Prepara-se operação de monta em Belém, no sentido da construção de um novo museu dos coches, o museu português mais visitado.
Vi agora a reportagem na Sic Notícias. O autor é um arquitecto brasileiro de renome. Admito que a obra vai ser boa para a cidade e para o país, dada a colecção de coches que Portugal tem. Percebo também a intenção política subjacente a este mega-projecto.
Escusava talvez o arquitecto em causa, se entendi bem, de sugerir que os eventuais discordantes de projectos de mudança deste tipo são "reaccionários" (terei ouvido bem?... pode ser confusão minha). Pareceu-me até ouvir uma palavra mais fortemente ofensiva, mas pode ter sido mais uma vez confusão auditiva minha. Problemas de quem lê muito, talvez... e vê pouca televisão.
Também parece ser impossível que o Museu dos Coches esteja pronto aquando da comemoração, no próximo ano, do centenário da Repúbica.
O que é certo é que o sítio onde têm funcionado os serviços de Arqueologia (ex-IPA, agora parte do IGESPAR) vai deixar de ser onde está (pois toda aquela área fica para o futuro museu dos Coches), e também, por vontade da Marinha, o Museu Nacional de Arqueologia vai ser desalojado do sítio (Jerónimos) onde está desde a primeira república.
Não julgo ser reaccionário, nem imobilista, mas pergunto:
- onde está o projecto do novo Museu Nacional de Arqueologia?
- onde está o projecto dos novos serviços de arqueologia do IGESPAR?
Para haver uma situação de equidade entre patrimónios, era bom que os arqueólogos e a arqueologia não viessem sempre na cauda, isto é, muito depois de forças poderosas que competem por espaços e por visibilidades patrimoniais. O assunto foi objecto de uma discussão nacional? Os arqueólogos e museólogos foram recebidos no início de todos estes processos, na sua fase inicial de equacionamento, como parceiros de opinião?
Se foram, e se sou eu que estou distraído, ou ignorante de qualquer facto importante, agradeço ser informado e esclarecido.
Quem se dedica ao estudo tem pouco tempo para estar a par de tudo, mesmo de decisões que nos dizem respeito a todos.
Vi agora a reportagem na Sic Notícias. O autor é um arquitecto brasileiro de renome. Admito que a obra vai ser boa para a cidade e para o país, dada a colecção de coches que Portugal tem. Percebo também a intenção política subjacente a este mega-projecto.
Escusava talvez o arquitecto em causa, se entendi bem, de sugerir que os eventuais discordantes de projectos de mudança deste tipo são "reaccionários" (terei ouvido bem?... pode ser confusão minha). Pareceu-me até ouvir uma palavra mais fortemente ofensiva, mas pode ter sido mais uma vez confusão auditiva minha. Problemas de quem lê muito, talvez... e vê pouca televisão.
Também parece ser impossível que o Museu dos Coches esteja pronto aquando da comemoração, no próximo ano, do centenário da Repúbica.
O que é certo é que o sítio onde têm funcionado os serviços de Arqueologia (ex-IPA, agora parte do IGESPAR) vai deixar de ser onde está (pois toda aquela área fica para o futuro museu dos Coches), e também, por vontade da Marinha, o Museu Nacional de Arqueologia vai ser desalojado do sítio (Jerónimos) onde está desde a primeira república.
Não julgo ser reaccionário, nem imobilista, mas pergunto:
- onde está o projecto do novo Museu Nacional de Arqueologia?
- onde está o projecto dos novos serviços de arqueologia do IGESPAR?
Para haver uma situação de equidade entre patrimónios, era bom que os arqueólogos e a arqueologia não viessem sempre na cauda, isto é, muito depois de forças poderosas que competem por espaços e por visibilidades patrimoniais. O assunto foi objecto de uma discussão nacional? Os arqueólogos e museólogos foram recebidos no início de todos estes processos, na sua fase inicial de equacionamento, como parceiros de opinião?
Se foram, e se sou eu que estou distraído, ou ignorante de qualquer facto importante, agradeço ser informado e esclarecido.
Quem se dedica ao estudo tem pouco tempo para estar a par de tudo, mesmo de decisões que nos dizem respeito a todos.
1 comentário:
Não deixa de ser bizarro que o centenário da República seja comomorado com a exposição dos coches...de D. João V.
Era mais importante fazer-se uma reflexão crítica sobre a história da I República. Mas parece que ninguém vai querer fazer isso...
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