sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

100 PALAVRAS BÁSICAS PARA PENSAR A ARQUITECTURA, HOJE


Sem ler e pensar obras como esta não se vai a lado nenhum.
Neste caso, a coordenadora mostra bem como a arquitectura (podíamos dizer o mesmo da arqueologia ou de qualquer outro "campo") estoirou para fora de si própria, do que são claro sintoma as "entradas" do livro (que no entanto não é nem quer ser um dicionário).
Por exemplo, coreografia, imagens, interscapes, memória, metáfora, teatro, palimpsesto, playscape, ritual social, turismo, visível/invisível, etc !!!
Aliás, o livro é escrito por arquitectos paisagistas, mas também por...urbanistas, filósofos, críticos, poetas, geógrafos, escritores... por que será, porquê?...

Quer dizer, este livro vai-me ajudar a ligar o que disse no TAG de York com o que vou dizer no Eurau 08 de Madrid.
Fazer links - eis o pensamento actual.
Em visão móvel e instantânea, rápida e fragmentária, como escreve a autora no prefácio.

Passámos de um pensamento da profundidade e da especialidade a um pensamento da navegação em rede, da superfície (mas não superficial nem relativista, como sempre aqueles que só repetem slogans proclamam). Muito mais próximo da vida.
Novo paradigma !! É preciso estudá-lo antes de o criticar, é preciso fazer o esforço da interdisciplinaridade, de sair do confortozinho doméstico, pequenino, acanhado, ridículo!

Esta é mais uma obra da sensacional colecção da editora de Barcelona GG - Gustavo Gili (2007)
http://www.ggili.com

Agora é que eu digo como uns (muito pouco convincentes, acrescente-se... têm de treinar mais o jeito, por favor... mostrar só carinhas larocas não é fantástico!) que andam para aí a publicitar produtos, a torto e a direito :

Há coisas mesmo fantásticas, não há?

Há alguma sorte, apesar de tudo, em viver neste tempo ingrato e paradoxal !!


3 comentários:

Anónimo disse...

Mas não está "CANSADO DE RESMUNGUICES E DE QUEIXUMES" ? Ou será só das resmunguices dos outros?
Para quem fala de simulacros...

Siga lá o seu trajecto e deixe de desconsiderar quem opta por seguir outros.

Anónimo disse...

"A magia da palavra é a única força que os intelectuais especulativos podem opor à obscenidade do real!"

Parece que os anónimos continuam incomodados com as palavras que por aqui se escrevem! Mas devem adorar, pois continuam a cá vir!

Poderia desejar Bom Natal, mas como não sou apreciadora deste tipo de eventos consumistas e desprovidos de qualquer simbologia, desejo umas boas férias :)

Vitor Oliveira Jorge disse...

Obrigado à Sónia.
Um bom digestivo para o anónimo.