Link para artigo de opinião de Mikail Gorbachev no Guardian: The Berlin wall had to fall, but today's world is no fairer.
A ingenuidade patente neste artigo demonstra as bases da perestroika. Destaco para além do apelo a uma perestroika do capitalismo (cá temos o "capitalismo de rosto humano" de que fala o Zizek), esta parte:
"The first optimistic observation to be made is that the announced «end of history» has not come about, though many claimed it had. But neither has the world that many politicians of my generation trusted and sincerely believed in: one in which, with the end of the cold war, humankind could finally forget the absurdity of the arms race, dangerous regional conflicts, and sterile ideological disputes, and enter a golden century of collective security, the rational use of material resources, the end of poverty and inequality, and restored harmony with nature."
O fim das ideologias é uma ideologia em si mesmo. É esse o nó da questão: nunca estamos fora da ideologia. A ideia do "século dourado" de Gorbachev demonstra não tanto uma questão de idealismo ingénuo, mas uma questão de ideologia. É um mundo cândido.
Algumas questões : porque é que Gorbachev acha que devemos observar com optimismo que o "fim da história" não chegou? Se ele sabia que esse "fim da história" não era possível, como pensaria ele que chegaria ao fim o "século dourado"?
Zé (Varela), deixo-te as honras da casa.
Sem comentários:
Enviar um comentário