sábado, 7 de novembro de 2009

a vida como obra d' arte... mesmo que seja de "arte povera"...









uma vez uma amiga minha perguntou-me como é que eu conseguia fazer tanta coisa...
bem, ao referir isto não estou a presumir nada, porque quantidade, a existir, não significa qualidade...




mas eu disse-lhe que todos os dias procurava dar o meu melhor (o meu máximo) tal como quando se está a fazer uma tese de doutoramento e se tem de esgalhar...
senão... ou não se faz tese ou se faz uma coisa que não é digna desse nome. e o primeiro a ficar desesperado é o próprio autor, ainda antes do juízo dos outros, se tiver alguma noção do que anda a fazer!

é preciso viver a vida com a delizadeza e a atenção do poeta, e ao mesmo tempo com a tesão (no sentido espanhol de tesón, empenho, força - não seja eu mal entendido...) de quem vai morrer a qualquer instante.

É preciso ser um brutamontes na intransigência da beleza: é preciso o sublime.
É preciso, como eu dizia há dias a propósito de alguma da minha poesia, uma mística porno-gráfica, ou uma porno-grafia mística, como se quiser.
Um grande impulso para a frente e para cima.
É preciso a aparição.
Tudo o resto é trash.













fotos voj porto (aqui na minha rua, ao estacionar, vi esta aparição diante de mim... aproximei-me com a máquina para fazer o shot antes que os cogumelos miraculosos desaparecessem da visão) nov. 09



2 comentários:

Paula Raposo disse...

Exactamente. Se não se viver no limite nada faz sentido...

líria porto disse...

é preciso ter olhos para ver - nem toda alma os tem.