quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Um "estudo" tipico de uma certa mentalidade americana e de uma certa "psicologia" americana... enfim, com a ressalva de que só li a notícia!

Segundo a Newsletter Ciência Hoje (meritória e útil publicação electrónica de Jorge Massada)
Fonte:
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=23110&op=all

Homens e mulheres continuam a reagir como na pré-história quando escolhem parceiros

:: 2007-09-04

Estudo revela estranho caso em que se mudam os tempos mas não se mudam as vontades. Um estudo de psicólogos da Universidade norte-americana de Indiana declara que o ser humano continua a reagir como na pré-história quando escolhe um parceiro, com as mulheres a procurarem segurança e os homens companheiras com beleza física.

O estudo, publicado esta semana no Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), o jornal da Academia norte-americana das Ciências, salienta que esta fórmula serviu para os seres humanos ao longo dos anos e é também o modelo de escolha de parceiros usado pela maioria dos mamíferos.
O investigador Peter Todd confirmou que, apesar de as pessoas apregoarem o contrário, a beleza numa parceira é o ingrediente chave para os homens, enquanto que as mulheres são mais exigentes na escolha e usam o seu aspecto para conseguir segurança e compromisso.

Para chegar a esta conclusão, Peter Todd e colegas desenvolveram uma pesquisa financiada pela Max Planck Society, a fundação científica nacional alemã, analisando encontros-relâmpado realizados na Alemanha para comparar o que as pessoas dizem que querem de um parceiro com o parceiro que realmente escolhem.

Os encontros-relâmpago, uma forma popular e em crescimento de solteiros se conhecerem, envolve sessões na quais cada homem e mulher têm numerosos mini-encontros com mais de 30 pessoas diferentes, cada um deles durando entre três a cinco minutos. Depois de um encontro, os homens e as mulheres deixam um cartão numa caixa, onde escrevem se querem ou não voltar a ver a outra pessoa.
Avaliar o par ideal

Antes do estudo, realizado junto de 47 adultos (26 homens e 21 mulheres), foi pedido aos participantes que preenchessem um questionário com sete categorias diferentes de questões, nas quais se avaliavam a si próprios e ao seu par ideal de acordo com traços relevantes como atracção física, actual e futuro 'status' financeiro, saúde e qualidades como (futuros) progenitores.

O investigador salientou que ao inquérito os participantes deram respostas politicamente correctas, declarando quererem encontrar alguém parecido com eles próprios, um parceiro à sua imagem em termos de 'status', compromisso e pontos de vista.

No entanto, na prática, assim que as sessões começaram, os homens procuraram as mulheres mais atractivas e as mulheres agarraram-se à segurança material, ajustando o melhor parceiro possível com a imagem que tinham de si próprias. Além disso, enquanto os homens queriam, em média, ver outra vez uma em cada duas das mulheres envolvidas no estudo, as mulheres apenas quiseram encontrar-se outra vez com um terço dos homens.
Eles preferem as mulheres atraentes

Os homens preferiram as mulheres atraentes, que sugerem melhor material genético, enquanto as mulheres escolhiam um parceiro que fosse equilibrado do ponto de vista fenológico e genético, mas que também tivesse vontade e qualidades como futuro pai, explicam os autores. Todd e colegas estão a conduzir mais estudos para confirmar estes resultados.

Os investigadores descrevem estes encontros como "um microcosmos onde as escolhas de parceiros são feitas de modo sequencial e de forma mais rápida e formal do que na vida diária", com a vantagem de permitir avaliar um grande número de escolhas de parceiros tomadas num curto espaço de tempo.

"Estes encontros apenas capturam o estádio inicial do complexo processo que envolve a escolha de um parceiro a longo termo", salienta Todd, acrescentando que "esta expressão inicial de interesses é crucial como plataforma de lançamento" para a explicação do processo de escolha de parceiros.

O estudo tem como co-autores Lars Penke, Barbara Fasolo e Alison P. Lenton.

1 comentário:

Anónimo disse...

Patetice! Comparar um estudo actual que apenas é uma parte da realidade e muito questionável nos seus moldes com uma realidade (Pré-história) da qual não temos conhecimento parece mesmo uma patetice.