quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Notícias da neve



A minha amiga transmontana Lurdes Fidalgo enviou-me estas fotos do inverno no interior...
obrigado, diz o que está sentado há muitos dias a ler.
De vez em quando é importante uma pessoa lembrar-se de que a realidade (no sentido em que usamos a palavra no nosso falar corrente) ainda existe... para lá das pilhas de livros, de ideias por desenvolver, de textos a meio, de dramas, de tantas interrupções e aflições, de centenas de mails que nos são enviados e cujo nível é, muitas vezes, inqualificável... Obrigado, pois, pelo calor da neve! (trocadilho fácil, eu sei).
Há 60 anos, por estas alturas, estava a vir ao mundo, quer quisesse, quer não!
E desde então começou o carrocel a girar nesta roda louca, trágica, por vezes com momentos de júbilo. Raio de mistério. Não comprei bilhete para isto.

3 comentários:

Anónimo disse...

No tempo em que não havia festas de aniversário as profetisas e profetas lançavam ao vento as suas previsões; tempo mágico esse em que deuses e humanos caminhavam juntos. Agora os deuses retiraram-se porque a terra foi ocupada por seres estranhos que dependem de máquinas complicadas, algumas para conforto outras letais. O calor da amizade vai escasseando no nosso quotidiano. É com essa amizade, resquício de humanidade antiga que, embora apressadamente, lhe desejo um dia de aniversário feliz, rodeado dos que lhe são mais queridos. Como a profetisa diria: “benditos os seios que te amamentaram”. Elogio maior não pode haver. Expressa a grandeza de uma vida como a sua. Feliz aniversário, portanto!
Um abraço caloroso

Anónimo disse...

Caro Professor, o meu marido admira-o muito e lê diariamente o seu blogue. Ele nunca me refere, mas a mim me deve o gosto pelas Arte e Literatura. São muitos anos de vida em comum. Já me está aqui a chatear...quer o computador para ele!
Deixo-lhe aqui um cheirinho a Jorge de Sena:
'Não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.
Eu não posso senão ser
desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença
e sempre a verdade vença,
qual será ser livre aqui,
não hei-de morrer sem saber...'

Abraços,
Isaura Martins

Anónimo disse...

A minha esposa é distraída. Não reparou que o Professor fazia anos. As mulheres são tramadas!A minha já teve dias mais felizes. A dada altura aparecem aquelas coisas da idade. O sexo fraco é fugaz na beleza, mas não na teimosia!

Que conte muitos e profícuos anos com muita saúde e vigor!

Rudolfo Martins