CALL FOR PAPERS
Memória Social, Patrimónios e Identidades
Memória Social, Patrimónios e Identidades
Memória e Identidade apresentam-se como conceitos-chave na produção
científica contemporânea da área das Ciências Sociais e das Humanidades, abarcando reflexões no domínio da Filosofia, da Psicologia, da Sociologia, da Antropologia e, é claro, da História.
Memória e Identidade não se apresentam apenas como categorias operativas próprias das formulações do pensamento científico, mas como operadores estratégicos na linguagem dos poderes. A UNESCO visa preservar patrimónios mundiais, em ordem a salvaguardar memórias. As políticas da UE apontam as áreas do Património Cultural e Natural como domínios de investimento prioritários, mormente em países cuja História se procura rentabilizar enquanto capital de investimento económico activo. Os sucessivos Governos portugueses lançam, a partir dos programas quadro, de financiamento plurianual, concursos para projectos de dinamização local e regional, que passam a focar-se nas potencialidades do Património como uma fonte de desenvolvimento sustentável, ao mesmo tempo que se procuram preservar, ou inventar, espaços de memória que se instrumentalizam como esteios de identidades locais.
Grupos profissionais procuram alicerçar o seu poder em raízes histórias
longínquas, se possível seculares, buscando-se os pergaminhos nas memórias do passado. Núcleos empresariais de sucesso não abdicam da monografia memorialista e multiplicam-se os museus, os centros interpretativos e os centros de memória que evocam o património natural, histórico, industrial, agrícola, como dinamizadores económicos e catalizadores de receitas. As que já não conseguem gerar enquanto agentes de produção activos.
A busca de identidades é também um tópico avassalador, e polémico, no
presente: a identidade individual (domínio da Psicologia), a construção de identidades de grupos e comunidades e de identidades locais, regionais ou nacionais, alicerçadas em memória sociais construídas (domínios da História, da Sociologia e da Antropologia) contrapõem-se, e convivem com o ritmo de uma incessante e aparentemente irreversível globalização: de valores, de conhecimentos, de técnicas, de mercados, de produtos, e de crises...
O tema central proposto para o Congresso radica, pois, na sua actualidade, na sua pertinência e na necessidade de a comunidade científica internacional se lançar numa discussão em torno de conceitos e de dinâmicas que se querem desmistificadas e cientificamente esclarecidas.
O XXXIX Congresso da APHES apela à comunidade científica nacional e
internacional a participar neste debate, submetendo painéis temáticos ou enviando comunicações individuais. Investigadores de outras áreas do conhecimento que não a História são bem vindos, em ordem a promover um desejável e necessário diálogo multidisciplinar. Estudantes de mestrado e de doutoramento encontram no Congresso um espaço privilegiado de participação, sendo incentivados a submeter os seus trabalhos ao Prémio APHES / BES. A este último podem concorrer também os mestres e doutores há menos de 3 anos. Aconselha-se a todos os candidatos a consulta do regulamento, disponível em http://www.aphes.pt/?no=5010001
O elenco dos temas que se segue é meramente sugestivo de uma panóplia
vasta de aproximações possíveis aos conceitos-âncora propostos:
MEMÓRIAS, PATRIMÓNIOS E IDENTIDADES.
MEMÓRIAS:
- Mecanismos de construção e socialização da memória: da memória
individual às memórias colectivas.
- Espaços de memória: a memória individual (a biografia); a memória familiar; a memória comunitária; a mistificação historiográfica da memória nacional.
- A memória do trabalho, da empresa, dos sindicatos, do movimento operário
- A memória do espaço e o espaço da memória: construções e representações do Espaço
PATRIMÓNIOS:
- O património natural, histórico, cultural como instrumento de
desenvolvimento sustentável: estudos de caso.
- Património agrícola, industrial, marítimo, iconográfico, religioso:
recenseamento, preservação e dinamização cultural.
- A regulamentação nacional e internacional dos patrimónios: os conflitos de interesse.
IDENTIDADES E ALTERIDADES:
- Comunidades e sociedades: identidades de grupo, locais e nacionais. A
polémica dos bairrismos e dos nacionalismos
- Identidades como factores de inclusão e de exclusão social. As diferenças entre identidades
- Convívios difíceis: os confrontos de identidades no espaço português,
europeu e mundial.
- Jogos de alteridade: integração de emigrantes e de minorias étnicas e/ou religiosas.
- Expansionismo europeu e processos de colonização: identidades em
confronto.
- A redução à identidade: mecanismos de redução da diferença.
- Fronteiras: geográficas, linguísticas, culturais, religiosas, económicas...
Apela-se à submissão de propostas de comunicações de 15 minutos. Estas
deverão contemplar, como elementos obrigatórios, um resumo (máximo de 500 palavras), incluindo até 4 palavras-chave e um breve CV (limite de 1 página), com a indicação do objecto, objectivos, enfoque teórico e sustentação empírica.
O prazo de submissão de comunicações decorre até 30 de Abril de 2009,
devendo as propostas ser enviadas para: aphes29@letras.up.pt As comunicações serão seleccionadas até 30 de Maio de 2009 e o texto completo (máximo de 7.500 palavras, incluindo notas) deverá ser remetido até 30 de Setembro de 2009, de modo a ficar disponível online na página do Encontro.
Para mais informação, consultem, por favor, a página web do Congresso,
web.letras.up.pt/aphes29, ou a Comissão organizadora: aphes29@letras.up.pt
Línguas oficais: Português e Inglês
NOTE BEM:
Ainda que o call for papers seja dirigido ao tema principal do Congresso,
serão aceites propostas de painéis e comunicações sobre outros temas,
nas áreas de história económica e de história social.
http://web.letras.up.pt/aphes29/
http://www.aphes.pt/documentos/1234996195N4yXJ5lm6Qv56DO1.pdf
científica contemporânea da área das Ciências Sociais e das Humanidades, abarcando reflexões no domínio da Filosofia, da Psicologia, da Sociologia, da Antropologia e, é claro, da História.
Memória e Identidade não se apresentam apenas como categorias operativas próprias das formulações do pensamento científico, mas como operadores estratégicos na linguagem dos poderes. A UNESCO visa preservar patrimónios mundiais, em ordem a salvaguardar memórias. As políticas da UE apontam as áreas do Património Cultural e Natural como domínios de investimento prioritários, mormente em países cuja História se procura rentabilizar enquanto capital de investimento económico activo. Os sucessivos Governos portugueses lançam, a partir dos programas quadro, de financiamento plurianual, concursos para projectos de dinamização local e regional, que passam a focar-se nas potencialidades do Património como uma fonte de desenvolvimento sustentável, ao mesmo tempo que se procuram preservar, ou inventar, espaços de memória que se instrumentalizam como esteios de identidades locais.
Grupos profissionais procuram alicerçar o seu poder em raízes histórias
longínquas, se possível seculares, buscando-se os pergaminhos nas memórias do passado. Núcleos empresariais de sucesso não abdicam da monografia memorialista e multiplicam-se os museus, os centros interpretativos e os centros de memória que evocam o património natural, histórico, industrial, agrícola, como dinamizadores económicos e catalizadores de receitas. As que já não conseguem gerar enquanto agentes de produção activos.
A busca de identidades é também um tópico avassalador, e polémico, no
presente: a identidade individual (domínio da Psicologia), a construção de identidades de grupos e comunidades e de identidades locais, regionais ou nacionais, alicerçadas em memória sociais construídas (domínios da História, da Sociologia e da Antropologia) contrapõem-se, e convivem com o ritmo de uma incessante e aparentemente irreversível globalização: de valores, de conhecimentos, de técnicas, de mercados, de produtos, e de crises...
O tema central proposto para o Congresso radica, pois, na sua actualidade, na sua pertinência e na necessidade de a comunidade científica internacional se lançar numa discussão em torno de conceitos e de dinâmicas que se querem desmistificadas e cientificamente esclarecidas.
O XXXIX Congresso da APHES apela à comunidade científica nacional e
internacional a participar neste debate, submetendo painéis temáticos ou enviando comunicações individuais. Investigadores de outras áreas do conhecimento que não a História são bem vindos, em ordem a promover um desejável e necessário diálogo multidisciplinar. Estudantes de mestrado e de doutoramento encontram no Congresso um espaço privilegiado de participação, sendo incentivados a submeter os seus trabalhos ao Prémio APHES / BES. A este último podem concorrer também os mestres e doutores há menos de 3 anos. Aconselha-se a todos os candidatos a consulta do regulamento, disponível em http://www.aphes.pt/?no=5010001
O elenco dos temas que se segue é meramente sugestivo de uma panóplia
vasta de aproximações possíveis aos conceitos-âncora propostos:
MEMÓRIAS, PATRIMÓNIOS E IDENTIDADES.
MEMÓRIAS:
- Mecanismos de construção e socialização da memória: da memória
individual às memórias colectivas.
- Espaços de memória: a memória individual (a biografia); a memória familiar; a memória comunitária; a mistificação historiográfica da memória nacional.
- A memória do trabalho, da empresa, dos sindicatos, do movimento operário
- A memória do espaço e o espaço da memória: construções e representações do Espaço
PATRIMÓNIOS:
- O património natural, histórico, cultural como instrumento de
desenvolvimento sustentável: estudos de caso.
- Património agrícola, industrial, marítimo, iconográfico, religioso:
recenseamento, preservação e dinamização cultural.
- A regulamentação nacional e internacional dos patrimónios: os conflitos de interesse.
IDENTIDADES E ALTERIDADES:
- Comunidades e sociedades: identidades de grupo, locais e nacionais. A
polémica dos bairrismos e dos nacionalismos
- Identidades como factores de inclusão e de exclusão social. As diferenças entre identidades
- Convívios difíceis: os confrontos de identidades no espaço português,
europeu e mundial.
- Jogos de alteridade: integração de emigrantes e de minorias étnicas e/ou religiosas.
- Expansionismo europeu e processos de colonização: identidades em
confronto.
- A redução à identidade: mecanismos de redução da diferença.
- Fronteiras: geográficas, linguísticas, culturais, religiosas, económicas...
Apela-se à submissão de propostas de comunicações de 15 minutos. Estas
deverão contemplar, como elementos obrigatórios, um resumo (máximo de 500 palavras), incluindo até 4 palavras-chave e um breve CV (limite de 1 página), com a indicação do objecto, objectivos, enfoque teórico e sustentação empírica.
O prazo de submissão de comunicações decorre até 30 de Abril de 2009,
devendo as propostas ser enviadas para: aphes29@letras.up.pt As comunicações serão seleccionadas até 30 de Maio de 2009 e o texto completo (máximo de 7.500 palavras, incluindo notas) deverá ser remetido até 30 de Setembro de 2009, de modo a ficar disponível online na página do Encontro.
Para mais informação, consultem, por favor, a página web do Congresso,
web.letras.up.pt/aphes29, ou a Comissão organizadora: aphes29@letras.up.pt
Línguas oficais: Português e Inglês
NOTE BEM:
Ainda que o call for papers seja dirigido ao tema principal do Congresso,
serão aceites propostas de painéis e comunicações sobre outros temas,
nas áreas de história económica e de história social.
http://web.letras.up.pt/aphes29/
http://www.aphes.pt/documentos/1234996195N4yXJ5lm6Qv56DO1.pdf
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