Festival de cor! Como no vestuário, como nos tapetes, a alegrar uma vida e um ambiente onde predomina o bege.
O luxo e a beleza (até no vestuário e nas jóias que se apoem ao corpo, quando se pode) é quase sempre algo que se sobrepõe, que está sobre, que faz camada, com uma parede, um chão, uma epiderme por debaixo. Uma arte da ornamentação, de certo modo uma valorização do perecível, e da sensualidade que se sobrepõe a um mundo chão, algo nu... estarei a simplificar? Decerto. Não conheço a cultura tunisina contemporânea. Vi alguns bons quadros aqui e ali, mas já do séc. XX.
A própria dança não revela muito do corpo como epiderme, o corpo com a sua roupa sobreposta transmite um grito interior, muito forte, uma espécie de "vingança" contra a chateza da vida. Na dança, nas essências, nas especiarias, nas comidas, nas roupas, nas decorações (mais que nos móveis), esta civilização agita-se, sempre em torno de um segredo.
O luxo e a beleza (até no vestuário e nas jóias que se apoem ao corpo, quando se pode) é quase sempre algo que se sobrepõe, que está sobre, que faz camada, com uma parede, um chão, uma epiderme por debaixo. Uma arte da ornamentação, de certo modo uma valorização do perecível, e da sensualidade que se sobrepõe a um mundo chão, algo nu... estarei a simplificar? Decerto. Não conheço a cultura tunisina contemporânea. Vi alguns bons quadros aqui e ali, mas já do séc. XX.
A própria dança não revela muito do corpo como epiderme, o corpo com a sua roupa sobreposta transmite um grito interior, muito forte, uma espécie de "vingança" contra a chateza da vida. Na dança, nas essências, nas especiarias, nas comidas, nas roupas, nas decorações (mais que nos móveis), esta civilização agita-se, sempre em torno de um segredo.
Tâmaras, claro. Adoro.
Enormes melancias, suculentas.
Desconheço a espécie exacta deste peixe seco e miúdo, parece que muito apreciado. A mim parece-me carapau de gato que nem os meus gatos queriam...
Suponho que é uma espécie de caril. Comprei uma porção, mas ainda não a provei. O cheiro e cor seduziram-me. E a forma de apresentar estes produtos é lindíssima.
Adenda: será hena, com que as mulheres pintam pés e mãos, segundo sugere Jorge Sá Pinto? É que, com o devido respeito e sem machismo, pés e mãos de mulher podem tornar-se doce iguaria, mas é básico que não tenham tinta - já não estou em idade para andar a imitar noivos do Magrebe.
Adenda: será hena, com que as mulheres pintam pés e mãos, segundo sugere Jorge Sá Pinto? É que, com o devido respeito e sem machismo, pés e mãos de mulher podem tornar-se doce iguaria, mas é básico que não tenham tinta - já não estou em idade para andar a imitar noivos do Magrebe.
Não me perguntem que especiaria (ou especial erva para chá?) é esta. Talvez as minhas companheiras de viajem saibam, e possam acrescentar em comentário. Estas lojas de especiarias, chás, frutas, são autênticos quadros, delícias de cor e cheiro.
Adenda: segundo o meu amigo Jorge Sá Pinto, é açafrão em flor. E eu que associava o açafrão ao amarelo...
Adenda: segundo o meu amigo Jorge Sá Pinto, é açafrão em flor. E eu que associava o açafrão ao amarelo...
Reflexão, ou impressão, se quiserem: do que eu vi da Tunísia (não fui a Tunes, nem mesmo à costa norte que agora também parece que também estão a turistizar) ela não possui uma arquitectura alta nem monumental (pós-romana, claro) comparável à do Egipto (pós-faraónico) ou à de Marrocos, ou mesmo às coisas que se vêem na Grécia ou Itália.
Lembra um pouco o Algarve. Infelizmente também na acumulação de betão.
Mas é um país onde a agricultura é imensamente importante e bem feita: as oliveiras sobretudo, em grandes extensões, o vinho, a palmeira, e uma enorme variedade de frutos e de outros pçrodutos de uma refinada arfte da terra.
Nessas extensões não há lixo, que desafortunadamente se vê um pouco por todo o lado, mesmo à superfície dos campos, como se fosse espalhado por máquinas, numa autêntica "garbagescape" (não sei se a palavra existe, mas veio-me à ideia).
Lembra um pouco o Algarve. Infelizmente também na acumulação de betão.
Mas é um país onde a agricultura é imensamente importante e bem feita: as oliveiras sobretudo, em grandes extensões, o vinho, a palmeira, e uma enorme variedade de frutos e de outros pçrodutos de uma refinada arfte da terra.
Nessas extensões não há lixo, que desafortunadamente se vê um pouco por todo o lado, mesmo à superfície dos campos, como se fosse espalhado por máquinas, numa autêntica "garbagescape" (não sei se a palavra existe, mas veio-me à ideia).
4 comentários:
De facto as imagens falam por si! Uma verdadeira tela de cores, que se poderia designar arte gastronómica!
Tenho estado encantado com as fotos dos lugares onde também estive. Um destes sítios era precisamente este mercado. A mim e à Ana os mercados eram um vício. Os nossos companheiros de viagem espanhóis ( uns 25) estavam sempre a chatear-nos porque fazíamos atrasar sempre a comitiva diziam que a família portuguesa vinha de férias para compras.
Bom atrevo-me a propor que se chame de hena ( com que fazem as tatuagens, com o que pintam o cabelo e a planta dos pés nos dias de cerimónia) ao que aqui o professor chamou de caril e açafrão em flor ao produto da bacia com a cor rubi.
Um abraço.
Quanto às compras o nosso grupo confirmou essa tradição, sobretudo no que às minhas companheiras diz respeito...
Obrigado pelos esclarecimentos!
Abração para vocês os dois.
Pensando melhor, será que quanto à hena estarei equivocado?! É que a pus num frasco na cozinha com a intenção de temperar alguma salada, a medo... não percebo nada de culinária (lamentável falha cultural), mas não quero comer aquilo com que andam a pintar os pés e mãos. Vi o suficiente, a esse respeito.
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