Sempre quis amar porque tinha uma curiosidade fundamental: como é que era depois. Depois do amor. Conhecer o abismo depois de o atravessar. E ver se morria, ou, pelo contrário, ver se era então que poderia começar a viver, por mim, livre dessa obsessão, livre da tirania das emoções e dos afectos,
dos enleios e dos enlevos. Quis amar para ver mais claro as planícies que estão para além dos grandes desertos do amor. Para cruzar as paredes que se me atravessavam no caminho, me fascinavam, e obstinadamente me queriam fazer parar. Sempre quis amar para poder libertar-me, e, tal como aquele que é beneficiário de um milagre, levantar-me, ressuscitar depois, livre para caminhar por mim.
dos enleios e dos enlevos. Quis amar para ver mais claro as planícies que estão para além dos grandes desertos do amor. Para cruzar as paredes que se me atravessavam no caminho, me fascinavam, e obstinadamente me queriam fazer parar. Sempre quis amar para poder libertar-me, e, tal como aquele que é beneficiário de um milagre, levantar-me, ressuscitar depois, livre para caminhar por mim.
Foto: Ernesto Timor
Fonte: http://www.ernestotimor.com/
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