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Fascínio por tudo o que são interfaces.
Muito particularmente cortinas.
Limiares.
O suspense entre o presente e o futuro.
O espectáculo prestes a começar.
O que (mal) se esconde por detrás do que se vê.
O desvelamento; a ocultação/desocultação - e todo o seu jogo.
Teatros (palcos), veredas (cujo sentido se perde na vegetação próxima), labirintos, jardins, a superfície do mar, o rosto humano, as janelas acesas, o silêncio da distância vista através de um binóculo, os passos que atravessam uma porta.
O primeiro encontro, o seu sorriso hesitante.
As praias da chegada.
A encenação do mundo, o enigma entre o visível e o invisível, a pequena frincha, o "craquelé" de uma parede, o mutismo das estátuas.
Um sítio arqueológico e a profunda estupefacção perante ele: o que fazer?
O fascínio de perceber o que poderá estar por detrás, o pressentimento de que há "um sentido" que pode unir as coisas.
A ânsia do modelo, tornada entretenimento e espectáculo.
A volta à infância, ao jogo, à "inutilidade" da brincadeira: antes do mundo se organizar por funções a cumprir.
Nostalgia.
Atenção aos pequenos traços.
Fonte da imagem acima: http://www.shutterstock.com/cat-11p2.html
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