O que se passou no aeroporto do Porto no dia 27 de Fevereiro com os passageiros de uma companhia "low cost" (voo para Paris) é de tipo kafkiano.
Uma pessoa (neste caso duas) levanta-se de madrugada, faz o check-in a tempo, prepara-se para embarcar e... fica a secar. A partida foi sucessivamente adiada. Os próprios funcionários iam dando dicas: demasiado nevoeiro no aeroporto de onde saía o avião que nos haveria de transportar... condições difíceis de operar em aeroportos secundários... dificuldade de encontrar avião de substituição, embora já estivesse um a caminho do Porto... etc. Chega o avião, de outro aeroporto, mas com avaria. Novo adiamento, o tempo avança. Saída e entrada pela secção de segurança pelo menos duas vezes, pois tão depressa se desistia porque era anunciado o cancelamento do voo, como afinal o avião já ia partir. Malas dentro ou fora do avião avariado? Enigma. Telefonemas para agência conhecida, telefonemas para amigos para ajudarem, corridas à James Bond em carros no aeroporto, quase 600 euros desembolsados à pressa com novos bilhetes de ida e volta para duas pessoas - após 200 euros já antes gastos com o "low cost" (espera-se agora reembolso...)... - enfim, todos os condimentos do absurdo. Nunca me senti tão bem dentro de um avião de uma companhia regular e, quando já noite comprei um livro numa daquelas livrarias que só fecham às 24 horas, no Quartier Latin, pensei estar no paraíso.
Inferno e paraíso estão separados por uma pequena linha, mas às vezes custa a atravessar! O que se passa com as viagens aéreas hoje em dia (no regresso, pela janela, vimos passar perto do nosso um outro avião em sentido contrário, como se fosse um táxi) é um reflexo da sociedade louca em que nos encontramos. A mesma que, nessa semana em Paris, discutia os problemas do ambiente e a situação para que estamos a caminhar, também nesse domínio...
Uma pessoa (neste caso duas) levanta-se de madrugada, faz o check-in a tempo, prepara-se para embarcar e... fica a secar. A partida foi sucessivamente adiada. Os próprios funcionários iam dando dicas: demasiado nevoeiro no aeroporto de onde saía o avião que nos haveria de transportar... condições difíceis de operar em aeroportos secundários... dificuldade de encontrar avião de substituição, embora já estivesse um a caminho do Porto... etc. Chega o avião, de outro aeroporto, mas com avaria. Novo adiamento, o tempo avança. Saída e entrada pela secção de segurança pelo menos duas vezes, pois tão depressa se desistia porque era anunciado o cancelamento do voo, como afinal o avião já ia partir. Malas dentro ou fora do avião avariado? Enigma. Telefonemas para agência conhecida, telefonemas para amigos para ajudarem, corridas à James Bond em carros no aeroporto, quase 600 euros desembolsados à pressa com novos bilhetes de ida e volta para duas pessoas - após 200 euros já antes gastos com o "low cost" (espera-se agora reembolso...)... - enfim, todos os condimentos do absurdo. Nunca me senti tão bem dentro de um avião de uma companhia regular e, quando já noite comprei um livro numa daquelas livrarias que só fecham às 24 horas, no Quartier Latin, pensei estar no paraíso.
Inferno e paraíso estão separados por uma pequena linha, mas às vezes custa a atravessar! O que se passa com as viagens aéreas hoje em dia (no regresso, pela janela, vimos passar perto do nosso um outro avião em sentido contrário, como se fosse um táxi) é um reflexo da sociedade louca em que nos encontramos. A mesma que, nessa semana em Paris, discutia os problemas do ambiente e a situação para que estamos a caminhar, também nesse domínio...
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