"Testemunho" (banqueta) de c. de 40 cm de largura localizado no topo do sítio, na área escavada este ano, e no sentido oeste (para a nossa esquerda) - este.
Como se vê, esta micro-área tem as suas estruturas pétreas, a este nível, muito danificadas (presumivelmente pelo arado).
Como se vê, existem basicamente três "horizontes" pedológicos, se assim lhes posso chamar (e não propriamente estratos arqueológicos), até ao plano escavado: um mais humoso, escuro, e com muitas raizes; um de base, amarelado, com bastantes materiais (cerâmica, líticos, etc.). Um intermédio, de contacto, como existe em qualquer local xistoso da região, seja ele arqueológico ou não.
Existe obviamente estratigrafia arqueológica observada em Castanheiro do Vento, mas a nossa opção tem sido "descacar" a "cebola" das camadas preliminares, revolvidas, até chegar às primeiras estruturas conservadas (perto da superfície) do III/II milénios a. C. Naturalmente que se não descarta (antes parece muito provável) que toda uma fase tardia exista, ligada a cerâmicas grosseiras com decoração plástica, a cerâmicas finas de tipo Cogeces e, até, ao enchimento de muitos vãos (por exemplo, interior de "bastiões" com grandes lajes). Por outro lado, também (e este ano isso foi continuado) se tem aprofundado certos locais, mas procura-se evitar fazer isso em grande extensões, pois podemos estar a desconectar na vertical toda uma série de estruturas que têm de se ver primeiro em "plano", por assim dizer.
Esta experiência de deixar um testemunho temporário foi feita sobretudo com fins didácticos, este ano, o que tem os seus custos (atrasou um bocado a compreensão de certas estruturas em área), mas é também um dos objectivos do nosso trabalho (estação-escola).
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