Exposição e actividades sobre Arte e Islão
na Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, Lisboa
Será que existe uma Arte Islâmica? Quais são as suas características? Será o Islão uma religião, uma cultura, uma civilização?
Estas são algumas das questões colocadas pela comissária da exposição Olhares Cruzados Sobre Arte e Islão, Inês Fialho Brandão, patente na Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves entre 20 de Outubro de 2007 e 2 de Março de 2008.
Dos cerca de 50 objectos, muitos expostos pela primeira vez, destaca-se a colecção de cerâmicas turcas e persas da Casa-Museu e uma ilustração de Maomé do acervo do Museu Calouste Gulbenkian. Ao longo da exposição, os olhares do arqueólogo Cláudio Torres, do Imam da Mesquita de Lisboa, Sheikh David Munir, do historiador Rui Santos e da comissária da exposição cruzam-se para revelar os objectos nos seus múltiplos significados.
A exposição é complementada por um programa educativo diversificado, que contempla visitas temáticas gratuitas, aos sábados às 16h (27/10, 19/01, 01/03) e aos domingos às 11h30 (21/10, 18/11, 02/12, 17/02 e 02/03); cursos sobre a História do Islão (25/10 a 13/12) e História da Arte Islâmica (10/01 a 28/02). O valor será de €80 para público em geral e €70 para membros do Grupo de Amigos da CMAG e alunos da Companhia do Eu; passeios pela Lisboa Muçulmana e pelo Al-Andalus As inscrições para estas actividades serão efectuadas através dos números 213540823 / 213540923. Informações mais detalhadas podem ser consultadas em www.blogdacmag.blogspot.com
2 comentários:
Um dos principais "erros" da visão ocidental sobre o Islão é vê-lo como algo monolítico e unitário. Pelo contrário, é um mosaico com imensa diversidade e também com imensas contradições.
Curiosamente é um tipo de visão que, pela simplificação extrema em que assenta, apenas favorece as visões fanatizadas e fundamentalistas que emeregem na sociedade contemorânea. Estas visões alimentam-se dum Islão mítico que nunca existiu mas que para eles representa uma certa "idade dourada".
Absolutamente pertinente afirmação. É como quando uma pessoa diz, "adoro África", quando seria absurdo dizer "adoro da Europa", dada a extrema diversidade de ambas.Já leu o livro de Said, Orientalismo? Ele desmistificou estes exotismos... dito tudo isto, quando se vai a um país islâmico, isso marca, e é quase inevitável uma certa nostalgia mitologizante... há mulheres (às vezes só um olhar), monumentos, desertos, odores, sabores, e palmeirais tão aprazíveis! Apetece entrar naquele universo tão opaco para nós.Hmmm.....
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