Nesta primeira parte do percurso passámos pelas localidades de Asni e Ouirgane.
Atenção: a maior parte das imagens de paisagens e até de arquitecturas que pude colher nesta viagem foram tiradas de jeep, e nem sempre são de qualidade mínima. Têm (se tiverem...) um valor sobretudo documental, até porque eu considerei, como sempre faço, esta deslocação como uma experiência, em que estudo e lazer se tentaram conjugar, e não dissociar. Só que um "pacote turístico" condiciona muito os movimentos. Estamos sujeitos a um regime quase infantil... mas enfim.
Percurso de milhares de quilómetros - que incluíu uma noite dormindo num autêntico catre no deserto, junto à fronteira com a Argélia - mesmo as paragens eram curtas, apesar dos hotéis de qualidade, etc. Para além disso, os marroquinos não gostam muito de ser fotografados, o que se compreende. Normalmente, se solicitados nesse sentido, não põem quaisquer problemas, mas nem sempre há tempo, porque uma semana não é nada para conhecer toda esta belíssima e riquíssima região das arquitecturas de terra (e não só, claro) do Sul de Marrocos. É uma zona de passagem, com uma história muito complexa e desconhecida da maior parte de nós, não especialistas do mundo árabe, como felizmente não acontece com alguns colegas meus bem conhecidos, que têm muitos contactos com Marrocos. Seria precisa uma vida para perceber o que se está a ver, mas, para ser mais realista, pelo menos alguns meses, e ir com pessoas conhecedoras e motivadas. Trata-se de uma cultura diferente da nossa, e, a seu modo, requintadíssima, como se sabe. Por isso perdoem-me as imagens de turista e de fotógrafo apressado, ainda por cima sem poder abrir as janelas devido ao calor (ar condicionado), por vezes sufocante, não tanto pela intensidade, mas por estar ligado a um ambiente de tempestade. Chegou a chover no deserto, coisa rara!
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