terça-feira, 27 de janeiro de 2009

CURSO DE PENSAMENTO CRÍTICO CONTEMPORÂNEO

Será como anunciado
(ver:
http://sigarra.up.pt/flup/cursos_geral.FormView?P_CUR_SIGLA=FCPCC )

mas o horário mudou, tornando-se mais favorável a um sistema pós-laboral e talvez permitindo a pessoas que não podiam vir, afinal pré-inscreverem-se...

quem estiver interessado, pré-inscreva-se sff.

é que o formador (=neste caso, eu) enquanto não tem a certeza de que o curso se realiza, não fica tão estimulado para preparar o dito cujo. Ainda há dias me ofereci para fazer uma workshop sobre Jacques Derrida e a História, mas não se pôde concretizar. Ora, entre outras coisas, para que era? Para "treinar" a minha capacidade de abordar estes temas, junto de gente com alguma maturidade, para me obrigar a ser claro, para dar um passo em frente (e em frente de outros, para que me julguem) em relação à incorporação do(s) autor(es) em estudo, sempre um processo doloroso, lento, difícil. Sem estas fasquias, não se fica estimulado a progredir na interrogação, que nunca é um monólogo de si para si, mas precisa dos outros e de condições de exposição ao juízo dos outros. Não é?...
O saber não é uma coisa contida numa mala que a pessoa vai expor ou pode guardar para mais tarde. O saber é a vida, e a vida não é a do anacoreta auto-suficiente. Precisamos destes cursos, mesas-redondas, conferências, debates, não académicos, não sobre o déjà vu, mas como uma lufada fresca (mesmo que imperfeita como a própria vida), que nos agite os sentimentos! O "pensamento" é uma forma de enriquecer a vida de uma maneira doida!
Por isso detesto rituais de qualquer espécie, porque eles são a castração dos sentimentos.
Gosto do que é mais difícil, o largar-me à improvisação.
É uma arte tramada, é preciso uma pessoa treinar muito. Não é a espontaneidade opinativa, não... é o contrário. É o que já deu tantas voltas ao academismo, que vomita o academismo, não pode suportar o academismo. O verdadeiro saber é a alegria da vida. O imprevisto.






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