terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

ágata

sobre o marmóreo banco de onde se vê o azul do egeu
e no qual estendes a alvura do teu corpo togado
dá-se por vezes uma metamorfose:

as tuas veias passam azuis para o mármore
o mar refulge vermelho de sangue
e o teu rosto vira-se para o observador
na sua inexistência:

oh nostalgia, que apenas me deixaste o teu anel de ágata
juntamente com o dedo que ele cingia, sobre o banco,

e no entanto sinto tudo tão presente, tão real

a força bruta de continuar aqui, imerso



em memória de fiama h. p. b.

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