quarta-feira, 19 de setembro de 2007

oásis


Não sei quando chegas.
Não sei onde te acendes.
Não sei quem és.
Não sei se me mentes.

Não sei onde não falas.
Não sei em que hall esperas.
Não tenho o teu contacto.
Não sei que mortos velas.

Não sei de onde vem o teu brilho.
Não conheço os arabescos.
Tento decifrar de mais perto
E não reconheço os meus dedos.

Não conheço o deserto,
Só lhe vi o princípio.
Não sei onde me marcaste encontro,
Qual o hotel das areias.

Imagino que trazes sandálias
E te sentas perto de uma luz.
E tens uma cintura junto à qual
A vela está desde sempre acesa.

Porém onde, em que quarto
Virado aos palmeirais te acendes?
Que morte ronda por perto?
Quais as tâmaras que me pedes?

Desde que sombra me olhas?
Desde que oferta te ofereces?
Desde há quanto me esperas?
Por que nunca mais apareces?


foto e texto voj copyright 2007

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