O Museu de Etnografia de Neuchâtel costuma realizar exposições temáticas muito pertinentes, publicando um livro (não me refiro a catálogo) a propósito delas.
Este - coordenado poe Jacques Hainard e Roland Kachr) data de 1972 e é bastante interessante, até porque naquela altura o tema era menos tratado do que agora, pelo menos na Europa continental.
Faço menção dele aqui porque tem alguns artigos que abordam (directa ou indirectamente) o tema da "mulher" (... passe o termo redutor e desusado) em África, nomeadamente no Magrebe, onde estive recentemente, em especial através dos textos de Fenneke Reysoo, etnólogo, então investigador do centro "Mulheres e Autonomia - VENA", da Universidade de Leyden ("L' espace des femmes. Utilisation de métaphores spatiales au Maghreb", pp. 37 a 53) e de Pierre Centlivres, na altura director do Instituto de Etnologia da Univ. de Neuchâtel ("Le jeu des garçons", pp. 55-80).
Este segundo texto reporta-se aos meados dos anos 60, no Afeganistão, e ao fenómeno dos batcha (criança, rapaz) espécie de travestis bailarinos (e não só) utilizados nas festas ou em geral pelos homens ricos como um sinal de status e de generosa hospitalidade para com os seus convidados, juntamente com a casa, a comida e a bebida, a dança. Um "luxo dos homens", apartados das mulheres, confinadas ao espaço doméstico.
Este - coordenado poe Jacques Hainard e Roland Kachr) data de 1972 e é bastante interessante, até porque naquela altura o tema era menos tratado do que agora, pelo menos na Europa continental.
Faço menção dele aqui porque tem alguns artigos que abordam (directa ou indirectamente) o tema da "mulher" (... passe o termo redutor e desusado) em África, nomeadamente no Magrebe, onde estive recentemente, em especial através dos textos de Fenneke Reysoo, etnólogo, então investigador do centro "Mulheres e Autonomia - VENA", da Universidade de Leyden ("L' espace des femmes. Utilisation de métaphores spatiales au Maghreb", pp. 37 a 53) e de Pierre Centlivres, na altura director do Instituto de Etnologia da Univ. de Neuchâtel ("Le jeu des garçons", pp. 55-80).
Este segundo texto reporta-se aos meados dos anos 60, no Afeganistão, e ao fenómeno dos batcha (criança, rapaz) espécie de travestis bailarinos (e não só) utilizados nas festas ou em geral pelos homens ricos como um sinal de status e de generosa hospitalidade para com os seus convidados, juntamente com a casa, a comida e a bebida, a dança. Um "luxo dos homens", apartados das mulheres, confinadas ao espaço doméstico.
3 comentários:
bem bonito o seu blog
obrigado.
É realmente um museu exemplar. A contemporaneidade das temáticas, os programas expositivos, os debates ...
um museu consciente da função sua social. Um museu comprometido e comprometedor !
BlogAbraço
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