Damien Hirst
Source: http://skullcull.wordpress.com/2008/03/19/take-art-damien-hirst/
© November 2001 Douglas Harper
http://www.etymonline.com/:
pornography
"1857, "description of prostitutes," from Fr. pornographie, from Gk. pornographos "(one) writing of prostitutes," from porne "prostitute," originally "bought, purchased" (with an original notion, probably of "female slave sold for prostitution;" related to pernanai "to sell," from PIE root per- "to traffic in, to sell," cf. L. pretium "price") + graphein "to write." Originally used of classical art and writing; application to modern examples began 1880s. Main modern meaning "salacious writing or pictures" represents a slight shift from the etymology, though classical depictions of prostitution usually had this quality.
"I shall not today attempt further to define the kinds of material I understand to be embraced within that shorthand description [hard-core pornography]; and perhaps I could never succeed in intelligibly doing so. But I know it when I see it, and the motion picture involved in this case is not that." [U.S. Supreme Court Justice Potter Stewart, concurring opinion, "Jacobellis v. Ohio," 1964]
Pornographer is earliest form of the word, attested from 1850. Pornocracy (1860) is "the dominating influence of harlots," used specifically of the government of Rome during the first half of the 10th century by Theodora and her daughters."
Source:
http://www.etymonline.com/index.php?term=pornography
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obscene
"1593, "offensive to the senses, or to taste and refinement," from M.Fr. obscène, from L. obscenus "offensive," especially to modesty, originally "boding ill, inauspicious," perhaps from ob "onto" + cænum "filth." Meaning "offensive to modesty or decency" is attested from 1598. Legally, in U.S., it hinged on "whether to the average person, applying contemporary community standards, the dominant theme of the material taken as a whole appeals to a prurient interest." [Justice William Brennan, "Roth v. United States," June 24, 1957]; refined in 1973 by "Miller v. California":
The basic guidelines for the trier of fact must be: (a) whether 'the average person, applying contemporary community standards' would find that the work, taken as a whole, appeals to the prurient interest, (b) whether the work depicts or describes, in a patently offensive way, sexual conduct specifically defined by the applicable state law; and (c) whether the work, taken as a whole, lacks serious literary, artistic, political, or scientific value. "
Source: http://www.etymonline.com/index.php?search=obscene&searchmode=none
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agony
"late 14c., "mental suffering" (esp. that of Christ in the Garden of Gethsemane), from L.L. agonia, from Gk. agonia "a (mental) struggle for victory," originally "a struggle for victory in the games," from agon "assembly for a contest," from agein "to lead" (see act). Sense of "extreme bodily suffering" first recorded c.1600.
agonist
1914, in writings on Gk. drama, from Gk. agonistes, lit. "combatant in the games" (see agony)."
Fonte: http://www.etymonline.com/index.php?search=agony&searchmode=nl
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erotic
"1621 (implied in erotical), from Fr. érotique, from Gk. erotikos, from eros (gen. erotos) "sexual love" (see Eros). Eroticize is from 1914. Erotomaniac "one driven mad by passionate love" (sometimes also used in the sense of "nymphomaniac") is from 1858. Erotica (1854) is from Gk. neut. pl. of erotikos "amatory," from eros; originally a booksellers' catalogue heading. "
Fonte: http://www.etymonline.com/index.php?search=erotic&searchmode=nl
eros
"god of love, late 14c., from Gk., lit. "love," related to eran "to love," erasthai "to love, desire," of unknown origin. Freudian sense of "urge to self-preservation and sexual pleasure" is from 1922. Ancient Gk. distinguished four different kinds of love: eros "sexual love;" phileo "have affection for;" agapao "have regard for, be contented with;" and stergo, used especially of the love of parents and children or a ruler and his subjects. "
A partir destas citações, que se conclui? Muita coisa, mas agora só breve nota.
Que a pornografia, a que damos uma conotação normalmernte negativa, por oposição a erotismo, pode ser tomada em muitos sentidos. Originariamente estava ligada à descrição (grafia, por oposição a logia, que é ciência, razão, diferenciando-se de simples descrição, tal como dizemos etnografia e etnologia) de mulheres que eram uma mercadoria, objecto de comércio, escravas, prostitutas. Só modernamente o sentido reaparece, como invenção dos últimos séculos, articulado a algo de moralmente reprovável (“salacious”).
Com o desenvolvimento da imagem (fotografia, cinema, televisão, e o que tudo isso anuncia de um mundo indistinto entre o chamado real e o chamado virtual) e com a sofisticação moderna dos jogos de sedução pela imagem, já se vê que juízos morais do passado, mais que hipócritas (a sociedade que condena a “pornografia” é a que a inventa e avidamente a consome) deveriam ser revistos. Hoje parte da arte contemporânea liga-se à pornografia e essa parte a que me refiro e não posso aqui desenvolver por falta de tempo é muito interessante. Trata-se de abater dicotomias moralistas, atitudes pudicas da maior hipocrisia, numa sociedade dominada pelo crime maior, que é o da exploração e o do lucro a curto prazo, pelas máfias, pelas economias paralelas, pela destruição do ambiente, por toda a casta de “poucas vergonhas”...
E nada disto tem a ver com uma atitude de contemporização relativamente a uma exploração industrial do ser humano (homem ou mulher) em termos “sexuais”, e muito menos com a pedofilia, um crime. É um assunto que me interessa pensar e a que hei-de voltar. Por outro lado, "obsceno" não significa propriamente apenas "fora de cena", que se não pode ou deve ver, mas está conotado com toda uma teia de juízos morais e de gosto que se geram na modernidade. E agonia, que ligamos à ideia de morte, está evidentemente articulada com o limiar transcendente do pathos orgásmico, altamente erótico (ou pornográfico), simbolizado pela figura desnuda de Cristo na cruz (de que a subversão feminista é apenas uma variante), sublime e sublimando o seu desígnio mais que heróico, o seu desígnio de completar a obra de Deus. É toda a união da dor máxima com o prazer máximo, o limite, que aí emerge. Enfim, isto é pano para muita manga... mas tem de se voltar a Foucault (etc) e pensar muito nisto tudo.
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