sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Tunísia - As ruínas de Seibtla (Sufetula romana)

Cactos - por toda a parte fornecem o seu fruto, e sobretudo servem de muros intransponíveis, dividindo propriedades. Neste caso, delimitando a área visitável das ruínas.

O teatro.

Sistema de aquecimento de pavimentos e paredes... não devia ser nada agradável ser escravo naqueles tempos, a alimentar o sistema que permitia aos senhores viver neste luxos.

Área do "caldarium" de umas termas.


Quem estará espreitando?

Detalhe de processos construtivos. Atenção ao facto de haver zonas restauradas e consolidadas.


"Tepidarium" de umas termas monumentais.
Entrada monumental para o fórum, e o capitólio por detrás. De um lado e de outro do acesso a esta entrada, havia numerosas lojas, como se vê por exemplo em Pompeia.


Sobreposição de estruturas, noutro baptistério.



Outro baptistério, com mosaicos contendo alusões marinhas.


Baptistério sub-elíptico da igreja de Vitalis. A igreja foi construída, sobre as ruínas de uma "villa", no séc. V.


As "traseiras" do capitólio (detalhe).

Uma das duas artérias principais da cidade.
Detalhe do capitólio.

Um dos fóruns mais bem conservados de África, seg. o livro-guia da Tunísia (American Express- companheiro indispensável da viagem), p. 219.








Espantoso capitólio, a noroeste do fórum, com três templos: o de Juno, o de Júpiter e o de Minerva.





Situa-se a c. de 30 km para leste de Kasserine, entre Kairouan e Gafsa.
Foi município, mais tarde colónia romana, e a partir do séc. III d. C. passou a ser ocupada por cristãos, daí provindo as diversas igrejas que se encontram sobrepostas às ruínas anteriores. O fórum e o capitólio (com três templos, dedicados respectivamente a Juno, Júpiter e Minerva) são absolutamente extraordinários.
O pequeno centro de acolhimento tem uma loja, mas as réplicas oficiais não são grande coisa. Paga-se um dinar (c. de 75 cêntimos) para poder tirar fotografias (quase o mesmo em todos os lugares turísticos monumentais, para além do bilhete de entrada). A visita desta portentosa cidade foi um dos acontecimentos mais interessantes da viagem.
Resta acrescentar que as ruínas estão muito restauradas. Não sendo um especialista destas épocas, e também por falta de tempo, não me alongo em detalhes.
Entre as ruínas havia também sempre gente a querer vender-nos coisas, como em toda a parte: aqui cópias (algumas sem qualquer interesse) de objectos arqueológicos, supostamente antigos: fiquei-me por uma pequena cópia de lucerna com a decoração de dois peixes... que me custou 6 dinares e meio.
É sabido que o grande museu nacional da Tunísia, célebre pelos seus mosaicos romanos excepcionais, é o do Bardo, em Tunes. Mas Tunes, cidade cosmopolita, terá de ficar para outra oportunidade... as minhas companheiras de viagem queriam desesperadamente praia depois de tanto deserto e calor no Sul!
A propósito: o calor quando seco, no meu caso, até é agradável: mas com humidade, é terrível: quando, após uma noite sem dormir (o voo charter da Tunisair partiu do Porto depois da 4 da manhã, obrigando-nos a uma directa sem hotel nem pequeno almoço; estivemos assim no aeroporto desde as 7,30 da tarde de dia 22 até àquela hora de dia 23, e a viagem são 2,45 h. - uma "seca" monumental!) aterrámos em Tunes na manhã de 23 sob um céu de chumbo, o ambiente era irrespirável. Turista sofre, e descansar dá imenso trabalho! Sobretudo quando se vai em "pacotes"... que é a única maneirta acessível, julgo, de ir a países visitáveis do Magrebe, como o Egipto (onde estive em 2000) e Marrocos (onde já muita gente se aventura sozinha), onde já não vou desde 1969, quando tinha 21 anos! É um dos nossos próximos destinos, apaixonado que sou, como a Susana, por toda a bacia mediterrânica, o "nateiro" da nossa civilização.



Grande tanque da cisterna para armazenar água para as termas.

1 comentário:

José Manuel disse...

Este sítio é lindissimo. Infelizmente não estava na minha rota quando passei na Tunísia. Apenas visitei El Djem.