
Lisboa, Campo de Ourique, foto tirada por um amigo do meu pai (cuja mão se vê pousada) em 10 de Julho de 1949 (tinha 18 meses).

Marrocos, com "malta" da minha turma de História da Faculdade de Letras de Lisboa, férias da Páscoa de 1969.
Esta miúda veio sentar-se ao meu colo só para a foto (para eu no fim desembolsar, claro...), mas... dançava muito bem. Jamais vi depois dança tão sensual.
O ano de 1969 foi um dos marcos do meu "percurso".
Quando cheguei a Lisboa, tinha em casa uma carta da Gulbenkian a conceder-me a primeira bolsa da minha vida, para ir a Marselha, a um colóquio sobre computadores em arqueologia... bons tempos! Mas... tive de partir dois dias depois e passei o domingo de Páscoa no aeroporto de Nice na mais total solidão (quando isso ainda doía) à espera de uma ligação... acabei por embarcar num avião tão pequeno, tão velho, tão lento, e tão mau que julguei ser o meu último dia. Ao lado, um passageiro muçulmano lia o Corão, de trás para a frente, como é normal, mas isso acentuava a tontura que a extrema turbulência e o cansaço me provocavam.
Foi um colóquio (dirigido por Jean-Claude Gardin) angustiado, difícil, acompanhado pelo espectro de um ciclo da minha vida emocional que acabava. Mas muita coisa começava também...
Factores de continuidade e factores de contraste entre a minha "alegria" (?) de Marrocos e a minha ansiedade (?) de Marselha...
Esta miúda veio sentar-se ao meu colo só para a foto (para eu no fim desembolsar, claro...), mas... dançava muito bem. Jamais vi depois dança tão sensual.
O ano de 1969 foi um dos marcos do meu "percurso".
Quando cheguei a Lisboa, tinha em casa uma carta da Gulbenkian a conceder-me a primeira bolsa da minha vida, para ir a Marselha, a um colóquio sobre computadores em arqueologia... bons tempos! Mas... tive de partir dois dias depois e passei o domingo de Páscoa no aeroporto de Nice na mais total solidão (quando isso ainda doía) à espera de uma ligação... acabei por embarcar num avião tão pequeno, tão velho, tão lento, e tão mau que julguei ser o meu último dia. Ao lado, um passageiro muçulmano lia o Corão, de trás para a frente, como é normal, mas isso acentuava a tontura que a extrema turbulência e o cansaço me provocavam.
Foi um colóquio (dirigido por Jean-Claude Gardin) angustiado, difícil, acompanhado pelo espectro de um ciclo da minha vida emocional que acabava. Mas muita coisa começava também...
Factores de continuidade e factores de contraste entre a minha "alegria" (?) de Marrocos e a minha ansiedade (?) de Marselha...
Sem comentários:
Enviar um comentário