A título experimental, as exposições estão também abertas de manhã (só a loja não). Há também um Centro de Documentação sobre Fotografia, com uma biblioteca ainda embrionária, mas já significativa e útil.
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Vale a pena ir ao Centro Português de Fotografia, na antiga Cadeia da Relação, no Porto, ver uma série de exposições importantes que lá estão, de Danilo Pavone (um grande artista italiano radicado em Portugal - particularmente fascinantes as suas imagens nocturnas da Praia da Figueira da Foz), de David Infante, e de Geoges Dussaud.
Esta última constitui uma retrospectiva extremamente interessante sobre o Portugal dos anos 80-90, com acento no mundo rural mas também em Lisboa, por um autor a quem o Estado francês encomendou em 1990 o projecto "Europe Rurale".
Às vezes deslocamo-nos longe, para descobrir coisas que valham a pena, e afinal há algumas aqui bem perto... que são se extradordinário interesse.
Aliás, há textos de Maria do Carmo Serén nos pequenos desdobráveis que o museu oferece (a entrada é gratuita e, já agora, se possível, o museu deveria estar aberto sempre também de manhã, e a loja ser mais modernizada e estar sempre aberta também...) que são de muito interesse, e, no piso das exposições, uma série de placards sobre a relação entre a fotografia e a políca, o espaço de constrangimento, que, na linha de Foucault e outros autores, tornam clara a racionalidade da colocação daquele museu numa antiga cadeia, ligada à memória de Camilo, mas a toda uma imensidão de anónimos que nos olham inquietantemente das suas fichas de presos. E de repente torna-se claro como a fotografia, a imagem, foi, e cada vez mais é, a partir do séc. XIX, um instrumento poderosíssimo de poder, quer no sentido da subjugação dos seres, quer no sentido da encenação dos poderes. A fotografia não reflecte uma realidade: cria-a.
Esta última constitui uma retrospectiva extremamente interessante sobre o Portugal dos anos 80-90, com acento no mundo rural mas também em Lisboa, por um autor a quem o Estado francês encomendou em 1990 o projecto "Europe Rurale".
Às vezes deslocamo-nos longe, para descobrir coisas que valham a pena, e afinal há algumas aqui bem perto... que são se extradordinário interesse.
Aliás, há textos de Maria do Carmo Serén nos pequenos desdobráveis que o museu oferece (a entrada é gratuita e, já agora, se possível, o museu deveria estar aberto sempre também de manhã, e a loja ser mais modernizada e estar sempre aberta também...) que são de muito interesse, e, no piso das exposições, uma série de placards sobre a relação entre a fotografia e a políca, o espaço de constrangimento, que, na linha de Foucault e outros autores, tornam clara a racionalidade da colocação daquele museu numa antiga cadeia, ligada à memória de Camilo, mas a toda uma imensidão de anónimos que nos olham inquietantemente das suas fichas de presos. E de repente torna-se claro como a fotografia, a imagem, foi, e cada vez mais é, a partir do séc. XIX, um instrumento poderosíssimo de poder, quer no sentido da subjugação dos seres, quer no sentido da encenação dos poderes. A fotografia não reflecte uma realidade: cria-a.
1 comentário:
Curioso este post pois fui convidada a ver esta exposição! :) pena o horário.. é complicado arranjar tempo num horário tão curto.
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