- Poche: 224 pages
- Editeur : Paris, Presses Universitaires de France - PUF (2003)
- Collection : Quadrige Grands textes
- Langue : Français
- ISBN-10: 2130539521
- ISBN-13: 978-2130539520
Transferência "(...) A PSICANÁLISE INVENTOU DE FACTO UMA NOVA FORMA DE AMOR CHAMADA TRANSFERÊNCIA." JACQUES-ALAIN MILLER (Lacan Dot Com)
sábado, 31 de outubro de 2009
diferença e repetição
Coloque na sua agenda de 2010...
Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Curso: Pensamento Crítico Contemporâneo: alguns representantes
Grau: Formação Contínua
Realização: 2009/2010
Iniciativa: Departamento de Ciências e Técnicas do Património
Informações:
Docente: Vítor Oliveira Jorge, prof. decano da FLUP – vojorge@clix.pt
Duração: 24 horas presenciais
Créditos: 2,5 ECTS - aprovados pelo Senado da UP
Calendário: 19 Abril a 7 Junho 2010
Horário: 2ª feiras das 19h30 às 22h30
Preço: Alunos, Antigos Alunos e Funcionários da UP - €95,00
Público em Geral - €140,00 + Seguro Escolar: 1,80€
Candidaturas Online - http://sigarra.up.pt/flup/cursos_geral.FormView?P_CUR_SIGLA=FCPCC
Prazo de Inscrição/pagamento: A indicar
Nota:
O processo de inscrição decorre via web no site dos Serviços de Informática da FLUP no endereço http://www.letras.up.pt/gi na opção Candidaturas
No processo de inscrição pode optar pelo pagamento com cartão de crédito (on-line) ou enviar cheque por correio ou, em alternativa, proceder ao pagamento na Tesouraria no piso 1 da FLUP (horário contínuo - 10h/16h).
Informação: A realização do curso depende de um nº mínimo de 12 formandos inscritos e a inscrição só é considerada válida após o respectivo pagamento.
Contactos:
Serviço de Gestão Académica - Sector de Formação Contínua
Via Panorâmica, s/nº 4150-564 Porto
Telef: 226077152 Email: gfec@letras.up.pt
Horário Atendimento: 10h00 às 16h00
Língua de Ensino
Português
Objectivos, Competências e Resultados de aprendizagem
Introduzir os formandos no “pensamento crítico contemporâneo” (com tudo o que esta designação tem de convencional), através de alguns dos seus nomes mais significativos. Estes pensadores são incontornáveis no sentido de se perceber o mundo em que vivemos. Em cada uma das oito sessões será abordado um autor, através de uma síntese do seu pensamento e da análise de um texto.
Programa
Apesar do carácter também convencional desta arrumação por “escolas de pensamento”, eis os autores a abordar:
1 – Estruturalismo: Jacques Lacan
2 – Pós-estruturalismo: Michel Foucault
3 – Pós-estruturalismo: Jacques Derrida
4 – Feminismo (2ª geração): Judith Butler
5 – Pós-marxismo: Giorgio Agamben
6 – Pós-marxismo: Slavoj Zizek
7 – Pós-modernidade : Jean Baudrillard
8 – Pós-modernidade: Jean-François Lyotard
Métodos de Ensino
As sessões serão activas, articulando a componente expositiva, a análise de textos a distribuir, e o debate com os formandos, possibilitando uma interacção entre formador e formandos.
Modo de Avaliação
Intervenção nas sessões, e breve relatório final
Cálculo da Classificação Final
Os formandos serão avaliados durante as etapas de ensino-aprendizagem (avaliação contínua, a que corresponde 25 % da classificação final) e por intermédio de um relatório final (a que corresponde 75% da classificação final).
A classificação será dada numa escala de 0 a 20 valores.
Observações
Dois manuais (mesmo muito) básicos, isto é, para quem não esteja minimamente dentro destes temas; será indicada bibliografia para cada autor abordado:
- Lechte, John (2008), Fifty Key Contemporary Thinkers. From Structuralism to Post-humanism, London, Routledge.
- Macey, David (2000), Dictionary of Critical Theory, London, Penguin.
PROCEEDINGS OF THE XV WORLD CONGRESS (LISBON 2006)
PROCEEDINGS OF THE XV WORLD CONGRESS (LISBON 2006) Information on the state of publication, in October 2009 The purpose of editing the proceedings until the end of 2009 is almost achieved. So far, we have 30 published volumes, 7 volumes in press (we hope to have them printed before December) and 12 volumes still in preparation (we hope to have all elements by December). The congress will have, in the end, 59 volumes: 2 volumes of abstracts, 8 books of Portuguese Prehistory and 49 volumes of proceedings.
ACTAS DO XV CONGRESSO MUNDIAL (LISBOA 2006) Informação sobre o status da edição, em Outubro de 2009 O objectivo de editar as actas até ao final de 2009 está quase cumprido. Até este momento, foram editados 30 volumes, 7 outros estão no prelo (devendo estar na distribuição antes de Dezembro) e 12 outros estão em preparação (esperamos poder concluí-los até Dezembro). O congresso terá, no final, 59 volumes: 2 volumes de resumos, 8 livros sobre a Pré-História de Portugal e 49 volumes de actas.
ACTES DU XV CONGRÈS MONDIAL (LISBONNE 2006) Information sur le stade de publication, en Octobre 2006 L’objectif d’éditer les actes avant la fin de 2009 est presque accompli. En ce moment, 30 volumes sont publiés, 7 autres sont sou-presse (il doivent être publiés avant Décembre) et 12 sont en préparation (on éspère les terminer jusqu’en Décembre). Le congrès aura, a la fin, 59 volumes : 2 volumes de résumés, 8 livres sur la Préhistoire du Portugal et 49 volumes d’actes.
Luiz Oosterbeek
UISPP Secretary General and Series General Editor
LIST OF PROCEEDINGS / LISTA DE ACTAS / LISTE D’ACTES
Volume # Session # Title Editors Publisher Status
1 C01 Status of Prehistoric studies in the twenty first century in India Ranjana Ray; Vidula Jayswal BAR Published
2 Ws11 Lithic technology in metal using societies - Berit Valentin Eriksen In Press
3 C16 Palaeolithic hunter-gatherers concept of territory François Djindjian; J.K.Kozlowski; Nuno Bicho BAR Published
4 C17 Late Palaeolithic Environments and Cultural Relations around the Adriatic Amilcare Bietti; Robert Whallon BAR Published
5 WS23 Raw material supply areas and food supply areas: integrated approach of the behaviours Mari-Hélène Moncel; Anne-Marie Moigne; et al. BAR Published
6 C18 Mesolithic/Neolithic interactions in the Balkans and in the middle Danube basin Janusz Kozlowski; Marek Nowak BAR Published
7 C68 a Monumental Questions: Prehistoric Megaliths, Mounds, and Enclosures. David Calado, Douglas Frink, Christel Baldia; Maximilian Baldia BAR In preparation
8 C68 b Monumental Questions: Prehistoric Megaliths, Mounds, and Enclosures. David Calado, Douglas Frink, Christel Baldia; Maximilian Baldia BAR In preparation
9 C53 A New Dawn for the Dark Age? - Shifting Paradigms in Mediterranean Iron Age Chronology Dirk Brandherm; Martin Trachsel BAR Published
10 C73 Aesthetics and Rock Art III Symposium Thomas Heyd; John Clegg BAR Published
11 C77 Non-flint Raw Material Use in Prehistory - Old Prejudices and New Direction Farina Sternke, Lotte Eigeland and Laurent-Jacques Costa BAR Published
12 C83 Current Issues on Projectile Tips Studies, from the beggining of the Upper Palaeolithic to the end of the Neolithic Jean-Marc Pétillon; Marie-Hélène Dias-Meirinho; et al. In Press
13 WS21 Use of combustibles and site functions during the Palaeolithic and Mesolithic period: new tools, new interpretations Théry-Parisot Isabelle; Sandrine Costamagno BAR Published
14 C54 On Shelter’s Ledge: Histories, Theories, and Methods of Rockshelter Research Marcel Kornfeld; Sergey Vasil’ev; Laura Miotti BAR Published
15 C13 The earliest inhabitants in Europe Henry de Lumley L’Anthropologie Published
16 C27 Prehistoric art and ideology Emmanuel Anati; Ulf Bertilsson BAR Published
17 C33 The Palaeolithic of the Balkans Andreas Darlas; Dusan Mihailovic BAR Published
18 C44 Ancient Neolithic in the Iberian Peninsula: regional and transregional components Mariana Diniz BAR Published
19 C80 Pleistocene palaeoart of the world Robert G. Bednarik, Derek Hodgston BAR Published
20 WS22 Theoretical and Methodological Issues in Evolutionary Archaeology: toward an unified Darwinian paradigm Hernan Muscio; Gabriel Lopez BAR Published
21 C64 e C65 Typology vs Technology Aubry T.; Francisco Almeida; Ana Cristina Araújo; Marc Tiffagom BAR Published
22 C08, WS32, C62, C06, C14 Humans: Evolutions and Environment Sheila Mendonça de Souza, Eugenia Cunha et al. BAR In Press
23 C52 Cognitive archaeology as symbolic archaeology Fernando Coimbra; George Dimitriadis BAR Published
24 WS26 Babies Reborn: infant/children burials in prehistory Tatiana Mishina; Krum Bacvarov BAR Published
25 WS34 Symbolism in Rock Art Fernando Coimbra; Léo Dubal BAR Published
26 C31 Mountain environments in prehistoric Europe: settlement and mobility strategies from Palaeolithic to the Early Bronze Age. Stefano Grimaldi; Thomas Perrin; BAR Published
27 C26 Prehistoric Art – Signs, symbols, mith, ideology Dario Seglie; Marcel Otte; L. Oosterbeek; Laurence Remacle BAR In Press
28 C15 Iran Palaeolithic Marcel Otte; Fereidoun Biglari; Jacques Jaubert BAR Published
29 WS20 Rock Art Data Base: New Methods and Guidelines in Archiviation and Catalogue Coord. R.Poggiani-Keller; G.Dimitriadis; F.Coimbra; C.Liborio; M. Ruggiero BAR Published
30 WS19 Rock Art and Museum Dario Seglie; G.Muñoz; G.Dimitriadis BAR Published
31 WS02 Megalithic quarries/quarrying – the sources from which the stones were taken, and the way they have been manipulated - Chris Scarre BAR Published
32 C69 C70 C71 WS28 Archaeometry. Defining a methodological approach to interpret structural evidences Maria Isabel Prudêncio, Maria Isabel Marques Dias Fabio Cavulli BAR In Press
33 C78 Modern Human dispersals, environments and cultural change in the Late Pleistocene of Northwest Africa and adjacent areas A Bouzouggar; N.Barton; F.Sbihi-Alaoui Published 34 C32 C55 S01 Archaeology and History P.Funari; João Pedro Bernardes ; Fabio Vergara Cerqueira BAR In preparation
35 C74, S02, C85, WS37, S07, C81, Prehistoric Art Marc Groenen; Didier Martens, et al. BAR In preparation
36 S04, C22, C11, C88, WS29 Early farmers landscapes Ana Cruz, Angela Buarque et al. BAR In Preparation
37 C04 C04 - Technology and Methodology for Archaeological Practice: Practical applications for the past reconstruction - Alexandra Figueiredo; Hans Kammermans BAR In Press
38 C76 Antiquarians at the Megalithics Magda Midgley BAR Published
39 WS15 WS15 - Technological analysis on quartzite exploitation Sara Cura; Stefano Grimaldi BAR Published
40 C28 - Symbolic spaces in Prehistoric Art: territories, travels and site location. - François Djindjian; Luiz Oosterbeek BAR Published
41 C72 Space, Memory and Identity in the European Bronze Age Ana Bettencourt; Miguel Cortina; Magdolna Vicze BAR In preparation
42 C61 Animal exploitation by prehistoric hunter-gatherer societies: environment, subsistence and technical behaviour Laure Fontana; François-Xavier Chauvière Published
43 C66 -Harvesting the Sea: current perspectives on hunter-gatherer coastal adaptations – Nuno Bicho; Jonathan Haws In preparation
44 WS16 Sharing Taphonomic approaches - M.Coumont; C.Thiebaut; A Averbough In preparation
45 C67 - Settlement dynamics and Environment Resources in the Palaeolithic of Southwest France : the case of the Quercy region - Marc Jarry; Jean-Philip Brugal; C. Ferrier In preparation
46 C75 “Archeologues sans frontieres". Towards a history of international archeological congresses (1866-2006) Mircea Babes; Marc-Antoine Kaeser BAR In Press
47 S05, C47, WS06, WS36, C89, C87, S03, WS24, C39 Miscellania C. Fidalgo; L.Oosterbeek BAR In Preparation
48 C35 Neolithic and Chalcolithic architecture in Europe and the near east: techniques of building an spatial organization Dragos Gheorghiu In Preparation
49 C86 Middle and Upper Palaeolithic Bladelet productions: a Diachronic perspective Nicolas Teyssandier; Pierre Bodu; Marie-Isabelle Cattin; Laurent Klaric; Ludovic Slimak In Preparation
Secretary of the XVth Congress of the U.I.S.P.P., c/.Prof.Luiz Oosterbeek,
Instituto Politécnico de Tomar, Estrada da Serra, 2300 TOMAR, Portugal
Tel. (+351) 249-346363 * fax. (+351) 249 346366 * email: uispp.xvcongress@ipt.pt
UNION INTERNATIONALE DES SCIENCES PRÉHISTORIQUES ET PROTOHISTORIQUES
INTERNATIONAL UNION FOR PREHISTORIC AND PROTOHISTORIC SCIENCES
UNIÃO INTERNACIONAL DAS CIÊNCIAS PRÉ-HISTÓRICAS E PROTO-HISTÓRICAS

Secretary of the U.I.S.P.P., c/.Prof.Luiz Oosterbeek,
Instituto Politécnico de Tomar, Estrada da Serra, 2300 TOMAR, Portugal
Tel. (+351) 249-346363 * fax. (+351) 249 346366 * email: uispp.xvcongress@ipt.pt
Telegraph Road - AMAZING AUDIO!! - Mark Knopfler - Live 2005
Telegraph Road, live at the Royal Albert Hall, 30th May 2005.
Great video, amazing audio!
Source: http://www.youtube.com/watch?v=gjJzlIedCuo&feature=related
já
Onde a noite.
Onde a jovem.
Com o sexo rodeado de pétalas vermelhas.
Com as virilhas cheias de lantejoulas.
A jovem,
já.
Todo o corpo do carro o exige,
Todo o tempo se projecta em frente,
E os tubos, e os orgãos, e as rodas, e a música,
Já.
A mais absoluta desvergonha.
O mais total carinho, não de palavras:
Mas o acto simples, simples, desdobrado
No silêncio eterno e impiedoso.
Despido de lirismo, nu de literatura.
São as batidas do coração
Nas baterias da noite:
já!
A jovem do sexo completamente forrado
De veludo, exalando um odor a incenso,
De rosto completamente coberto por camélias,
De sexo exposto e belo.
De boca debruçada amorosamente
Sobre este sexo seguro no ar, todo um calor envolvendo
A púrpura inchada, a única força que resiste
No meio da noite, entre os lampiões.
A última beleza que resta.
A única noite que há.
A única jovem, a jovem única, a jovem
Já,
Dando totalmente sua ternura,
Não de bejinhos e carinhos e outros inhos
que poluem a cidade,
Mas do acto carnal, maravilhosamente
Desbragado e saboroso.
O sexo rodeado de corações de veludo,
E o coração rodeado de sexos de pétalas,
E esta urgência
Por ruas íngremes
A agonia, a ternura da agonia
Para morrer já
Com a boca da jovem abraçando a púrpura
Da cabeça do sexo altivo, feliz, em júbilo,
Essa cumplicidade jovem e simples.
No meio da noite,
Já.
Já.
Esperma, esperma jovem e grosso e feliz
A descer para as águas negras e
Já grossas e velhas do Douro,
Aqui. Agora, Já.
texto e foto voj out. 2009 porto
MARK KNOPFLER " Piper To The End "
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=Av-d6jK0bMw
Mark Knopfler numa das canções do seu último álbum, um disco fabuloso!
Contralto Sonia Prina - Piu non Cura valle Oscura
Handel - Il trionfo del tempo e del disinganno.
Contralto - Sonia Prina
Source: http://www.youtube.com/watch?v=s_YAcoaQ0Xg&feature=related
Sonia Prina - Non posso amarti, oh Dio (Vinci)
Leonardo Vinci,
Partenope
(Venezia, S.Giovanni Grisostomo, 1725)
Sonia Prina: Rosmira
inteprete originale: Antonia Margherita Merighi
Cappella della Pietà dei Turchini
Antonio Florio
live rec
2005
Notável!
Source: http://www.youtube.com/watch?v=Uy716AKBOSU&feature=related
Um clássico, uma obra capital em português (do Brasil)
Para quem não conhece esta obra de Gilles Deleuze sobre Proust, basta citar esse passo da badana (da autoria de Roberto Machado, um dos tradutores, e que adapto ligeiramente ao português de cá):
"Proust e os Signos (...) interpela À la Recherche du Temps Perdu como uma busca inconsciente e involuntária da verdade que se opõe à filosofia da identidade e da representação e permite formular conceptualmente os princípios de uma filosofia da diferença e da repetição."
É essa filosofia que, na minha ignorância, busco. Incessantemente.
Esta é a 2ª edição no Brasil, da responsabilidade da Forense Universitária, Rio de Janeiro, 2006.
Pode escrever-se algo de jeito sobre literatura, pode escrever-se algo de jeito em geral sem ler livros clássicos como este? NÃO !
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Prosseguiu hoje o curso de António Guerreiro em Serralves...
... já está a ser frequentado por 38 pessoas.
15 páginas de notas tirei hoje sobre Aly Warburg, figura importantíssima da cultura alemã do início do século XX.
Todo o curso se estrutura em torno de uma reflexão sobre a imagem e a extrema complexidade de que se reveste e diversidade de perspectivas que permite.
Assim, sim! É neste Portugal que me encontro. Mesmo no fim de um dia em que na noite anterior só pude dormir 5 horas. A inteligência electrifica, acende-se!
de través
Enquanto caminho, desejoso de chegar
Ao meu objectivo, vencendo, com a força das pernas,
De todo o corpo, este atrito da atmosfera que
Atravesso –
Ouvindo o som que os meus pés calçados
Em botas grossas fazem nos grãos da areia
Das áleas, o som interior do corpo trabalhando
Como o da casa de máquinas de um navio –
Enquanto atravesso assim a noite entre o esperançado
E o indeciso, nesta permanente fluidez de sensações
Que me percorre, e vejo as árvores penderem
Numa certa direcção, como se quisessem
Também caminhar –
Avanço, parece-me que se aproxima o meu objectivo,
E que aquilo que foi o mundo em meu redor
Vai escapando para trás
E arredondando-se, e abrindo-se, à minha frente –
Sinto-me imerso na noite como se esta fosse uma tinta,
Uma onda de tinta enorme que tivesse descido
E me envolvesse, dificultando o que mais gosto,
Ver os contornos nítidos, recortados até fenderem a vista,
Dos objectos –
Enquanto caminho assim triturando os grãos de areia
Por fora, e triturando, dentro, os meus órgãos que nunca vejo -
Nesta pressa de chegar, nesta antecipação de tanta coisa,
Que nunca chega a aparecer como esperada –
Enquanto caminho do nada para o nada,
Ou do tudo para o tudo, neste sem-sentido
Pleno de razões, que para mim próprio repito -
E fotografo, com detalhe e precisão, as cores, os ramos, os troncos,
Coisas a que ninguém liga agora neste jardim anoitecido
Onde só os lampiões acesos parecem marcar, aqui,
E mais além, a vibração eléctrica de um peito humano -
Atravesso a própria devastação, como se atravessasse
Um filme que já vi, e sem qualquer esperança de encontrar
Quem quer que seja, como se habitasse um jardim de bancos e
Janelas iluminadas ao longe, triturando pouco a pouco,
No início da noite, mais uma vez e naturalmente, a minha morte -
Com um passo apressado, como se fosse ao encontro
Do amor, eu, o desencantado eternamente encantado,
Por esse próprio movimento vou, esses sons, pelos jardins abandonados,
Em direcção a destinos inventados, onde já chegou toda a gente -
Antes de mim, e a multidão vestida, arranjada, se acumula
Como se estivesse tudo reunido em torno de algo crucial,
Como se, tal como as árvores inclinadas -
Tudo se voltasse ansiosamente para o acontecimento,
Numa espécie de excitação que lá fora a noite não deixava adivinhar.
Piso o espanto, desço as escadas do espanto, entro nos átrios
Iluminados pelo espanto, as caras lívidas dos que vieram aqui
Passam para trás de mim, para o meu passado, enquanto o mundo
Se arredonda à minha volta, como se eu estivesse a filmar
O meu próprio movimento -
Nesta cinematografia atravessada de azul escuro e
Reflexos de través.
texto e foto voj porto out. 2009
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
António Lobo Antunes
Acaba de dar uma entrevista maravilhosa a Mário Crespo no Jornal da 9 da Sic Notícias.
Às vezes há minutos televisivos que são a redenção de um dia, vulgar como todos os dias.
Fonte da imagem: http://www.dquixote.pt/
Crise extraordinária dos saberes
Bernard Stiegler
La Technique et le Temps. 3. Le Temps du Cinéma et la Question du Mal-être, Paris, Galilée, 2001, p. 225.
(tradução minha - é PRECISO ler o livro todo - é riquíssimo)
Momentos de uma vida - 2 - Grécia 1993
Atenas, e no barco a caminho de Santorini
A caminho (por barco, a partir de Atenas) da ilha de Santorini, e à chegada a esta ilha, com um chapéu de senhora para poder ser reconhecido pelo motorista do táxi que nos haveria de levar desde o porto (onde reinava a típica confusão mediterrânica, para usar um estereótipo) ao hotel
Em Santorini, a mais meridional das Cíclades
Em Akrotiri, Santorini (a Pompeia do Egeu, uma localidade da Idade do Bronze).
Caminhando por Santorini.
Na praia. Santorini.
Vol. 49, 2009, dos Trabalhos de Antropologia e Etnologia em preparação
Journal of Iberian Archaeology, vol. 12, 2009
To be released next November (probably this issue will be launched during the lecture by Gonçalo Leite Velho in Porto, 28th November, 3,30 pm, at the Unesco Center of Porto). The lecture is promoted by ADECAP ( the publisher of JIA) and is open to the public (free entrance).
In particular, we ask all the associates of ADECAP to collaborate in our activity and to attend the session.
Address of the Unesco Center: R. José Falcão, 100
Porto
Schematic plan of the prehistoric site of Castanheiro do Vento, NE of Portugal
A PAISAGEM METROPOLITANA - ECOLOGIA E SUSTENTABILIDADE
A PAISAGEM METROPOLITANA - ECOLOGIA E SUSTENTABILIDADE
10 NOV - 11 NOV 2009 - DAS 09:30 ÀS 18:30 - AUDITÓRIO DE SERRALVES
A expansão das áreas metropolitanas associada à sua atractividade para a fixação das populações humanas à escala mundial e regional é um fenómeno indissociável da paisagem de hoje e uma herança do século passado. Os problemas e os desafios que se nos colocam são diversos e a Fundação de Serralves promove esta conferência com o intuito de debater e contribuir para o entendimento de uma das facetas deste fenómeno e herança: a ecologia e a sustentabilidade.
Na sequência de iniciativas anteriores, nomeadamente a Conferência em 2008 sobre a Sustentabilidade da Gestão dos Espaços Verdes, surge a presente iniciativa que terá como principal cenário a Área Metropolitana do Porto (AMP). Por sua vez, a Fundação de Serralves é um dos parceiros do Centro Regional de Excelência para a Sustentabilidade (CRE_Porto) empenhado na promoção de acções para a melhoria do desempenho ambiental na AMP.
A conferência é motivada por um trabalho desenvolvido nos últimos três anos em torno de uma proposta de uma rede de parques metropolitanos desenvolvida para a Junta Metropolitana do Porto pelo CIBIO da Universidade do Porto (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos). Este trabalho, por sua vez, é entendido já como uma consequência do Plano Regional de Ordenamento do Território da Região Norte que recentemente foi submetido a discussão pública.
A Fundação de Serralves convidou um conjunto de especialistas nacionais e estrangeiros para trazer a sua experiência e reflexão sobre a paisagem metropolitana. Já muito se especulou sobre o significado da sustentabilidade. Nesta conferência entendemos a sustentabilidade como a atitude responsabilizada dos cidadãos perante a natureza e a cultura, privilegiamos a ecologia e focalizamos a actuação ao nível do planeamento, projecto e gestão da paisagem metropolitana – o habitat por excelência do cidadão de hoje.
Entendemos que a conferência interessa a uma grande diversidade de áreas disciplinares da biologia à arquitectura, da sociologia à arquitectura paisagista, da engenharia à geografia. Interessa a profissionais da administração local, regional e nacional ou da actividade privada. Interessa a educadores, professores e estudantes universitários. Interessa também ao cidadão comum cada vez mais cioso de uma participação activa e esclarecida na tomada de decisões sobre o futuro dos seus espaços, do seu património, dos seus valores.
Convida-se ainda os participantes para uma visita e debates no local pelas paisagens a norte do rio Douro – “descobrindo o verde escondido à nossa porta”.
Fonte e mais elementos de informação: http://www.serralves.pt/actividades/detalhes.php?id=1710
Momentos de uma vida - 1
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Ana Luísa Amaral apresentou hoje o seu último livro de poemas
A obra foi apresentada no Porto, no auditório (completamente cheio !) da Biblioteca Almeida Garrett, pelas 18,30 h.
Falou uma representante da editora D. Quixote, e depois dissertou sobre o livro a Profa Isabel Alegro de Magalhães.
Finalmente, Ana Luísa Amaral e Paulo Eduardo Carvalho leram poemas da obra.
Parabéns!
Explaining a lot with a little
(Clique na imagem para ampliar e ler)
“Explaining a lot with a little: the ambition of the economics of the performing arts”
Susana Graça
(Universidade Católica)
Resumo
A unificação explanatória tem por objectivo explicar muito recorrendo a pouco. Pode considerar-se que existe uma unificação derivacional – reutilização de padrões explicativos para vários casos – e uma unificação ontológica – os fenómenos possuem uma unidade real, efectiva que espera a descoberta.
Este paper mostra como a Economia da Cultura e, no caso particular em estudo, a Economia das Artes do Espectáculo, face a fenómenos estranhos à luz da teoria neoclássica, tenta redescrevê-los fazendo-os equivaler a mecanismos, processos e entidades já estudados pela ciência económica. Esta pode ser considerada uma tentativa no sentido da unificação, tanto derivacional como ontológica. No entanto, a falha no encontro entre a forma como os economistas descrevem a prática de artes do espectáculo e a forma como se verifica que esta prática decorre ao nível dos próprios praticantes faz com que a unificação possa ser posta em causa.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
"Tradições da Tradução: Globalizações e Políticas do Medo e da Esperança "
O III Ciclo de Conferências do Centro de Estudos Interculturais (CEI) do ISCAP prosseguirá na próxima sexta-feira, dia 30 de Outubro de 2009, às 16.00, na sala de leitura informal da Biblioteca, com a conferência do Doutor Paulo Castro Seixas, "Tradições da Tradução: Globalizações e Políticas do Medo e da Esperança ".
A entrada é livre e serão passados certificados de presença.
Em nome de toda a equipa do CEI, agradecemos a divulgação desta iniciativa e, desde já, contamos com a vossa presença.
Cumprimentos,
Clara Sarmento
Centro de Estudos Interculturais (CEI)
Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP) - Gabinete 333
Rua Jaime Lopes Amorim
4465-004 S. Mamede Infesta
PORTUGAL
Telf. + 351 229 050 037 (ext. 333)
Fax. + 351 229 025 899
E-mail: cei@iscap.ipp.pt
URL: www.iscap.ipp.pt
WHAT IS A GEOCULTURAL WAR? THE POLITICS OF EXPERIENCE AND KNOWLEDGE
WHAT IS A GEOCULTURAL WAR?
THE POLITICS OF EXPERIENCE AND KNOWLEDGE
a realizar por Jon Solomon (Institute of Arts and Humanities. Shanghai Jiao Tong University).
O Seminário, integrado no Ciclo de Seminários Abertos de Filosofia, Biopolítica e Contemporaneidade, terá lugar nos dias 2 de Novembro, às 13:30h, no Anfiteatro Nobre e 3 de Novembro, às 15:30h, no Anfiteatro Nobre na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
[Entrada livre]
Com os melhores cumprimentos,
Eugénia Vilela
Instituto de Filosofia | Aesthetics, Politics and Arts Research Group (GFMC)
Informações:
Instituto de Filosofia
Faculdade de Letras da Universidade do Porto Via Panorâmica s/n
4150-564 Porto
Tel. 22 607 71 80
E-mail: ifilosofia2@letras.up.pt
http://web2.letras.up.pt/ifilosofia
Philippe Jaroussky "Sposa non mi conosci" de Giacomelli - Versailles
Philippe Jaroussky, countertenor
Ensemble Artaserse:
Alessandro Tampieri, violon 1
Raul Orellana, violon 2
Daniela Nuzzoli, Giorgia Simbula, Petr Ruzicka, violons
Emilia Gliozzi, violoncelle
Yoko Nakamura, clavecin
Claire Antonini, théorbe
Guillaume Arrignon, contrebasse
Nicolas Andér, basson .
Concert "Les Castrats à Versailles" , réalisé par Louise Narboni . Enregistré le 16 juin 2009 dans la Galerie des Glaces du Château de Versailles.
G. Giacomelli ( 1692- 1740), aria of Epitide " Sposa non mi conosci" from the Opera "La Merope", libretto by A. Zeno (1711) for Francesco Gasparini.
First performed during the Carnival season 1734 in Venice, Teatro San Giovanni Grisostomo.
It was the fifth and last season of Carlo Broschi
( Farinelli) on stage in Venice - he sang there even the leading ( Il Primo Uomo ) roles in " Merope" by Giacomelli, "Berenice" by Araya and "Artaserse" by Hasse.
In " La Merope" was also his first meeting on stage with Gaetano Majorano ( Caffarelli) , who sang the role of Trasimede and was also an pupil of
N. Porpora ( Carlo finished his study in 1720, Gaetano- in 1726) .
The audience was already very curious about the rivalry of the both, but Farinelli´s incredible gentle and friendly kind to treat his colleague ( also such a famous brawler as Caffarelli was ) prevented all possible scandal incidents.
Another aria - "Quell ´usignolo che innamorato" (Atto II) from "La Merope" - has become very famous and was sung by Farinelli for the King Philip V of Spain .
Source:http://www.youtube.com/watch?v=28bb6097loE
Quase sufocante, de tanto belo!
http://www.youtube.com/watch?v=wVWDbKuP2_8&feature=related
Sposa, non mi conosci....
Madre... tu non m'rammenti!
Cieli, che feci mai!
E pur sono il tuo cor...
Il tuo figlio... Il tuo amor...
La tua speranza!
Palra... ma sei infedel!
Credi... ma sei crudel!
Morir mi lascerai.. mi lascerai morir...
o Dio, manca il valor e la costanza.
Cecilia Bartoli,
Giovanni Antonini, Il Giardino Armonico.
Sacrificium
Sposa, non mi conosci (Epitide); Giacomelli opera Merope
Cecilia Bartoli - Son Qual Nave (FULL STUDIO RECORDING)
From her marvelous new treasure of an album, "Sacrificium". Please go and buy it!! Support great music!!
Source: http://www.youtube.com/watch?v=kzGvIGEkkqo
AN ARCHAEOLOGIST LOOKS CRITICALLY AT THE CONCEPT OF “CULTURAL LANDSCAPE”: A VERY PRELIMINARY NOTE
Grant Wood, "Spring in town"
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AN ARCHAEOLOGIST LOOKS CRITICALLY AT THE CONCEPT OF “CULTURAL LANDSCAPE”: A VERY PRELIMINARY NOTE
by
Vítor Oliveira Jorge
Key words: cultural landscape; performancescape; ocularcentrism.
Palavras-chave: paisagem cultural; “paisagem de performances”; centralidade ocular.
Introduction
The fact that archaeologists are aware of the idea that their object of study and of intervention is the territory in its entirety – as for the geographer, or the architect, or the engineer, etc. – contrasts sharply with their limited power to intervene in the moment of taking decisive action upon irreversible transformations.
That means that the making of (post)modern landscape tends to leave certain isolated “objects” in the space as “remains” of the past, included in a fragmented logic of a (post)modern territory, tourism and heritage industry: a series of poles of attraction with no mutual, dense relation between them.
Spaces are “modernized” in a sort of patchwork kind of environment where only the “unproductive” areas of the territory are left to archaeology to be canonized as “place-myths” to be “studied” and then visited. In this process, they may be used as a low cost resource for entertainment, but in the meantime archaeology as a research of human history/ experience and of the so-called “temporality of the landscape” is actually fading.
“Fast past” industry, and in general short term objectives are intrinsically contradictory with the temporality of research and quality: long-run projects demanding funds and time.
Obviously, everything in life needs to be the result of a negotiation between partners, a compromise between different and often opposite interests. But the point is that in research as in the current daily practice archaeological intervention is in a position of continuous submission.
That means producing so-called “cultural landscapes” that do not take into account archaeological values, or that just use disparate “remains” as parts of an idealized landscape (in the limit, a kind of Disneyland) to be consumed by increasing masses of visitors that, for the most part, do not have the necessary distance to elaborate a personal discourse of what they are seeing.
Archaeology is caught between the multiple “economic” pressures on the territory, its specific temporality and cost as a slow research process (like any other serious research, of course) and its lack of political capacity to perform as a partner.
The “past” is being built as a curiosity and ornament: and yet archaeology is a product of modernity (Julian Thomas, “Archaeology and Modernity”, London, Routledge, 2004). But the project of modernity, characterized by its structural contradictions and paradoxes – or at least the one that I would prefer, the democratic one – is, as we all are aware of, yet to be accomplished.
The context of all this process at it occurs now is easy to describe: the post-industrial society has created two ways, two opposite and complementary destinies “to put order” - its illuminist obsession - into the territory and “to get rid” of obsolete objects, whatever their scale. Or to recycle them as heritage, as “museum” stuff (which may be a park or an entire landscape) or to bury the industry and consumerism waste inland or deep inside the sea, polluting the environment.
Both are part and parcel of the same: that which is to be seen, exposed, excavated if necessary, and then exhibited to the gaze of visitors as a monument; and that which is the rubbish, the refuse, which is to be turned to the invisible, hidden in a deep excavated hole, taken out of sight, as the repressed of the production/consumption machine.
Landscape/Performancescape
British sociologist John Urry (“Mobilities”, Cambridge, Polity Press, 2007) shows how the concept of “land” (actually, a taskscape, an environment where people “works”) was transformed, in modernity, into the idea of “landscape” (something to be seen from afar), very much connected to the dominance of sight, of vision, and the bourgeois values and ways of procedure. Very generally (see op. cit, p. 256, from whom I take this scheme, practically a quotation, actually), land was tied to the ideas of:
- a physical, tangible resource: a place of functional work;
- something that is/was bought and sold, inherited, etc.;
- a system where productive and unproductive activities resonate(d) with each other and with tracts of land;
- existence of a lack of distance between people and tasks;
- a reality of affective emotions tied to place;
- a circumstance the local history and geography is/was known in detail by people living there.
Instead, the concept of landscape is linked to a different set of relationships between people, space, and the overall world. A series of topics serve to characterize schematically the idea of landscape (taking again as a basis the above quoted source). It supposes, according to Urry:
- an intangible resource – in relation with the appearance and look: the gaze, and ultimately the tourist gaze;
- the valorization of a specialized visual sense separated from other senses: eyewitness observation;
- an idea of scenic tourism: seeking distance a “proper” view is gained, abstracted from everyday experience (“imperial eyes”);
- perceptual sensations, “domestication” of the world and of the masses observing it, consuming it, spectacle, photography, image - the world as exhibition;
- a combination of abstract characteristics that is the “language of mobility”.
But I would like to propose here something that I do not imagine as new, but as perhaps useful: the concept/word of performancescape, meaning a scape of performances, instead of “cultural landscape” canonized by Unesco. It seems that it is more general and that avoids the trap of the culture/nature dichotomy.
This idea is inspired by the above mentioned notion of “taskscape” (Tim Ingold, “The Perception of the Environment”, London, Routledge, 2000). In fact, generally, people do not simply undertake tasks in a space or place; it is much more comlex than that. Moreover, they make performances, in the broader sense of the word, they perform themselves continuously. That performance should be a constitution of the “I”, of the self, in relation to the “We”, the community. But this connection is being short-circuited by the kind of society where we live, as Bernard Stiegler (for instance, in “La Technique et le Temps. 3. Le Temps du Cinéma et la Question du Mal-être”, Paris, Galilée, 2001) and others have shown.
In particular, during their open air performances, archaeologists themselves are in fact enacting mostly deserted/abandoned/non productive places, turning “dead spots” (fragments of the territory abandoned by production) into lively and interactive ones. In that sense, they are producers as well, in the capitalist sense, but also consumers, and as such reduced to a proletarian condition in the sense of Stiegler (for whom the modern proletariat is constituted by all consumers).
As is is obvious, I am using here the concept of performance in its broader way. To quote the presentation of the book by Jean Hoffmann and Joan Jonas, “Perform” (London, Thames and Hudson, 2005), “if all the world is a stage, then each of us is a performer. Every day, we act out individual roles and take part in private and collective rituals handed down by society. In our relationships with others, we hide behind masks and assumed personae; and when we interact with the objects, spaces and environments around us, we follow established patterns of behaviour set down by history and convention, playing out performances everywhere we turn.”
I would like to make a step further just to say that we do not exactly “hide” behind masks: we are, or suppose to be, the series of masks we use, the series of roles that we play. We are all performers that perform their own identity as a fluid substance, driven by desire and fantasy, as Judith Butler (“Bodies that Matter”, London, Routledge, 1993) has stressed for “women”, or as the art of the films of David Lynch, for instance, show (cf. Todd McGowan, “The Impossible David Lynch”, New York, Columbia University Press, 2007).
So, why is actually “landscape” an ambiguous word/concept ? See for instance the word “paisaje” (by Bernard Lassus) in the book ed. by Daniela Colafranceschi, Barcelona, GG, 2007, pp. 144-145.
Schematically, we could state that:
-The landscape is the inaccessible.
-The landscape is the illusion of the visible.
And, to follow and quote B. Lassus: “In a way, the landscape destroys the objects and the painting destroys the landscape when it becomes painting. A landscape’s painting does not allow me to discover the things existing behind each one of the levels of that landscape. The generalized use of the term “landscape” is also possibly the evidence of a certain lack (...)” (in Daniela Colafranceschi, ed., “Landscape + 100 Palabras Para Habitarlo”, Barcelona, Gustavo Gili, 2007, p. 145).
Culture/Cultural landscape
So, why not “cultural landscape”? Adding some points to what has already been said, because:
- it introduces a false dichotomy between the “cultural” (human, internal) and the natural (land, external, wild to be domesticated);
- it presupposes a typically Western perspective, separating subject (the observer) and object (the observed);
- it universalizes an ocularcentrism that is typical of our culture. It has no hermeneutic value to approach ontologies (cosmologies) different from ours;
-most cultures do not organize the environment into this dichotomy and they have not our scopic obsession.
And why then is “culture” (“cultural”) a misleading word/concept ? Because it presupposes a sort of conceptual form, or mental template, that gives meaningful shape and content, by the mind of man, to the physical, inert substance of natural phenomena.
Of course here is no mind detached from the body and the person acting in its entirety, no thinking cut/separated from the world, no project conceived in he mind (as a brain machine) before action. To quote one of the greatest social anthropologists of our time, “(...) apprehending the world is not a matter of construction but of engagement, not of building but of dwelling, not of making a view of the world but of taking up a view in it.” (Tim Ingold, 1996, rep. 2000, p. 42). We need to decenter the idea of a “rational” subject, able to be presented/represented to his own consciousness, making plans and projects and taking decisions accordingly. There is not, there wasn’t ever such thing except in the entrepreneurship vision of the world, a very poor and reductionistic one.
The sight, the image
As it is well known, landscape is an idea that is intimately linked with modern painting and the Western, modern regime of vision. To objectify and map this particular vision in a broader problematic, to decentralize ourselves from a concept of “landscape” actually useless for archaeology, we would need to approach at length again the crucial question of the image in our civilization and beyond. In this short note that would be indeed impossible.
There are countless discussions about the image and the sight, since Plato. The screen, the frame, the window, all of these terms raise interesting and linked questions. For instance, see Anne Friedberg, “The Virtual Window. From Alberti to Microsoft.” (Cambridge, MA, The MIT Press, 2006).
To simplify an interminable discussion, I would underline that from my point of view the Lacanian theory in general and particularly those aspects concerning the gaze and the scopic drive are not something meaningless, ideas of the past, but, to the contrary, they are still crucial to approach the fundamental ambiguity of images.
In his Seminary (1973), Lacan states (quoting David Macey, “The Penguin Dictionary of Critical Theory”, Penguin, London, 2000, p. 155) that:
- “the gaze is (...) a property of the object rather than of the subject”;
- “as the subject gazes at the object of its perception, it senses that the object is gazing back at it from a point that lies outside the field of subjective perception. The subject is thus lured into the image of the object by the mechanism illustrated by anamorphis of Holbeins’s The Embassadors (1533, National Gallery, London).” In this painting the anamorphic effect is illustrated by an image of a human skull, when viewed from the correct angle, although in the painting it is distorted and resembles a cuttle-fish bone. “The concealed skull is a “memento mori” [sort of reminder] “of the inevitability of death” (Macey, op. cit., 14).
With this Seminary Lacan opens an approach that is indeed very rich, although it needs to be developed and critically reexamined today in articulation with numerous perspectives of other authors on the image.
I will return to this complex theme in a near future; in the meantime, consider the contributions made by several authors to the book that I have edited with Julian Thomas, “Archaeology and the Politics of Vision in a Post-Modern Context”, Newcastle upon Tyne, Cambridge Scholars Publishing, 2008.
Porto, January 2008.
Trailer Documentário Pare, Escute, Olhe
Documentário Pare, Escute, Olhe realizado por Jorge Pelicano sobre a defesa da linha ferróviária do Tua em Trás-os-Montes
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=07jzJP7qRTs
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
12. Vivaldi: Nel profondo cieco mondo, Orlando furioso / Sonia Prina
Stereo:
Antonio Lucio Vivaldi (1678 - 1741).
Orlando furioso, RV 728.
Nel Profondo Cieco Mondo.
Il Giardino Armonico.
Sonia Prina: contralto.
Dir: Giovanni Antonini.
Source: http://www.youtube.com/watch?v=UOERYebpCvc&NR=1
11. Vivaldi: Anderò, volerò, griderò, Orlando Finto Pazzo / Sonia Prina
Stereo:
Antonio Lucio Vivaldi (1678 - 1741).
Orlando Finto Pazzo, RV 727.
Anderò, volerò, griderò.
Il Giardino Armonico.
Sonia Prina: contralto.
Dir: Giovanni Antonini.
Source: http://www.youtube.com/watch?v=N-9yNTSdAQs&feature=related
3. Vivaldi: Vedrò con mio diletto, Giustino / Sonia Prina
Stereo:
Antonio Lucio Vivaldi (1678 - 1741).
Giustino, RV 717.
Vedrò con mio diletto.
Il Giardino Armonico.
Sonia Prina: contralto.
Dir: Giovanni Antonini.
Source: http://www.youtube.com/watch?v=UqPdscwKFR4&feature=related
5. Vivaldi: Agitata infido flatu, Juditha triumphans / Sonia Prina
Stereo:
Antonio Lucio Vivaldi (1678 - 1741).
Juditha Triumphans, RV 644.
Agitata infido flatu. .
Il Giardino Armonico.
Sonia Prina: contralto.
Dir: Giovanni Antonini.
Source: http://www.youtube.com/watch?v=Ta4mWW7PR2A
Going Caribbean
Exmos. Srs.,
Serve este para informar que vai haver em breve um colóquio sobre arte e literatura caribenhas organizado pelo Centro de Estudos Comparatistas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que trará alguns prestigiados professores, escritores e artistas a vários palcos desta faculdade ao longo de vários dias.
O evento é o Going Caribbean! Act 22, realiza-se entre 2 e 4 de Novembro, e parece-nos que será relevante para o ICS. É o primeiro congresso mundial em que os quatro espaços linguísticos das Caraíbas se encontram reunidos, o que tem despertado imenso interesse em vários pontos do mundo.
Haverá ainda, sujeito a inscrição, um seminário intensivo no dia 5 de Novembro, com dois dos especialistas convidados. O seminário será em inglês.
Mais informações poderão ser encontradas em
www.comparatistas.edu.pt
Email: Caribbean@fl.ul.pt
Os melhores cumprimentos,
Doutor Kristian van Haesendonck
Organizador Going Caribbean
Abdallah Zikra
Oh dis-moi. Dis-moi. Où vas-tu toi dont la tête est une fontaine rouillée. Qui partagera avec toi l’amertume du temps au crépuscule. Les poteaux électriques sont à présent tout ce qui reste debout. Une bouchée de pain ne saurait apaiser cette faim. Pas plus que la poésie dissiper les ténèbres qui avaient l’eau de tes yeux. Garde pour demain ta dernière larme car tout alors sera sec en toi. Qu’as-tu fait pour en arriver ainsi à ton propre enfer. Ne peigne pas tes cheveux afin que la mort ait de quoi s’amuser. Et n’ajoute pas un mot : le silence le dévorerait après ton départ.
*
La maison du vieux poète est au bout de l’œil. Les chiens sourds n’aboient que piqués par les mouches. La terre s’incline un peu vers l’autre côté-là où passent les rares cortèges funèbres. Nul ne sort de sa maison enterrée sur terre. Car la canicule boit l’eau des visages. Nul ne sait que la maison du vieux poète se trouve là. Car personne ne connaît personne
*
Les gens disent que la pluie avait gonflé la porte du vieux et que c’est pourquoi il n’a pas entendu les coups de la fille en fuite devant le serpent qui avait léché une goutte du sang de ses règles tombé d’elle quand elle s’était penchée pour écarter l’escargot au bord de passer sur la file de fourmis en train de contourner l’œil d’un crâne de chien
*
Mais sait-on que l’aboiement du chien du gardien va réveiller les poètes endormis dans les champs de coton qu’assiègent les épines du silence. Et que cette vague aveugle va effacer un peu du trait de l’horizon. Et que le froid venu des os des côtes gonflera les blancs laissés par les mots dans les livres morts du vieux
*
Mais là-bas tu peux écouter la radio du matin ou le cri de la boiteuse parce que l’homme de la nuit a mordu le mamelon de sa fille ou le grignotement de la souris dans le cartable de mon neveu ou mon propre cri parce que ma tante presqu’aveugle a déchiré le cahier des poèmes afin de rallumer le brasier qu’a mouillé la pluie coulant par les trous du zinc
ou t’enfuir
Poèmes extraits de Échelles de la métaphysique (trad. de l’arabe par Bernard Noël et l’auteur, L’Escampette, 2000, pp. 77, 94, 96, 97, 98
contribution de Jean-Pascal Dubost
Abdullah Zakri : bio-bibliographie http://poezibao.typepad.com/poezibao/2009/10/abdallah-zikra.html
Merci Florence Trocmé, l' auteur de Poezíbao, Le Journal Permanent de la Poésie !