Admiro muito Mark Knopfler, é um rei quando está no palco com a sua guitarra, mas tenho de admitir que por vezes é um pouco "dolicodoce..."
Bob Dylan é, definitivamente, o meu artista pop preferido. A sua poesia "acre", a força "profética" das suas canções faz-me sentir inveja e nostalgia de não ter podido ser um cantor pop.
Não pela "fame and fortune", que também saberiam bem, mas, claro, sobretudo pelo prazer da arte, por esta nova forma de arte popular urbana que a "cultura jovem" nos trouxe a partir dos anos 60 do século XX. Acho que todos os que são comunicadores sentem essa nostalgia: não basta fazer algo de belo ou sublime (?), é preciso isso ter eco, ser feito no meio da multidão, como nos rituais antigos.
Sobretudo se a pessoa pudesse cantar no mais total silêncio, a partir da sua intimidade, e sentir esse abraço da multidão, essa adrelanina tremenda, sem ter de ensurdecer depois com os aplausos.
Ouvindo só o aplauso interior, que acontece quando se faz algo bem, mesmo bem:
You were great.
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