"Eric Rohmer é um dos grandes mestres do cinema francês (e mundial). Está em exibição nos cinemas Medeia Cidade do Porto, o seu último filme OS AMORES DE ASTREA E DE CELADON, adaptação de «uma louca história de amor barroca». O erotismo delicado e subtil, o humor, e uma grande mestria na adaptação da obra e na realização, fazem da estreia deste filme o mais importante acontecimento da rentrée cinematográfica. Absolutamente a não perder.
Estreou no dia 4 de Setembro, em exclusivo nos cinema Medeia Cidade do Porto
OS AMORES DE ASTREA E DE CELADON / LES AMOURS D'ASTRÉE ET DE CÉLADON
um filme de Eric Rohmer
com Andy Gillet, Stéphanie Crayencours, Cécile Cassel, Serge Renko
Festival Internacional de Veneza, Selecção Oficial em Competição
O realizador adapta o romance pastoril de Honoré d’Urfé (1567-1625), e assina um filme de amor excepcional, com suspense de cortar a respiração. [...]o incrível texto L’Astrée [é] a mais louca história de amor da literatura barroca. Ele conta-nos como na época gaulesa a pastora Astrea e o pastor Celadon verão o seu puro amor ameaçado por um mal-entendido que nada tem de trágico, em que a primeira está convencida da morte por afogamento do segundo, que na verdade se esconde no fundo de uma floresta para respeitar um absurdo juramento exigido, crê ele, pela sua amada.
Olivier Seguret, Libération
Ao adaptar o célebre romance de Honoré d’Urfé, Eric Rohmer, 87 anos, realiza o filme mais comovente, sensual, alegre, poético do momento: a infância da arte.
[...]A realização de Rohmer, depurada, transparente, a sua atenção extrema (quase Straubiana) a todas as manifestações da natureza (acidentes luminosos, vento nos tecidos e nos cabelos, burburinho musical do mundo) joga torrentes de luz nestes jogos de máscaras e de falsas parecenças. Rohmer julga intacto o poder de deslumbramento de um ponto de vista cinematográfico, este bem falso que não o é completamente, preciosa pegada, rasto sagrado. E este filme, o mais alegre do autor desde há muito (depois dos muito sombrios A Inglesa e o Duque e Agente Triplo ), de uma frescura e de uma euforia desmedidas, poderia quase ser o primeiro filme do mundo tanto ele manifesta uma alegria quase infantil (ingénua e contudo infinitamente maliciosa) no pensar e agenciar os planos.
Jean Marc Lalanne, Les Inrockuptibles
Desde os heróicos anos 60 da Nova Vaga francesa, Eric Rohmer mantém-se um cineasta da palavra e de todas as suas subtilezas eróticas. Em Os Amores de Astrea e de Celadon adapta um clássico francês do começo do século XVII para fazer um filme que é uma exaltação do amor e uma celebração de um cinema paradoxal, primitivo pela sua proximidade da natureza, moderníssimo pelo seu risco estético e ético.
João Lopes, Diário de Notícias *****
Os Amores de Astrea e de Celadon é um filme tocado pela graça.
Luís Miguel Oliveira, Público ****
É de jogos, da bela, alegre e por vezes dramática «marivaudage» que trata quase sempre o cinema de Rohmer. Deste modo, os amores de Astrea de de Celadon, principalmente com a sua terceira parte, pode inscrever-se também na série de «comédias e provérbios».
Manuel Cintra Ferreira, Expresso *****"
Fonte: Medeia/Atalanta
Sem comentários:
Enviar um comentário