quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Derrida: o jogo infinito das diferenças, a liquefacção das identidades

Em Positions (traduzo da edição inglesa, University of Chicago Press, 1972, p. 26):

"O jogo das diferenças supõe, com efeito, sínteses e direccionamentos que impedem que em cada momento, ou em qualquer sentido, um simples elemento esteja presente em si e por si, referindo-se apenas a si próprio. Tanto no discurso falado como no escrito, nenhum elemento pode funcionar como um signo sem referência a outro elemento, o qual não está,ele próprio, simplesmemte presente. Deste entremeado resulta que cada "elemento" - fonema ou grafema - é constituído na base do traço, que existe nele, de outros elementos da cadeia ou sistema... há apenas, por toda a parte, diferenças e traços de traços."


[notória a influência de Saussure, e também importante a noção de traço, neste genial pensador que foi - é, visto que a sua obra continuará a ser publicada - Jacques Derrida]


5 comentários:

SOLERA disse...

gracias por visitar mi blog, espero seguir en contacto.

Logros disse...

Pois. Realmente o signo saussureano punha en evidência a relação pertinente e necessária entre o conceito e a imagem acústica. E a noção de sistema também é focalizada em inter-relações.

Giro! Há que tempos que não falava disto.

I.

Vitor Oliveira Jorge disse...

Obrigado/gracias as duas comentadoras.
Vitor

Vinicius disse...

Traços que embora sejam diferentes podem carregar alguma semelhança ou mesmo parecela de um todo. Não conhecia este pensador, vou procurar a respeito. Obrigado pela apresentação deste pensador.

Abraço,

R.Vinicius

Vitor Oliveira Jorge disse...

Jacques Derrida.Neste blogue indiquei há dias um livro sobre ele, que é uma belíssima introdução.Ainda tive a sorte de escutar uma conferência dele no Porto, em Serralves, há alguns anos. Fascinante.