terça-feira, 25 de setembro de 2007

(quase) sem título

Foto: Natasha Gudermane (reprod. aut.)
Fonte: http://photo.net/photos/gudermane



tudo é mais majestoso e belo
quando os primeiros sinais,
quase indistintos,
do seu fim
se anunciam.

a roupagem dourada da tarde
descendo sobre os panos de vegetação,
em altura;
as sombras escorregando
para fora dos objectos
a que cada uma pertence.

a desmedida lenta
que caracteriza os pulmões do fim,
quando este ainda está no seu
invisível começo;

e eles se enchem de ar,
medindo forças
entre o corpo e a atmosfera,
o passado e o futuro.

voj copyright 2007


4 comentários:

Anónimo disse...

Fabulosa! Através do seu blog, que visito mais que religiosamente (já que os religiosos só vão à igreja uma vez por semana!), tenho conhecido fotógrafos com trabalhos muito interessantes.
Um abraço
Eliana

Vitor Oliveira Jorge disse...

A fotógrafa agradece. O poeta ficou esquecido. Deixa estar!

Anónimo disse...

Não, não ficou. Só não sabia o que dizer, devido à complexidade deste seu texto. Confesso k por vezes não consigo perceber...mas o defeito é, obviamente, meu!! ;) É que nisto da poesia, sou ainda muito muito conservadora: prefiro à moda antiga...
Um grande abraço com rimas no regaço!

Eliana

Anónimo disse...

Uma imagem vale mil palavras...