sobre o marmóreo banco de onde se vê o azul do egeu
e no qual estendes a alvura do teu corpo togado
dá-se por vezes uma metamorfose:
as tuas veias passam azuis para o mármore
o mar refulge vermelho de sangue
e o teu rosto vira-se para o observador
na sua inexistência:
oh nostalgia, que apenas me deixaste o teu anel de ágata
juntamente com o dedo que ele cingia, sobre o banco,
e no entanto sinto tudo tão presente, tão real
a força bruta de continuar aqui, imerso
em memória de fiama h. p. b.
Sem comentários:
Enviar um comentário