as coisas, os sítios, as pessoas não têm, em si, mais ou menos interesse, não são, em si, mais ou menos agradáveis. depende muito de nós, quer dizer, da situação relacional que se estabelece, o interesse, o fascínio ou a repulsa que nos provocam.
não há locais feios nem bonitos em si, coisas que mereçam a pena ser observadas e outras desprezadas, em si, há situações, há eventos, há intersecções.
claro que o ideal é não nos cruzarmos com coisas, pessoas ou lugares como agulhas recentemente usadas, criminosos com ar de pessoas simpáticas, lixeiras fumegando no meio do nevoeiro.
mas até quando temos o azar de nos encontrarmos com essas e outras situações-limite, depende um bocado de nós o partido que disso tiramos.
há sempre uma imagem que se pode trazer, e que não tem odor, nem vírus, e é por definição anterior (mesmo que imediatamente anterior) até ao golpe que o assassino nos quer desferir.
é também claro que é muito giro ver um assassino dirigir-se a nós com ar de nos querer fatiar com um grande punhal, e uma pessoa conseguir esgueirar-se no último segundo, o assassino escorregar e trespassar-se a si próprio na própria lâmina, tipo filme. aí é ainda mais seguro no cinema, embora seja uma experiência um pouco vulgar, digamos.
não há sítios feios nem bonitos, exaltantes ou deprimentes: há eventos onde algo nos acontece de interessante, ou outras alturas em que o tédio é tal que temos de ir buscar à nossa bagagem um fármaco para o combater.
mas não há nada em si.
não há locais feios nem bonitos em si, coisas que mereçam a pena ser observadas e outras desprezadas, em si, há situações, há eventos, há intersecções.
claro que o ideal é não nos cruzarmos com coisas, pessoas ou lugares como agulhas recentemente usadas, criminosos com ar de pessoas simpáticas, lixeiras fumegando no meio do nevoeiro.
mas até quando temos o azar de nos encontrarmos com essas e outras situações-limite, depende um bocado de nós o partido que disso tiramos.
há sempre uma imagem que se pode trazer, e que não tem odor, nem vírus, e é por definição anterior (mesmo que imediatamente anterior) até ao golpe que o assassino nos quer desferir.
é também claro que é muito giro ver um assassino dirigir-se a nós com ar de nos querer fatiar com um grande punhal, e uma pessoa conseguir esgueirar-se no último segundo, o assassino escorregar e trespassar-se a si próprio na própria lâmina, tipo filme. aí é ainda mais seguro no cinema, embora seja uma experiência um pouco vulgar, digamos.
não há sítios feios nem bonitos, exaltantes ou deprimentes: há eventos onde algo nos acontece de interessante, ou outras alturas em que o tédio é tal que temos de ir buscar à nossa bagagem um fármaco para o combater.
mas não há nada em si.
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