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Poeta, dramaturga, ficcionista, ensaísta e tradutora, Fiama Hasse Pais Brandão nasceu em Lisboa em 1938, e faleceu na passada sexta-feira, com 69 anos.
Para Fernando Pinto do Amaral (notícia de "O Correio da Manhã", fonte indicada acima) Fiama é “um dos maiores poetas depois de Fernando Pessoa”. Concordo totalmente; e talvez isso não seja conhecido de muitas pessoas.
Da Enciclopédia Universal Multimédia On-Line
(http://www.universal.pt/scripts/hlp/hlp.exe/artigo?cod=2_146) permito-me transcrever:
Para Fernando Pinto do Amaral (notícia de "O Correio da Manhã", fonte indicada acima) Fiama é “um dos maiores poetas depois de Fernando Pessoa”. Concordo totalmente; e talvez isso não seja conhecido de muitas pessoas.
Da Enciclopédia Universal Multimédia On-Line
(http://www.universal.pt/scripts/hlp/hlp.exe/artigo?cod=2_146) permito-me transcrever:
"Ligada ao movimento Poesia 61, contribuiu para a colectânea dete grupo com "Morfismos". A sua escrita caracteriza-se, inicialmente, por uma forte contenção verbal, que centra a atenção na palavra enquanto matéria, em detrimento do discurso e da ornamentação deste. Ainda nos anos 60, a sua linguagem poética concede um maior espaço ao discurso, como alargamento das capacidades expressivas da palavra.
Conhecida sobretudo pelo seu trabalho poético, é também tradutora e autora de peças teatrais (Chapéus de Chuva, 1960; O Testamento, 1962; A Campanha, 1965; Quem Move as Árvores, 1979; Poe ou o Corvo, 1979; Sombras na Cara de Estefânea, 1980; Teatro-Teatro, 1990), de obras em prosa (O Retratado, 1976; Falar sobre o Falado, 1989 e Movimento Perpétuo, 1990), e ensaios (O Labirinto Camoniano e Outros Labirintos, 1985; Sílvia de Lisardo, 1989).
Entre as suas obras de poesia, contam-se Barcas Novas (1966), (Este) Rosto (1969), O Texto de Joan Zorro (1974, Prémio Casais Monteiro), Novas Visões do Passado (1975), Homenagem à Literatura (1976), Melómana (1978), Área Branca (1979), Éclogas de Agora (1986), Três Rostos (1989, Grande Prémio de Poesia INAPA/ Centro Nacional de Cultura), Obra Breve (1991), Cantos do Canto (1995), Epístolas e Memorandos (1995), F de Fiama (1997) e Cenas Vivas. Em 1998, estreou-se no romance com Sob o Olhar de Medeia. Em 1974, fundou o grupo teatral Teatro-Hoje, sendo a sua primeira encenadora. Ultimamente, tem-se dedicado à pesquisa histórica e literária sobre o século XVI em Portugal.
Em 2001, foi uma das galardoadas com o prémio literário do PEN Clube Português, com o livro Cenas Vivas."
Fiama recebera também em 2005 o Prémio da Associação de Críticos Literários pela sua última obra, ‘Contos da Imagem’.
Aconselho vivamente a compilação "Obra Breve" (apesar do título, é ainda um relativamente espesso livro...), organizada pela autora, e publicada em 1991 pela Ed. Teorema (Lisboa)*, cujo último texto, da série intitulada "Setembros", me permito aqui também transcrever (p. 584):
"O Sopro
Os meus poemas reunidos no seu todo
são o meu som. O meu sopro
está neles, não está a boca que os soou.
Fazer os poemas, através da vida,
é pegar em meus gritos emudecidos
para que fiquem, melódicos, em papéis."
Fiama, o seu sopro continua no nosso, que a lemos e amamos como voz inigualável.
* Republicada em 2006 pela Assírio & Alvim.
Conhecida sobretudo pelo seu trabalho poético, é também tradutora e autora de peças teatrais (Chapéus de Chuva, 1960; O Testamento, 1962; A Campanha, 1965; Quem Move as Árvores, 1979; Poe ou o Corvo, 1979; Sombras na Cara de Estefânea, 1980; Teatro-Teatro, 1990), de obras em prosa (O Retratado, 1976; Falar sobre o Falado, 1989 e Movimento Perpétuo, 1990), e ensaios (O Labirinto Camoniano e Outros Labirintos, 1985; Sílvia de Lisardo, 1989).
Entre as suas obras de poesia, contam-se Barcas Novas (1966), (Este) Rosto (1969), O Texto de Joan Zorro (1974, Prémio Casais Monteiro), Novas Visões do Passado (1975), Homenagem à Literatura (1976), Melómana (1978), Área Branca (1979), Éclogas de Agora (1986), Três Rostos (1989, Grande Prémio de Poesia INAPA/ Centro Nacional de Cultura), Obra Breve (1991), Cantos do Canto (1995), Epístolas e Memorandos (1995), F de Fiama (1997) e Cenas Vivas. Em 1998, estreou-se no romance com Sob o Olhar de Medeia. Em 1974, fundou o grupo teatral Teatro-Hoje, sendo a sua primeira encenadora. Ultimamente, tem-se dedicado à pesquisa histórica e literária sobre o século XVI em Portugal.
Em 2001, foi uma das galardoadas com o prémio literário do PEN Clube Português, com o livro Cenas Vivas."
Fiama recebera também em 2005 o Prémio da Associação de Críticos Literários pela sua última obra, ‘Contos da Imagem’.
Aconselho vivamente a compilação "Obra Breve" (apesar do título, é ainda um relativamente espesso livro...), organizada pela autora, e publicada em 1991 pela Ed. Teorema (Lisboa)*, cujo último texto, da série intitulada "Setembros", me permito aqui também transcrever (p. 584):
"O Sopro
Os meus poemas reunidos no seu todo
são o meu som. O meu sopro
está neles, não está a boca que os soou.
Fazer os poemas, através da vida,
é pegar em meus gritos emudecidos
para que fiquem, melódicos, em papéis."
Fiama, o seu sopro continua no nosso, que a lemos e amamos como voz inigualável.
* Republicada em 2006 pela Assírio & Alvim.
2 comentários:
Muito obrigada, não a conhecia!
É muito importante esta poeta.
Compre o livro da Assírio... eu tenho a edição antiga.Vale a pena.
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