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Notícia recebida em 12.1.08 via Archport:
CÂMARA MUNICIPAL DE LEIRIA
http://www.cm-leiria.pt/pagegen.asp?SYS_PAGE_ID=807701&id=513
Em Destaque
Leiria no centro da arqueologia mundial
7 de Janeiro 2008
No passado dia 5 de Janeiro foi inaugurado oficialmente o Centro de
Interpretação do Abrigo do Lagar Velho - Lapedo, na freguesia de Santa
Eufémia, que contou com a presença de Isabel Damasceno Campos, Presidente da
Câmara Municipal de Leiria, João Pedro Ribeiro, vice-presidente do Instituto
de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, Erik Trinkhaus,
antropólogo de renome internacional, Brian Pierson, investigador responsável
pela reconstituição facial do menino do Lapedo, João Zilhão, arqueólogo e
Presidente do Instituto Português de Arqueologia (IPA) à data da descoberta
do 'Menino do Lapedo', e Francisco Almeida, comissário científico da
exposição, entre inúmeros convidados.
No vale do Lapedo foi descoberto em Dezembro de 1998 o esqueleto de uma
criança, com 24.500 anos, agora conhecido como 'Menino do Lapedo',
constituindo o primeiro achado humano do Paleolítico Superior na Europa e que
pôs em causa a convicção de muitos estudiosos que entendiam que o Neandertal
tinha sido extinto sem qualquer cruzamento com o homem moderno. Com esta
descoberta provou-se a miscigenação dos Neandertais com o Homo Sapiens.
Isabel Damasceno Campos anunciou que a Câmara Municipal de Leiria pretende
criar o Parque Natural do Vale do Lapedo, considerando que, para além do
'Menino do Lapedo', há outras riquezas arqueológicas que também merecem
ser exploradas. A autarca aproveitou a ocasião para dar conta da intenção de
criar um museu de arqueologia no Concelho de Leiria, havendo já um espaço
cedido para o efeito pelo Ministério da Cultura: o Convento de Santo
Agostinho.
A Presidente da Câmara Municipal de Leiria sublinhou que a abertura do Centro
de Interpretação do Abrigo do Lagar Velho irá permitir às muitas pessoas
que procuram o local compreender as descobertas arqueológicas que ali foram
acontecendo. "Penso que o cidadão comum gosta de ver o que foi encontrado e
já existe também um grande envolvimento com os proprietários locais",
reiterou a autarca.
João Pedro Ribeiro, vice-presidente do IGESPAR e arqueólogo de formação,
lembrou que desde o extinto Instituto do Património Arqueológico sempre houve
colaboração com a autarquia, para transformar o Vale do Lapedo num local
científico de referência a nível internacional. Este responsável recordou
que o País não está numa situação de grandes "recursos económicos" e
apontou Leiria como "um novo exemplo daquilo que a arqueologia pode fazer em
Portugal, com parcerias de várias entidades".
Neste dia, Pedro Ferreira, técnico de património da Câmara Municipal de
Leiria, viu concretizado um sonho profissional, considerando que foi este
técnico que encontrou vestígios destes achados arqueológicos no âmbito da
pesquisa que realizou para o trabalho de conclusão da sua licenciatura na
Universidade de Évora.
Na tarde deste dia, decorreram no auditório da Escola Superior de Tecnologia e
Gestão do Instituto Politécnico de Leiria, um conjunto de palestras moderadas
por Vítor Lourenço, Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Leiria.
A primeira intervenção esteve a cargo de João Zilhão, professor de
Arqueologia na Universidade de Bristol, que recordou a sua ligação aos
trabalhos de escavação no Lapedo desde o início, apesar de ser então
director do IPA. Este investigador abordou a temática dos rituais fúnebres no
Paleolítico em toda a Europa, e sobre as descobertas do Lapedo referiu que
"os estudos subsequentes confirmaram a herança genética comum entre
Neandertais e o homem moderno, constituindo uma prova muito forte da mistura
das duas espécies, que depois foi reforçada com novos achados, nomeadamente
na Roménia".
O antropólogo Erik Trinkhaus, professor da Universidade de Washington,
considerou que o passado genético do 'Menino do Lapedo' é uma "lição
de tolerância para a humanidade porque confirma a sã convivência entre
Neandertais e homem moderno". "Sabemos que os Neandertais e o Homo Sapiens
(homem moderno) praticaram sexo, mas, mais importante do que isso, criaram
redes culturais e sociais comuns, vendo-se como parceiros, amigos e pessoas",
afirmou este investigador.
No caso do Lapedo, Trinkhaus afirmou ainda que se verificaram "rituais de
enterramento muito elaborados, uma situação única na Europa neste
período".
Francisco Almeida, arqueólogo do IGESPAR, fez o enquadramento do património
arqueológico do vale e defendeu a ideia que o Vale do Lapedo, em Leiria, em
conjunto com outros locais de relevância arqueológica do Paleolítico
Superior deverão candidatar-se a Património Mundial da UNESCO dentro de dez
anos.
Brian Pierson partilhou com os presentes as técnicas que conduziram à
reconstituição da cabeça da criança. Este antropólogo da Universidade de
Tulane é especialistas em reconstituições faciais forenses e esteve ligado
à criação de efeitos especiais em filmes como "Titanic", "Alien - O
regresso" e "Star Trek".
A última intervenção esteve a cargo de Paulo Bártolo, professor da ESTG, que
abordou a participação na prototipagem rápida, que permitiu criar as
réplicas do esqueleto do 'Menino do Lapedo'.
Interpretação do Abrigo do Lagar Velho - Lapedo, na freguesia de Santa
Eufémia, que contou com a presença de Isabel Damasceno Campos, Presidente da
Câmara Municipal de Leiria, João Pedro Ribeiro, vice-presidente do Instituto
de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, Erik Trinkhaus,
antropólogo de renome internacional, Brian Pierson, investigador responsável
pela reconstituição facial do menino do Lapedo, João Zilhão, arqueólogo e
Presidente do Instituto Português de Arqueologia (IPA) à data da descoberta
do 'Menino do Lapedo', e Francisco Almeida, comissário científico da
exposição, entre inúmeros convidados.
No vale do Lapedo foi descoberto em Dezembro de 1998 o esqueleto de uma
criança, com 24.500 anos, agora conhecido como 'Menino do Lapedo',
constituindo o primeiro achado humano do Paleolítico Superior na Europa e que
pôs em causa a convicção de muitos estudiosos que entendiam que o Neandertal
tinha sido extinto sem qualquer cruzamento com o homem moderno. Com esta
descoberta provou-se a miscigenação dos Neandertais com o Homo Sapiens.
Isabel Damasceno Campos anunciou que a Câmara Municipal de Leiria pretende
criar o Parque Natural do Vale do Lapedo, considerando que, para além do
'Menino do Lapedo', há outras riquezas arqueológicas que também merecem
ser exploradas. A autarca aproveitou a ocasião para dar conta da intenção de
criar um museu de arqueologia no Concelho de Leiria, havendo já um espaço
cedido para o efeito pelo Ministério da Cultura: o Convento de Santo
Agostinho.
A Presidente da Câmara Municipal de Leiria sublinhou que a abertura do Centro
de Interpretação do Abrigo do Lagar Velho irá permitir às muitas pessoas
que procuram o local compreender as descobertas arqueológicas que ali foram
acontecendo. "Penso que o cidadão comum gosta de ver o que foi encontrado e
já existe também um grande envolvimento com os proprietários locais",
reiterou a autarca.
João Pedro Ribeiro, vice-presidente do IGESPAR e arqueólogo de formação,
lembrou que desde o extinto Instituto do Património Arqueológico sempre houve
colaboração com a autarquia, para transformar o Vale do Lapedo num local
científico de referência a nível internacional. Este responsável recordou
que o País não está numa situação de grandes "recursos económicos" e
apontou Leiria como "um novo exemplo daquilo que a arqueologia pode fazer em
Portugal, com parcerias de várias entidades".
Neste dia, Pedro Ferreira, técnico de património da Câmara Municipal de
Leiria, viu concretizado um sonho profissional, considerando que foi este
técnico que encontrou vestígios destes achados arqueológicos no âmbito da
pesquisa que realizou para o trabalho de conclusão da sua licenciatura na
Universidade de Évora.
Na tarde deste dia, decorreram no auditório da Escola Superior de Tecnologia e
Gestão do Instituto Politécnico de Leiria, um conjunto de palestras moderadas
por Vítor Lourenço, Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Leiria.
A primeira intervenção esteve a cargo de João Zilhão, professor de
Arqueologia na Universidade de Bristol, que recordou a sua ligação aos
trabalhos de escavação no Lapedo desde o início, apesar de ser então
director do IPA. Este investigador abordou a temática dos rituais fúnebres no
Paleolítico em toda a Europa, e sobre as descobertas do Lapedo referiu que
"os estudos subsequentes confirmaram a herança genética comum entre
Neandertais e o homem moderno, constituindo uma prova muito forte da mistura
das duas espécies, que depois foi reforçada com novos achados, nomeadamente
na Roménia".
O antropólogo Erik Trinkhaus, professor da Universidade de Washington,
considerou que o passado genético do 'Menino do Lapedo' é uma "lição
de tolerância para a humanidade porque confirma a sã convivência entre
Neandertais e homem moderno". "Sabemos que os Neandertais e o Homo Sapiens
(homem moderno) praticaram sexo, mas, mais importante do que isso, criaram
redes culturais e sociais comuns, vendo-se como parceiros, amigos e pessoas",
afirmou este investigador.
No caso do Lapedo, Trinkhaus afirmou ainda que se verificaram "rituais de
enterramento muito elaborados, uma situação única na Europa neste
período".
Francisco Almeida, arqueólogo do IGESPAR, fez o enquadramento do património
arqueológico do vale e defendeu a ideia que o Vale do Lapedo, em Leiria, em
conjunto com outros locais de relevância arqueológica do Paleolítico
Superior deverão candidatar-se a Património Mundial da UNESCO dentro de dez
anos.
Brian Pierson partilhou com os presentes as técnicas que conduziram à
reconstituição da cabeça da criança. Este antropólogo da Universidade de
Tulane é especialistas em reconstituições faciais forenses e esteve ligado
à criação de efeitos especiais em filmes como "Titanic", "Alien - O
regresso" e "Star Trek".
A última intervenção esteve a cargo de Paulo Bártolo, professor da ESTG, que
abordou a participação na prototipagem rápida, que permitiu criar as
réplicas do esqueleto do 'Menino do Lapedo'.
Leiria, 7 de Janeiro de 2008
5 comentários:
H.era
"caminho um traço imperfeito e imperceptível.
sou de uma vez tantas coisas que depois me esqueço.
.
..e mais ainda na noite das insónias planeadas.
sinto por fora de forma a não confundir um dentro que já de si é um caos expulso em “traços” de arte. talvez porque não choro. (lágrima, entenda-se!).
.
.
. eu, eu e mais eu…
.
.
. o outro, o outro e mais o outro.
.
.
. o equilíbrio, o equilíbrio e mais o equilíbrio.
equilíbrio/desequilíbrio
.
.
. Há 2046 razões para amar
outras tantas para ser amado
.
.
.
mas a fronteira é demasiado ténue.
.
.
.
2046 razões para o encontro/desencontro, e outras tantas de inesperados e mais do que em consciência se proporciona.
......................................................
.
.
. São 2046 que se apaixonam e são desencontrados na génese.
.
.
.
na verdade, 2046 é apenas o número do quarto ao qual se regressa em busca de algum passado."
é um excerto que me deixou um amigo num blogue já extinto e que achei por bem deixar aqui em relação à sua excelente reflexão no post des-ilusão.
_______________________/
Há uma forma de ver quem o visita.
O sitemeter.
Através do I.P.
mesmo que a pessoa, p.e., entre no meu blogue e se linke no seu o Vítor saberá se era a mesma pessoa ou não pelo que os I.ps são diferentes.
_________________________/
Beijo.
O Vítor gosta do indefinível por definição?
Não há linha? Não há Ingold.
Ela é mt naif...Ela até é gira, mas é naif.
Rufolfo Martins.
Não sei como hei-de responder ao primeiro comentário...
agradeço entretanto as indicações técnicas.
_____________
Quanto ao anónimo que assina Rudofo Martins francamente também não percebo o que quer dizer...
Diz a menina: «E o silêncio escurece a noite até à língua.»
O que tu queres sei eu!
Rudolfo Martins
Professor, gosto muito dos seus posts. E dos comentários das meninas. Porventura teria o contacto desta particular donzela? Não percebo o blogue dela. É muito feminino.
Rudolfo Martins.
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