domingo, 25 de outubro de 2009

sangue







Uma cabeça emerge.

As polpas refulgem.

O começo é dourado.

Cheio de laivos de sangue
Espalhando-se sobre as polpas.

Envolvido por lábios encarniçados
Em não deixarem sair
O futuro, o que tem de sair

Para que o absurdo mais absurdo
Recomeça.

O devir. Como um caroço
Duro de roer.

Todo apertado pelo desejo
Entre os lábios que já foram sangue
E agora são de novo sangue.








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imagem: proveniente da blogosfera, sabem os deuses onde se gerou!
texto: um dos escribas/encenadores deste teatro de blogue, de seu nome voj, out. 2009

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