domingo, 30 de março de 2008

ZAPATISMO, Poder e Estado

ZAPATISMO,
PODER e ESTADO



seminário com

JOHN HOLLOWAY



ISCTE | Auditório B203 | 9 DE ABRIL 2008 | 18:00





O levantamento zapatista mudou a ideia de transformação social radical, constituindo-se como um desafio prático e teórico que exige reflexão e debate. O que pode significar querer mudar o mundo sem tomar o poder? O que é uma política de dignidade? O que significa afirmar "caminhamos perguntando"? Que sentido pode adquirir o zapatismo na cidade? É sobre estas questões que se debruçará o seminário.



*



John Holloway nasceu em Dublin. Professor da Universidade de Edimburgo desde 1972, é desde os anos 70 um dos mais destacados dinamizadores da corrente conhecida como Open Marxism. Actualmente é professor na Benemérita Universidad Autónoma de la ciudad de Puebla, no México. Publicou livros e ensaios em vários países, de Post Fordism and Social Form - a Marxist debate on the Post-Fordism State até Zapatista! Reinventing revolution in México. Em 2002 publicou Changing the World without Taking Power – The Meaning of Revolution Today, livro também publicado no Brasil com o título Mudar o Mundo sem Tomar o Poder – O Significado da Revolução Hoje. Este livro, ao colocar em cima da mesa questões tais como a crise do sujeito revolucionário "clássico", a crítica da noção de revolução enquanto estrutura de poder e dominação, a centralidade do trabalho abstracto na ideia estatocêntrica de revolução ou, ainda, a ideia de autonomia como forma política anti-totalizadora do sujeito transformador, colocou o pensamento de John Holloway no centro de um intenso e polémico debate político e teórico, travado desde a França até à Argentina.







Organização


Centro de Estudos de Antropologia Social / ISCTE


Centro de Estudos de História Contemporânea Portuguesa / ISCTE



Le monde diplomatique – edição portuguesa





Apoio



Fundação para a Ciência e Tecnologia





INSCRIÇÕES ATÉ DIA 7 DE ABRIL

Por e-mail para: ceas@iscte.pt





[Entrada gratuita. Lugares limitados]



[Confere certificado]



[John Holloway intervirá em espanhol]



[Será previamente fornecido aos inscritos um texto de John Holloway]

3 comentários:

luguara disse...

(…) mudar o mundo sem tomar o poder?

É conseguir-se gerar um modo de relacionamento entre cidadãos e entre estes e os estados, pela nossa “impregnação” com uma cultura política que engendre uma prática de gestão do social em todas as suas componentes, níveis e sentidos - com uma forma e profundidade determinantes - em que o poder só seja legitimo, passível de ser exercido e respeitado, se fundado na negação permanente de toda e qualquer dominação d@ “outr@”, tanto por quem o exerça, como por aqueles a quem se destinam os seus actos, em qualquer área das relações humanas.

Portanto, mudar o mundo sem tomar o poder será, então, o exercício permanente da liberdade duma forma que automaticamente e permanentemente volatilize quaisquer dominações, sendo esta natureza da mudança a essência das relações humanas vividas por tod@s ao invés da liberdade ser a clássica miragem duma fantasiada terra prometida, animando-nos a travessia do deserto de felicidade que, hoje, consubstancia a tirania, toda e qualquer que seja, incluindo a da representação democrática d@ outr@. Luiz Araújo - SOS Habitat Acção Solidária (Angola)

luguara disse...

(…) mudar o mundo sem tomar o poder?

É conseguir-se gerar um modo de relacionamento entre cidadãos e entre estes e os estados, pela nossa “impregnação” com uma cultura política que engendre uma prática de gestão do social em todas as suas componentes, níveis e sentidos - com uma forma e profundidade determinantes - em que o poder só seja legitimo, passível de ser exercido e respeitado, se fundado na negação permanente de toda e qualquer dominação d@ “outr@”, tanto por quem o exerça, como por aqueles a quem se destinam os seus actos, em qualquer área das relações humanas.

Portanto, mudar o mundo sem tomar o poder será, então, o exercício permanente da liberdade duma forma que automaticamente e permanentemente volatilize quaisquer dominações, sendo esta natureza da mudança a essência das relações humanas vividas por tod@s ao invés da liberdade ser a clássica miragem duma fantasiada terra prometida, animando-nos a travessia do deserto de felicidade que, hoje, consubstancia a tirania, toda e qualquer que seja, incluindo a da representação democrática d@ outr@. Luiz Araújo - SOS Habitat Acção Solidária (Angola)

luguara disse...

(…) mudar o mundo sem tomar o poder?

É conseguir-se gerar um modo de relacionamento entre cidadãos e entre estes e os estados, pela nossa “impregnação” com uma cultura política que engendre uma prática de gestão do social em todas as suas componentes, níveis e sentidos - com uma forma e profundidade determinantes - em que o poder só seja legitimo, passível de ser exercido e respeitado, se fundado na negação permanente de toda e qualquer dominação d@ “outr@”, tanto por quem o exerça, como por aqueles a quem se destinam os seus actos, em qualquer área das relações humanas.

Portanto, mudar o mundo sem tomar o poder será, então, o exercício permanente da liberdade duma forma que automaticamente e permanentemente volatilize quaisquer dominações, sendo esta natureza da mudança a essência das relações humanas vividas por tod@s ao invés da liberdade ser a clássica miragem duma fantasiada terra prometida, animando-nos a travessia do deserto de felicidade que, hoje, consubstancia a tirania, toda e qualquer que seja, incluindo a da representação democrática d@ outr@.

Luiz Araújo - SOS Habitat Acção Solidária (Angola)