!!!!!!!!!!!!!!
E traga um amigo também!
Anfiteatro Nobre

Imagens acima: dois aspectos da mesa, hoje de manhã
Profs. James Beckford, Álvaro dos Penedos, Jorge Freitas Branco, Costa Macedo e aluna Ana Esteves (tradução)

Colaboração da SEFARAD e da ED. AFRONTAMENTO
Excelente trabalho realizado pelo Gabinete de Eventos da FLUP.

Foi também apresentado o
Journal of Iberian Archaeology vol. especial 9/10
datado de 2006/2007
e intitulado
OVERCOMING THE MODERN INVENTION OF MATERIAL CULTURE
- este livro é um MUST !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

This book was launched today with great success at the Faculty of Arts of Porto.
Each author will receive a copy and off-prints.

quarta-feira, 21 de março de 2007

BRAKE

Caros amigos
Amanhã começa no Porto (Faculdade de Letras, Anfiteatro Nobre, às 9 h sem falta, com a presença do Director da FLUP) a 11ª mesa-redonda de Primavera. Não podia vir em melhor altura, porque hoje também começa essa promissora estação. Esperemos que deste encontro brotem (to spring, em inglês) coisas boas de ouvir, discutir e mais tarde publicar!
Vai também ser apresentado o Journal of Iberian Archaeology, vol. 9/10, especial, datado de 2006/2007.

Como pessoa que há cerca de um ano se esforça para "levar a bom porto" estes e outros "barcos", espero de todos a melhor colaboração nos próximos dias em que vou entrar num túnel de grande trabalho e desde já peço desculpa a todos os amigos que demandam o Porto se não puder estar tão disponível quanto gostaria. A minha única preocupação é a boa execução do evento de amanhã e depois (22 e 23 de Março), com as várias colaborações com que contei, largamente anunciadas, e que em nome do DCTP- FLUP agradeço.
Na próxima semana estarei em serviço no estrangeiro. Não só não poderei responder à dezenas de mails diários, como obviamente terei de interromper a minha "alimentação" a este blog.
Espero que o meu colaborador e amigo Gonçalo Velho me ajude um pouco na manutenção deste espaço de notícias, debates, ideias. E todos os que queiram contribuir...
Que a Primavera nos traga de facto alguma primavera, em geral e para cada um ... verdadeiramente, precisa-se!

Dia Mundial da Poesia e chegada da Primavera

Comemora-se hoje, dia 21 de Março, o Dia Mundial da Poesia, proclamado pela UNESCO na sua 30.ª sessão realizada em Paris nos meses de Outubro-Novembro de 1999.

Já estive em Famalicão (Escola Didáxis - Cooperativa) a falar da poesia para jovens (centenas!) com o apoio da Papiro Editora e...
amanhã lá estamos todos os que possamos na 11ª mesa-redonda de Primavera!

terça-feira, 20 de março de 2007

Parabéns aos nossos doutorandos em Arqueologia pela FLUP


Transcrito de UPORTO - revista dos antigos alunos da Universidade do Porto - nº 23, Março 2007, p. 8.
Clique para ampliar a notícia.

VIOLÊNCIA, CONFLITO, GUERRA, CRENÇAS, RELIGIÕES, PODERES, ESTADO, ARQUITECTURAS E CORPOS- 2ª parte


Guerra

Em princípio, a guerra é uma situação de conflito mais ou menos declarado, generalizado, armado, colectivo, imprevisível no seu desenvolvimento, na sua temporalidade, e nas suas consequências. É a “ferocidade” (palavra que evidentemente se conota com uma naturalização da fera, do feroz, do selvagem) potencialmente “à solta”, mas em geral canalizada pelo poder militar, institucionalizado como atributo do Estado, para certos fins. Há um ethos guerreiro, ou militar (desde logo nas disposições corporais, na maquinização do corpo, na “despersonalização” do indivíduo), que pode eventualmente despoletar algo de imprevisível, mesmo para o próprio Estado, ou poder militarista, que em teoria geral (dita democrática, pelo menos) seria o único a poder legalmente accionar e gerir a guerra. Mas sabemos como essa legalização da violência é constantemente rompida pelos mais diversos meios, no próprio quotidiano pelos chamados “abusos de autoridade”, e das revoluções ao terrorismo, das rebeliões “espontâneas” dos “oprimidos” aos movimentos rivais financiados por interesses internacionais (entre os quais o próprio negócio da produção e venda de armas, ou o dos empreendimentos imobiliários para restauro físico dos paises antes bombardeados).
A guerra não é um universal. É uma designação arbitrária que damos a estados de violência colectiva muito diferentes, implicando contextos sociais, e logísticas, diversificadíssimos. O que se passa é que no nosso pensamento abstraímos certos conceitos, supostamente independentizáveis dos contextos, universalizamo-los, e depois fazemos o movimento oposto de descida, “de volta ao real”, para vermos como se concretizaram, se “actualizaram” aqui ou ali, neste ou naquele tempo.
Quer dizer, criamos artificialmente “temas” para depois os podermos historicizar, traçar a sua “evolução”, sem aparentemente percebermos o logro de partida: é que nos deixámos iludir por uma abstracção nossa. Não se trata de etapas ou fases, ou momentos do devir de um fenómeno único, senão na nossa imaginação: o fenómeno unitário, o conceito, foi assumido, incorporado por nós à partida como uma realidade em si, como uma entidade delimitável e portanto historicizável. A narrativa “histórica” está cheia destas ilusões, de conceitos manipulados como “allant de soi”, quer seja organizada por períodos históricos (“tranches horizontais”), quer por “temas” (“tranches” verticais, supostas facetas do poliedro que é o “humano”, facetas essas que aliás todos os dias se multiplicam – faz-se a história do rosto, dos sabores, das práticas de limpeza, enfim, das coisas mais diversas, como se a delimitação desses “campos” tivesse legitimidade “natural”).
Um exército da Idade Média, em certos períodos, podia conter cem pessoas, ou menos. Na guerra aristocrática europeia havia um “sentido da honra” que reporta a algo que tem a ver com a “nobreza” do “duelo” frente a frente, e em que muitas vezes cada um dos campos solicitava ao oposto que fosse o primeiro a disparar ou a iniciar as hostilidades. Não surpreende que, aquando da revolução francesa (ou aquando de qualquer revolução, quando era tempo disso) as classes instaladas se sentissem injustiçadas, porque nesses momentos não há só uma mudança (temporária ou parcial que seja) de poder, há uma mudança nos protocolos de confronto entre poderes, uma subversão das regras que presidiam antes à manifestação legalizada, à ostentação do conflito.
O jogo é diferente, e em cada época as elites se queixam de que já não há estabilidade, respeito, ou segurança, ou valores de referência, quer dizer, sentem ameaçados os sistemas tradicionais instituídos, muitas vezes não verbalizados, de invisibilização do outro, ou de opressão, com a subida à tona da história de erupções dos revoltados.
Claro que de um certo ponto de vista em qualquer situação histórica há sempre um esforço pela estabilidade e pela conservação do “status quo”, legitimado por numerosos poderes, forças, privilégios, combinações invisíveis, “economias paralelas” a todos os níveis, etc, que nas democracias aparecem sob uma face impoluta (tentar convencer os cidadãos de que o Estado é neutro e de que todos são iguais perante a lei, a educação, a justilça, a saúde, ou seja, os chamados direitos do cidadão) e nas ditaduras se dão despudoradamente a ver.
A guerra de trincheiras de 14-18 inicia um mundo em que o rosto do adversário totalmente desaparece. Há uma “desumanização da guerra”, que se afasta totalmente do tradicional face a face, corpo a corpo, da bravura do corpo. Assim como o regime sacrificial público, espectacularizado, dos condenados do antigo regime “passa à hitsória” para dar origem ao moderno sistema do encarceramento (pena psicológica, vivida em reclusão), como Foucault mostrou, assim também a guerra se torna mais sofisticada, técnica, gerida à distância, mediada por uma tecnologia do afastamento e da visão panóptica (aviação, cartografia, mais tarde satélites, telecomunicações, etc.).
Quando se manda exterminar todo um povo, ou toda uma cidade, como na segunda grande guerra, o próprio inimigo é reduzido a números, a abstracções. E com a primeira “guerra do golfo” é de certo modo a própria guerra que “desaparece” (excepto para os que estão no terreno a sofrer e a morrer): mediatizada, é transformada em espectáculo para ser vista na televisão, como se assistíssemos a uma cruzada dos tempos modernos contra os infiéis; mas estes não têm cara, nem forma, nem existência: o que vemos são luzes de mísseis a cair, como se se tratasse de um fogo de artifício. E depois aparece um ou outro rosto, de um ou outro lado, como ícone da tragédia ou da heroicidade (espectacularização da vitima inocente ou da rapariga-soldado americana resgatada às “forças do mal”. Enfim, uma comédia trágica). No Youtube há um vídeo sobre o enforcamento de Sadam. Etc.
O millitar, o guerreiro, despoleta os mais desencontrados (mas fortes) sentimentos: herói e vitima, ele encontra-se sempre um pouco na margem do social, que o usa e o teme, que o monumentaliza ou dele faz motivo de escárnio. Há um excesso nessa realidade da guerra, mesmo que ela se apresente como necessária, imprescindível mesmo, no sentido de dissuasora do pior, do desmembramento total do social. Por algum motivo o êxtase guerreiro está associado ao amoroso e ao religioso: o enquadramento administrativo da guerra é uma função básica do Estado, que se arroga a legitimidade de itulizar a força ( a violência em grau extremo) sempre invocando o “bem comum.” Num certo sentido, a guerra é a ampliação manifesta do que está em gérmen em qualquer exaltação desbragada, na festa, no rito, no sacrifício, na catarse em qualquer das suas modalidades: é um excesso, para que a normalidade possa voltar (até à próxima guerra), a acontecer.
Por isso, para aqueles que tradicionalmente se habituaram a uma “educação esmerada” (cultura de elites), a violência, o conflito, a guerra são sempre fantasmas a afastar: as massas, quando entregues à sua energia incontrolável, são como crianças, irrequietas, e com facilidade passam do “jogo a brincar” para o “jogo a valer”. A guerra é como óleo que alastra, torna-se incontrolável, no prazer e no horror que dá a fazer e ver: é uma orgia. Essa deriva assusta, e é temida como força ancestral, oriunda de remotos e míticos “estados de natureza”, tal como a imprevisibilidade da fera, que um dia, inesperadamente, fere mortalmente o seu domador (o face a face domador/domado, no circo, fascina precisamente por ser esta encenação infantil, genérica, da natureza e da cultura).
Por outro lado, sabemos bem toda a hipocrisia dos bons costumes: é em função deles que os maiores estrategas mandam avançar as forças mortíferas da repressão, confortados com todos os sentimentos (como se diz dos sacramentos nos moribundos) da sua bondosa opção: para extirpar o diabo, é preciso por vezes sujar as mãos, ou ter quem as suje por nós, evidentemente. A guerra é a política por outros meios, claro, mas também é o desporto por outros meios, a arte dos bravos e dos que domam o corpo para se superarem a si próprios, em função de objectivos “superiores”.
Na narrativa sobre as “sociedades primitivas” e “pré-históricas”, tem sempre havido este balanceamento, esta ambiguidade. Como crianças, elas são simultaneamente perigosas e doces, bons selvagens e maus selvagens, inocentes e disfarçados, providos e desprovidos de tudo quanto de bom há, ricos e pobres. M. Shalins pode ser visto como um dos modernos paladinos do “bom selvagem”, ao defender uma visão dos caçadores-recolectores como gente basicamente pacífica, ainda sem o ónus do trabalho contínuo que tanto nos aflige, desejando possuir pouco porque também é pouco o que pode transportar. Uma história diferente, mas com alguns pontos de semelhança, entre tantas outras desde Rousseau até às versões “marxistas” que falavam de um comunismo primitivo. A acumulação de bens, em vez da sua distribuição imediata, é que seria responsável pela perdição, pelo começo das desigualdes, que levaria ao capitalismo e à redenção pela via do proletariado. A vontade de possuir e o possuído estariam em harmonia na sociedade de bando; seria a nossa, com a sua insaciável avidez, que seria a sociedade da escassez, uma escassez vivenciada pelo indivíduo consumidor.
As “sociedades primitivas”, dizia Lévi-Strauss, seriam “frias”, quer dizer, evitariam uma circulação de energia que exige um permanente movimento pendular entre a acumulação de calor e o seu esfriamento: seriam máquinas mecânicas, e não termodinâmicas como as nossas (v. “Entretiens avec Lévi-Strauss”, Paris, Plon, 1961, p. 38 - toda a magnífica “mitologia” deste grande autor se expõe nestas páginas, como frequentemente acontece nas entrevistas; embora nas primeiras páginas aluda à dificuldade da ideologia evolucionista, nunca sai da dicotomia natureza-cultura, o que julgo ser fatal).
Pierre Clastres, por seu turno, inventou um curioso dispositivo explicativo sobre a “guerra primitiva”, baseado na sua experiência amazónica, dispositivo esse que fascinou autores tão diferentes como Marcel Gauchet (“A dívida do sentido e as raízes do Estado. Política da Religião Primitiva”, in VV.AA., “Guerra, Religião, Poder”, Lisboa, ed. 70, 1980, pp. 49-89) ou Giles Deleuze e Felix Guattari (“Mille Plateaux”, Paris, Les Ed. de Minuit, 1980, pp. 441 e segs.). Estes últimos autores afirmam mesmo que aquele conseguiu “romper com o postulado evolucionista”, de que as sociedades ditas primitivas segmentárias não teriam chegado à complexidade do aparelho de Estado, ligado à guerra (op. cit., p. 441).
A ideia de Clastres é que a “sociedade primitiva” é basicamente uma sociedade “contra” o Estado (título de um dos seus livros publicado em português), no sentido de ser um mecanismo de constante diluição de diferenças entre estatutos individuais ou de grupo, que pudessem levar a uma cisão entre governantes e governados (*). As sociedades “primitivas” teriam criado esquemas de inibição da hierarquia, para manter, na visão deleuziana, uma situação rizomática.
Voltarei noutra parte deste texto a tratar destas questões, mas é evidente o carácter reificado do conceito de “sociedade primitiva” de Clastres (muito influenciado pelo seu conhecimento da Amazónia, onde as escaramuças constantes têm uma explicação histórico-antropológica própria, discutível, mas que se não pode generalizar).
Também é interessante a ideia de M. Gauchet, de que a instituição do Estado, como uma forma de cisão, tinha já a sua “preparação” na religião, ou seja, numa cisão, interna a todas as sociedades, entre o sobrenatural e o humano; o Estado apenas teria internalizado essa hierarquia, essa cisão (“troca de uma exterioridade por outra”). Ele afirma mesmo “A exterioridade do fundamento social preexiste ao Estado.” (op. cit, p. 53). O problema deste autor, quanto a mim, é que todo o seu pensamento está articulado em torno do eixo natureza/cultura, opção muito generalizada, e na minha visão caminho directo para neutralizar uma solução interessante para estas questões, que são fulcrais para a compreensão das sociedades sem Estado, ou da oralidade, ou seja, 99% das conhecidas, se nos soubermos descentrar.
A antropologia e a arqueologia tem aqui uma importantíssima palavra a dizer. Mas essas disciplinas não são evidentemente monolíticas: cada um que nelas trabalha crê que está no “bom caminho”, quando ultrapassa a fase dos manuais e começa a ver as coisas como investigador, a partir de dentro, da sua própria vivência.
O assunto da guerra e das múltiplas implicações é evidentemente muito complexo, e para ser desenvolvido noutros trabalhos de maior fôlego. Não pode é ser evitado, quando certos arqueólogos assumem estados de conflito ou de guerra na “pré-história sem os problematizar, ou chamando à colação lugares comuns ou dogmas que são, já eles próprios, detritos arqueológicos no pior sentido.


__________________________________
(*) De: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre_Clastres
extraio a seguinte caracterização do autor:
“Pierre Clastres (Paris, 1934 — 1977)) foi um importante antropólogo francês-

Foi diretor de pesquisa no Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS, Paris) e membro do Laboratoire d´Anthropologie Sociale do Collège de France. Realizou pesquisas de campo na América do Sul entre os índios Guayaki, Guarani e Yanomami. Publicou Crônica dos índios Guayaki 1972, A sociedade contra o Estado 1974, e A fala sagrada - mitos e cantos sagrados dos índios Guarani 1974.
Sua morte prematura, em um acidente de carro em 1977, interrompeu a conclusão de textos que mais tarde seriam reunidos no livro Arqueologia da violência - ensaios de antropologia política 1980.
Uma de suas principais contribuições para a antropologia foi sua crítica à visão, até então dominante, de que sociedades como as dos índios da América do Sul são mais "primitivas" ou "menos desenvolvidas culturalmente" do que sociedades mais hierárquicas, onde a presença do Estado é mais evidente – como no caso das sociedades Maia, Inca e Asteca. Ele procurou demonstrar a falsidade do pressuposto de que todas as sociedades necessariamente evoluem de um sistema "tribal", "comunista" e "igualitário" para sistemas mais hierárquicos. As sociedades não-hierárquicas, segundo seus estudos, possuem mecanismos culturais que impedem ativamente o aparecimento de figuras de comando – seja isolando os possíveis candidatos a chefe (como no caso dos Pajés), seja destituindo-os do poder do mando (como no caso dos chefes que só têm poder para aconselhar). Sendo assim, elas não estariam evoluindo em direção à estatização: elas seriam estáveis em sua forma igualitária.”


Fonte da imagem: http://www.ricardocosta.com/pub/brevehist.htm

11ª Mesa-redonda de Primavera - Crenças, Religiões, Poderes

Temos o prazer de anunciar a todos os participantes e interessados e sobretudo aos autores (que nos deverão enviar as suas comunicações para publicação até 22 de Junho de 2007 para o meu e-mail. O texto deve ter uma média de 10 páginas A4, em Times New Roman, formato 14, a 1 espaço. Deverá integrar um resumo e 3 palavras-chave, acompanhados da respectiva tradução em inglês - abstract e keywords) que o livro será editado pela AFRONTAMENTO, Porto, de acordo com negociações que estão a decorrer. Esta editora é uma das apoiantes do evento.

We have the pleasure to announce to the authors and to the general public that Ed. AFRONTAMENTO, Porto, will publish the book resulting from the conference. This will assure the national and international spread of the book, giving the conference a new importance.
Every text for publication shall be sent to my e-mail address until 22nd June 2007. It shall include a short abstract and 3 keywords. Size: around 10 pages A4. Font: Times New Roman, 1 line spacing.
Thank you all.
We hope that you enjoy your stay with us.
voj
vojorge@clix.pt


John William Waterhouse (1903) Echo and Narcissus
Fonte: Wikipedia


Ver vídeo de Derrida mais abaixo sobre a questão da cegueira.

Como podem duas pessoas cegas amarem-se?

Neither born or dead

"Never the spirit was born; the spirit shall cease to be never; Never was time it was not; End and Beginning are dreams! Birthless and deathless and changeless remaineth the spirit for ever; Death hath not touched it at all, dead though the house of it seems!"

The Bhagavad Gita, Capitulo II

Bom dia!

Quotation



In order to be authentic,

the believer (in God) needs to

be exposed to the absolute doubt.

Jacques Derrida