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Uma cabeça emerge.
As polpas refulgem.
O começo é dourado.
Cheio de laivos de sangue
Espalhando-se sobre as polpas.
Envolvido por lábios encarniçados
Em não deixarem sair
O futuro, o que tem de sair
Para que o absurdo mais absurdo
Recomeça.
O devir. Como um caroço
Duro de roer.
Todo apertado pelo desejo
Entre os lábios que já foram sangue
E agora são de novo sangue.
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imagem: proveniente da blogosfera, sabem os deuses onde se gerou!
texto: um dos escribas/encenadores deste teatro de blogue, de seu nome voj, out. 2009
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